Lições Bíblicas CPAD – Adultos – 3º Trimestre de 2015
Título: A Igreja e o seu Testemunho — As ordenanças
de Cristo nas cartas pastorais
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 10: O líder diante da chegada da morte
Data: 6 de Setembro de 2015
TEXTO ÁUREO
“Combati o bom combate, acabei a
carreira, guardei a fé” (2Tm 4.7).
VERDADE PRÁTICA
A morte do crente não é o fim, mas a
passagem para a glória eterna, na presença de Deus.
LEITURA DIÁRIA
At
9.15,16 – Paulo, um vaso escolhido por Deus
para pregar aos gentios
Jd 3 – Batalhando pela fé que uma vez nos foi dada
Cl
1.29 – Combatendo com eficácia o bom combate
Fp
3.13,14 – Esquecendo as coisas que já passaram
Ap 3.11 – Guardando o que Deus concede para que ninguém tome
Êx 33.14 – A presença de Deus traz tranquilidade
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Timóteo 4.6-17.
6
— Porque eu já estou sendo
oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo.
7
— Combati o bom combate,
acabei a carreira, guardei a fé.
8
— Desde agora, a coroa da
justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e
não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.
9
— Procura vir ter comigo
depressa.
10
— Porque Demas me desamparou,
amando o presente século, e foi para Tessalônica; Crescente, para a Galácia,
Tito, para a Dalmácia.
11
— Só Lucas está comigo. Toma
Marcos e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério.
12
— Também enviei Tíquico a
Éfeso.
13
— Quando vieres, traze a capa
que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros, principalmente os
pergaminhos.
14
— Alexandre, o latoeiro,
causou-me muitos males; o Senhor lhe pague segundo as suas obras.
15
— Tu, guarda-te também dele,
porque resistiu muito às nossas palavras.
16
— Ninguém me assistiu na minha
primeira defesa; antes, todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado.
17
— Mas o Senhor assistiu-me e
fortaleceu-me, para que, por mim, fosse cumprida a pregação e todos os gentios
a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão.
HINOS SUGERIDOS
141,
500 e 614 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Desenvolver
uma consciência bíblica a respeito da chegada da morte.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
· I. Mostrar que,
para o crente, a chegada da morte não traz desespero.
· II. Explicar o
sentimento de abandono do apóstolo Paulo.
· III. Conscientizar o aluno da certeza da presença de Cristo nas
aflições.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Segundo
as Escrituras, a morte se manifesta numa consciência de vitória na hora de uma
aparente derrota: “Alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de
Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis”
(1Pe 4.13). Para o crente, a morte não é o fim, mas o início de uma vida nova,
onde a certeza de que “o aguilhão” da morte já foi retirado e que agora é um
passaporte oficial para a vida eterna com Jesus Cristo (1Co 15.55). Claro que a
experiência da separação traz dor, angústia e tristeza a qualquer ser humano. O
luto chega de forma inesperada na vida de qualquer pessoa que sofre a perda de
um ente querido. Mas devemos viver as promessas do Mestre na área da perda
humana, conforme Ele nos ensinou: “Quem crê em mim, ainda que morra, viverá”
(Jo 11.25). Um dia nosso corpo será completamente arrebatado do poder da morte
(Rm 8.11; 1Ts 4.16,17).
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Paulo
tem consciência de que seu ministério está chegando ao fim. A segunda Epístola
a Timóteo, na verdade é uma forma, comovente, de dizer adeus ao seu “amado
filho” e à Igreja do Senhor. Paulo exorta Timóteo a respeito da
responsabilidade que é estar na liderança de uma igreja e faz uma revisão do
caminho que havia percorrido em sua jornada com o Salvador: “Combati o bom
combate” (2Tm 4.7). Paulo não estava pesaroso com a partida, pois suas dores e
sofrimentos, com certeza, foram esquecidos, diante da certeza de que fez um bom
trabalho e que cumpriu a missão para qual fora designado pelo Senhor.
A
morte é inevitável. Um dia líderes e liderados terão que enfrentá-la, porém, o
que faz a diferença é a maneira como a encaramos.
PONTO CENTRAL
Embora a morte traga abatimento para os crentes, os
discípulos de Jesus não se desesperam diante dela, pois têm uma certeza em
Cristo: de que para sempre estaremos com o Senhor.
I. A CONSCIÊNCIA DA MORTE NÃO TRAZ
DESESPERO AO CRENTE FIEL
1.
Seriedade diante da morte. Enquanto
Timóteo ainda era um jovem obreiro, Paulo já estava idoso (Fm 1,9), e tinha
consciência de que estava no fim de sua longa, sacrificada e honrosa missão
(v.6). Paulo assegura que seu sangue seria derramado como uma oferta de
libação. Esta era uma oferta de caráter voluntário, “de cheiro suave ao Senhor”
(Lv 2.2). Segundo a Bíblia de Aplicação Pessoal, “libação era uma
oferta líquida e consistia em derramar vinho sobre o altar como um sacrifício a
Deus”. Não era uma oferta pelos pecados, mas uma oferta de gratidão ao Senhor.
2.
A certeza da missão cumprida (vv.7,8). No
texto, que indica a consciência da proximidade da partida para a eternidade,
queremos destacar três aspectos:
a)
“Combati o bom combate”. Todos os
apóstolos de Jesus eram homens que combatiam “pela fé que uma vez foi dada aos
santos” (Jd 3). Mas nenhum teve tantas oposições e ameaças quanto Paulo. Foi um
obreiro muito perseguido, mas nunca desistiu da luta espiritual em prol do
evangelho (1Tm 1.20; 2Tm 3.11,12; 4.14 ). Que você também não desista diante
das dificuldades e oposições.
b)
“Acabei a carreira”. O texto indica que Paulo se
referia à “pista de corrida”, das competições em Atenas e em Roma. Em sua
carreira ou “corrida”, ele diz que não olhava para trás, mas para as coisas que
estavam diante dele, prosseguindo “para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação
de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.13,14). Muitos começam a carreira da vida cristã
bem, mas desistem ou recuam ante os obstáculos e os problemas que surgem. O
pastor de uma igreja não pode se acovardar diante das dificuldades, mas firmado
em Cristo precisa prosseguir até o final.
c)
“Guardei a fé”. Isso quer dizer que Paulo foi
fiel a Deus, em todas as circunstâncias de sua vida cristã. Ele não se embaraçou
“com os negócios dessa vida” e militou legitimamente (2Tm 2.4,5). Guardar a fé
significa guardar a fidelidade a Cristo e a seus ensinamentos. O crente precisa
guardar a fé até o seu último momento de vida. Paulo ensinou a Timóteo e à
Igreja do Senhor a respeito desse cuidado. O crente é consolado pela fé (Rm
1.12); a justiça de Deus é pela fé (Rm 3.22); o homem é justificado pela fé (Rm
3.28; 5.1; Gl 2.16); o justo vive pela fé (Gl 3.11); a salvação é pela fé em
Jesus (Ef 2.8). Paulo sabia o que era lutar e guardar a “fé que uma vez foi
dada aos santos” (Jd 3).
SÍNTESE
DO TÓPICO (I)
A
vida do apóstolo Paulo é um exemplo de seriedade cristã diante da morte e uma
certeza da missão cumprida.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor,
em muitas das suas cartas, o apóstolo Paulo afirmava que estava morto para o
mundo e vivo no serviço de Cristo (Fp 1.21-23; 2Co 5.2). Entretanto, o tom
presente nesta segunda carta a Timóteo parece mais grave e mais sério. Neste
trecho da epístola, há algumas formas literárias que ajuda-nos a descrever a
gravidade desse tom na epístola, bem como em outras semelhantes: 1) o
reconhecimento de que a morte está próxima; 2) advertências sobre a vinda dos
falsos doutores; 3) a designação de sucessores para continuar a tradição
apostólica; 4) a correta interpretação de pontos controversos. Assim, é
possível perceber a típica forma de Paulo se comunicar neste momento de
sofrimento: “oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé”
(Fp 2.17); “Combati o bom combate e terminei a carreira” (2Tm 4.7). Então, a
sua última realização foi: “guardei a fé”. O apóstolo sabia que restava pouco
tempo de vida.
Sugerimos
que você repasse essa explicação aos alunos, logo depois de expor o primeiro
tópico da lição.
II.
O SENTIMENTO DE ABANDONO
1.
O clamor de Paulo na solidão. No
início da Segunda Carta, Paulo já havia demonstrado que sentia muito a falta de
Timóteo: “[...] desejando muito ver-te [...]” (1.4). No final da epístola,
vemos a súplica de Paulo ao seu filho na fé: “Procura vir ter comigo depressa”
(4.9). Ele também revela o porquê de sua pressa em rever seu filho na fé.
Vejamos:
a)
Demas o desamparou. “Porque Demas me desamparou,
amando o presente século, e foi para Tessalônica” (2Tm 4.10). Demas era um dos
cooperadores de Paulo (Cl 4.14; Fm 24). Porém, será que ele havia se desviado?
Não sabemos ao certo. O texto bíblico mostra que ele abandonou Paulo quando
este precisava muito de sua ajuda. O versículo também afirma que no momento,
Demas amava mais o “presente século” do que o amigo e irmão em Cristo. Os
momentos de adversidade revelam aqueles que são realmente amigos e que nos
amam.
b)
Só o médico amado ficou com Paulo. Tíquico
foi mandado para Éfeso (4.12) e só Lucas ficou junto de Paulo (4.11). Lucas, “o
médico amado” (Cl 4.14), escritor do livro de Atos dos Apóstolos e cooperador
do apóstolo (Fm 24), fez-se presente, dando toda assistência a Paulo. Sem
dúvida alguma, fora providência de Deus. Em idade avançada (Fm 9), Paulo
precisava de cuidados médicos, físicos e emocionais. E ali estava o doutor
Lucas, seu amigo, que não o desamparou.
2.
A serenidade dos últimos dias. “Quando
vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros,
principalmente os pergaminhos” (v.13). A prisão de Paulo se deu tão de repente
que ele não teve tempo para reunir suas coisas. Agora, aproximava-se o inverno
(v.21), e Paulo sentia a necessidade da capa que deixou na casa de Carpo e
também dos livros. Sabemos quão rigoroso é o inverno europeu. O texto também
nos mostra que até o fim de sua vida, Paulo se preocupou em ler e estudar. Tem
você dedicado tempo ao estudo da Palavra de Deus?
O
seu julgamento, perante a justiça de Roma, poderia demorar alguns dias ou
meses. De qualquer forma, é um eloquente testemunho de que o homem de Deus,
quando está seguro com o Senhor, não teme a morte ou qualquer outra
adversidade.
3.
Preocupações finais com o discípulo. Paulo
alerta Timóteo a respeito de “Alexandre, o latoeiro”, que foi inimigo do
apóstolo (vv.14,15). “Tu, guarda-te dele”. Segundo a Bíblia de
Aplicação Pessoal, Alexandre pode ter sido uma testemunha contra Paulo em
seu julgamento. O crente fiel sempre vai encontrar pessoas difíceis em sua
caminhada, por isso, precisa estar preparado para lidar com toda a sorte de
gente, boas e más.
SÍNTESE
DO TÓPICO (II)
No final do seu ministério, estando
preso, o apóstolo Paulo sentiu-se sozinho, abandonado pelos seus pares.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
“Bem
sabes isto: que os que estão na Ásia todos se apartaram de mim; entre os quais
foram Fígelo e Hermógenes. O Senhor conceda misericórdia à casa de Onesíforo,
porque muitas vezes me recreou e não se envergonhou das minhas cadeias; antes,
vindo ele a Roma, com muito cuidado me procurou e me achou. O Senhor lhe
conceda que, naquele Dia, ache misericórdia diante do Senhor. E, quanto me
ajudou em Éfeso, melhor o sabes tu” (2Tm 1.15-18). Este texto, mostra com
clareza, que o apóstolo Paulo já havia se queixado da solidão. Esta é uma
informação importante que você, prezado professor, deve repassar à classe. O
texto de Paulo expresso no capítulo 4 de 2 Timóteo é de caráter bem pessoal,
demonstrando o sentimento, a pessoalidade e a dor do apóstolo em ser abandonado
por quem deveria apoiá-lo em seu árduo ministério. Enfatize que 2 Timóteo 4
narra os últimos momentos da vida do apóstolo. Podemos afirmar que temos o
privilégio de conhecer os últimos momentos da vida de um grande homem de Deus,
apóstolo Paulo.
III.
A CERTEZA DA PRESENÇA DE CRISTO
1.
Sozinho perante o tribunal dos homens (v.16). Nem
Lucas, o “médico amado” se encontrava na cidade, quando Paulo compareceu a
audiência. Mas ele não era murmurador, nem guardou mágoa dos amigos ausentes.
Pelo contrário, demonstrou que os perdoara, pedindo a Deus “que isto lhes não
seja imputado”. A atitude de Paulo nos faz recordar a postura de Jesus na cruz,
quando Ele exclamou: “[...] Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc
23.34). Podem os amigos e companheiros nos abandonar nos momentos difíceis, mas
Deus é fiel e jamais nos deixa sozinho.
2.
Sentindo a presença de Cristo (v.17). Paulo
não tinha a companhia dos amigos e irmãos em Cristo, mas pôde sentir, de perto,
a gloriosa presença de Deus. O Senhor se fez presente e fortaleceu a alma e o
espírito do seu servo. Mesmo estando preso, ele se sentia “livre da boca do
leão”, o que pode referir-se ao sentimento de libertação espiritual em relação
a Satanás, ou de Nero, o sanguinário imperador. Ele não foi liberto da prisão e
da morte, pois suas palavras eram de despedida: “Combati o bom combate, acabei
a carreira, guardei a fé” (v.7).
3.
Palavras e saudações finais. “E
o Senhor me livrará de toda má obra e guardar-me-á para o seu Reino celestial
[...]” (v.18). Paulo não estava se referindo ao livramento físico da morte. Ele
já havia se despedido de forma muito comovente nos versículos 6 a 8. Esse texto
nos mostra o quanto ele estava tranquilo, aguardando a vontade de Deus sobre
sua vida e o fim do seu ministério. E conclui, saudando seu amigo e filho na
fé, dizendo: “O Senhor Jesus Cristo seja com o teu espírito. A graça seja
convosco. Amém!” (v.22).
SÍNTESE
DO TÓPICO (III)
Sozinho, Paulo se dirigiu ao tribunal
para ser julgado, mas com a plena convicção de que a presença de Cristo estava
com Ele.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A
graça seja convosco. Estas são as últimas palavras de Paulo nas Escrituras
registradas enquanto ele aguardava o martírio num cárcere romano. Do ponto de
vista do mundo, a vida do apóstolo estava para terminar num trágico fracasso.
Durante
trinta anos, largara tudo por amor a Cristo; pouca coisa ganhara com isso, a
não ser perseguição e inimizade dos seus próprios patrícios. Sua missão e sua
pregação aos gentios resultaram no estabelecimento de um bom número de igrejas,
mas muitas dessas igrejas estavam decaindo em lealdade a ele e à fé apostólica
(2Tm 1.15). E agora, no cárcere, depois de todos os seus leais amigos o
deixarem, a não ser Lucas (vv.11,16), ele aguarda a morte” (Bíblia de Estudo
Pentecostal. CPAD, 1995, p.1885).
CONCLUSÃO
Os
últimos trechos da Segunda Carta de Paulo a Timóteo nos ensinam que o servo de
Deus que tem certeza da sua salvação, mediante a obra redentora de Cristo, não
teme a morte. Paulo sabia que a morte física aniquilaria apenas o seu corpo,
mas seu espírito e sua alma (o homem interior — 2Co 4.16) estavam guardados em
Cristo Jesus.
PARA REFLETIR
A respeito das Cartas Pastorais:
Qual era o caráter da oferta de
libação?
De caráter voluntário.
O que era a oferta de libação?
Segundo a Bíblia de Aplicação
Pessoal, “libação era uma oferta líquida e consistia em derramar vinho
sobre o altar como um sacrifício a Deus”. Não era uma oferta pelos pecados, mas
uma oferta de gratidão ao Senhor.
O que Paulo queria dizer com a
expressão “guardei a fé”?
Que ele manteve-se fiel a Cristo e a
seus ensinamentos.
Segundo a lição, o que significa
“guardar a fé”?
Manter-se firme em Cristo e em seus
ensinamentos.
Quem era Demas?
Demas era um dos cooperadores de Paulo
(Cl 4.14; Fm 24).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O
líder diante da chegada da morte
A
morte é a consequência do pecado (Rm 6.23). Deus não criou o homem e a mulher
para a morte. Esta é a separação entre a alma e o corpo. A base bíblica para
este entendimento encontra-se em Gênesis 35.18 a respeito da morte de Raquel:
“E aconteceu que, saindo-se-lhe a alma (porque morreu)”. E Tiago, o irmão do
Senhor, corrobora com este fato quando ensina: “Porque, assim como o corpo sem
o espírito está morto, assim também a fé sem obra é morta” (Tg 2.26). Podemos,
então, afirmar: quando a alma deixa o corpo estabelece-se o evento no qual
denominamos morte.
A
pergunta de Jó, “morrendo o homem, porventura, tornará a viver?”, é de
interesse perene a todos os seres humanos. Quem nunca se perguntou: “Há vida
após a morte?”; “Há consciência após a morte?”. As Sagradas Escrituras têm
respostas afirmativas para estas indagações:
a)
“No Antigo Testamento”. O lugar
denominado “sheol” aparece com frequência no Antigo Testamento. Em Salmos
16.10; 49.14,15 o termo hebraico é traduzido por “inferno” e “sepultura”. Em
ambos os textos o ensino da imortalidade da alma é o âmago da esperança de
salvação humana após a experiência da morte. As frequentes advertências contra
a consulta aos mortos (comunicação com espíritos de mortos) indicam a
imortalidade da alma numa esfera além vida (Dt 18.11; Is 8.19; 29.4). Em
seguida, os textos de Jó 19.23-27; Sl 16.9-11; 17.15; Is 26.19; Dn 12.2 são
taxativos em relação à doutrina da ressurreição denotando, inclusive, a alegria
do crente em comunhão com Deus de se encontrar com Ele depois da morte. Logo,
podemos afirmar que o Antigo Testamento afirma perfeitamente que, após a morte,
a alma continua a existir conscientemente.
b)
“Em o Novo Testamento”. A base
bíblica neotestamentária para a imortalidade da alma está na pessoa de Jesus
Cristo. Ele é quem trouxe à luz, a vida e a imortalidade. As evidências são
abundantes. Passagens como Mt 10.28; Lc 23.43; Jo 11.25,26; 14.3; 2Co 5.1
ensinam claramente que a alma dos crentes e do ímpios sobreviverão após a
morte. A redenção do corpo e a entrada na vida alegre de comunhão com Deus é o
resultado da plena e bem-aventurada imortalidade da alma (1Co 15; Ts 4.16; Fp
3.21). Para os crentes, a vida não é uma mera existência do acaso, mas uma
encantadora comunhão com Deus implantada em nós, por intermédio de Cristo
Jesus, enquanto de nossa peregrinação terrena.
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