|
||
|
||
A
diferença entre pecado e pecados é aquela entre o pecado no singular e o
pecado no plural. No Antigo Testamento não existe distinção entre o pecado no
singular e o pecado no plural. Somente o Novo Testamento expressa esta
diferença e é uma diferença muito significativa.
Façamos
uma lista de todos os lugares no Novo Testamento, onde o termo pecado ( Grego:
hamartia ) é usado, tanto no singular como no plural.
“Pecado”
no singular : Mt 12:31; Jo 1:29; 8:34 (2 vezes), 46; 9:41 (2
vezes); 15:22 (2 vezes), 24; 16:8, 9 19:11; At 7:60; Rm 3:9, 20; 4:8; 5:12 (2
vezes), 13 (2 vezes), 20,21; 6:1, 2, 6 (2 vezes), 7, 10 , 11, 12, 13, 14, 16,
17, 18, 20, 22, 23; 7:7 (2 vezes), 8 (2 vezes), 9, 11, 13 (2 vezes) 14, 17,
20, 23, 25; 8:2, 3 (margem, 3 vezes), 10; 14:23; I Co 15:56 (2 vezes); II Co
5:21 (2 vezes); 11:7; Gl 2:17; 3:22; II Ts 2:3; Hb 3:13; 4:15; 9:26, 28 (o
segundo “pecado”); 10:6, 8, 18; 11:25; 12:1, 4; 13:11; Tg 1:15 (2vezes); 2:9;
4:17; I Pd 2:22; 4:1; II Pd 2:14; I Jo 1:7, 8; 3:4 (2 vezes), (o segundo “pecado”);
8, 9; 5:16 (2 vezes), 17 (2 vezes).
“Pecados”
no plural : Mt 1:21; 3:6; 9:2, 5, 6; 26:28; Mc 1:4,5; 2:5,
7, 9, 10; Lc 1:77; 3:3; 5:20, 21, 23, 24; 7:47, 48, 49; 11:4; 24:47; Jo 8:21,
24 (2 vezes); 9:34; 20:23; At 2:38; 3:19; 5:31; 10:43; 13:38; 22:16; 26:18;
Rm 4:7; 7:5; 11:27; I Co 15:3,17; Gl 1:4; Ef 2:1; Cl 1:14; I Ts 2:16; I Tm
5:22, 24; II Tm 3:6; Hb 1:3; 2:17; 5:1, 3 7:27; 8:12; 9:28 (o primeiro
“pecados”); 10:2, 3, 4, 11, 12, 17, 26; Tg 5:15, 20; I Pd 2:24 (2 vezes);
3:18; 4:8; II Pd 1:9; I Jo 1:9 (2 vezes); 2:2, 12; 3:5 (o primeiro
“pecados”); 4:10; Ap 1:5; 18:4, 5.
Após ler
estes muitos versos da Escritura, podemos ver quão sábio Deus é em escrever a
Bíblia. Devemos verdadeiramente dizer a Ele: “Ó Deus, nós Te adoramos!”
Os usos
distintos de “pecado” e “pecados” são estes: sempre que a Bíblia se refere à
conduta exterior pecaminosa do homem, tal como orgulho, inveja, mentira e
assim por diante, a palavra “pecado” no plural é usada. “O termo pecado” no
singular nunca é usado na Bíblia para se referir ao pecado exterior; pelo
contrário, ele é empregado de duas maneiras diferentes:
(1) Indicando
o pecado que reina interiormente, seu poder ou domínio . Isto é comumente
conhecido também pelos termos: raiz do pecado ou denominador do pecado. Na
verdade estes termos não são biblicamente precisos; eles são simplesmente
adotados por causa da conveniência. A Bíblia nunca usa nenhum deles, mas, ao
invés disso, fala pecado reinando como um rei ou tendo domínio como um
senhor. O termo “pecado” no singular geralmente é empregado para especificar
o poder que reina sobre nós e que nos leva a cometer pecados.
(2) Como
um termo coletivo, algumas vezes ele se refere ao problema total do pecado
(conforme encontrado em Jo 1:29 e I Jo 1:7, que vamos discutir depois).
Sempre que a Bíblia fala de Deus perdoando pecado, ela sempre usa o plural
“pecados”; o perdão que precisamos receber é dos pecados que cometemos na
conduta exterior. Com respeito à natureza pecaminosa dentro de nós, esta não
pode ser solucionada pelo perdão. Seria um erro dizer que Deus perdoa
“pecado” e usar o singular.
Porque
Deus só perdoa “pecados”. Visto que o “pecado” no singular é um senhor, um
poder, ele é algo pelo qual não somos diretamente responsáveis e não deve ser
resolvido por meio de perdão. Mas os “pecados” no plural precisão de perdão,
porque estes são nossa conduta, pela qual somos responsáveis, e provocarão
penalidade a ser cobrada contra nós se não formos perdoados. Por esta razão,
sempre que a Bíblia menciona a questão de confessar nossos pecados, tal deve
ser expresso como “confessar nossos pecados” (I Jo 1:9), usando o
plural e não o singular. O “pecado” não se refere à conduta do homem e,
portanto, não requer confissão; mas o termo “pecados” significa a conduta do
homem, exigindo confissão a ser feita. A morte de Cristo é para salvar-nos
dos “pecados” no plural. “E chamarás o seu nome Jesus; porque ele salvará
o seu povo dos seus pecados” (Mt 1:21). Isto quer dizer que o Senhor
Jesus nos salva de todos os pecados em nossa conduta.
O Senhor
Jesus declarou aos judeus: “Morrereis em vossos pecados” (Jo 8:24).
Outra vez isto se refere ao pecado no plural e não no singular. Nem mesmo uma
só vez a Bíblia diz que Cristo morreu por nosso pecado no singular; ela
sempre diz que Cristo morreu por nossos pecados no plural.
“Estando vós mortos em delitos e pecados” (Ef 2:1). Observe que a palavra “pecado” aqui está no plural e não no singular. Quer dizer que passamos nossas vidas em pecados, tais como orgulho, impureza, inveja, e assim por diante. Estávamos mortos em “pecados” no plural e não em “pecado” no singular. Outros dois exemplos são estes: (1) “tire os pecados” em Hebreus 10:4 é tirar pecados no plural; (2) “não mais teriam consciência de pecado” no 10:2, é também uma expressão do pecado no plural.
Por que
não temos mais consciência dos pecados depois que o sangue do Senhor
purificou nossa consciência? Porque o pecado de que nossa consciência nos
acusa diante de Deus é o pecado no plural; isto é, um pecado após outro, tal
como mau gênio, orgulho, etc. Visto que o sangue do Senhor Jesus já obteve o
perdão para estes nossos pecados, naturalmente nossa consciência não mais
estará consciente deles. Os pecados mui certamente existem, mas o sangue tratou
com eles. Se o sangue do Senhor tivesse purificado o pecado no singular,
ninguém teria tido condições de pessoalmente experimentar tal purificação;
porque a purificação do pecado no singular, significaria que nós nunca mais
teríamos consciência do poder do pecado, aquele poder que nos leva a pecar.
Mas sabemos que de modo algum este é o caso. O sangue do Senhor Jesus nos
purificou para que nossa consciência não mais nos acuse dos nossos pecados
passados. Todavia, isto não quer dizer que nós não temos mais pecado; o que
se declara é que não há mais consciência dos pecados. Por meio da purificação
do sangue, não somos mais condenados por nossa consciência.
Como,
então, podemos ser livrados do pecado que nos domina, o pecado do qual
estivemos falando no singular? “Sabendo isto, que o nosso homem velho foi
com Ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não
sirvamos mais o pecado” (Rm 6:6). Aqui temos três pontos:
(1) o corpo do pecado;
(2) o
velho homem;
(3) o
pecado.
O corpo
serve como testa de ferro, pois o que leva o corpo pecar por meio do velho
homem é o pecado. O pecado opera no corpo, de modo que este corpo é chamado
de corpo do pecado. O velho homem fica entre o pecado e o corpo. Ele aceita a
sugestão do pecado, por um lado, e conduz o corpo a pecar, por outro. O velho
homem é nossa personalidade. O pecado tenta, o velho homem concorda e
conseqüentemente o corpo age. Algumas pessoas têm sugerido que a morte do
Senhor Jesus erradicou a raiz do pecado. Tal não é verdade. O pecado ainda
está aqui, o corpo do pecado também está aqui; só o velho homem intermediário
é que foi posto para fora. O homem como pessoa ainda permanece, porém, o
pecado agora não tem condições de impelir o novo homem, porque o pecado nunca
pode dirigir o novo homem. O pecado no singular ainda está aqui, embora não
estejamos mais em escravidão a ele. Por que não somos mais escravas do
pecado? Porque o velho homem que manda o corpo pecar já está crucificado. E
quanto ao corpo? No presente está desempregado.
“O qual (o Senhor Jesus), havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados” ( Hb 1:3). O pecado aqui é novamente colocado no plural, pois a passagem aponta para a penalidade e não para a raiz do pecado que é purificada.
Mas, e
quanto à passagem em João 1:29: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado
do mundo” ? Visto que o pecado do mundo que é tirado está no singular
aqui, não indica que a raiz do pecado foi realmente erradicada? Se for assim,
então não apenas a raiz do pecado do salvo foi erradicada, mas a do mundo
inteiro também. Obviamente, tal não pode ser o significado. O sentido aqui é
que o Cordeiro de Deus resolveu todo o problema do pecado do mundo. Isto
concorda com as palavras “por um homem entrou o pecado no mundo” de
Romanos 5:12. Assim como o pecado entrou no mundo através de um homem, assim
é tirado por outro homem. O Senhor já resolveu o problema do pecado do mundo.
Como tratamos com o pecado no singular? “Assim vós considerai-vos como mortos para o pecado” (Rm 6:11). O pecado no plural é solucionado pela morte de Cristo; o pecado no singular é resolvido junto com a morte com Cristo. Esta morte junto com Cristo é um considerar como morto. Se nos considerarmos mortos para o pecado, nós não mais estaremos sob o domínio do pecado.
“Mas, se
andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o
sangue de Jesus Cristo seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (I Jo 1:7). Mais uma vez a palavra pecado está no singular.
Entretanto, isto certamente não pode significar que o sangue do Senhor Jesus
nos purifica da raiz do pecado em nós, porque a purificação aqui referida tem
como condição o nosso andar na luz, como ele está na luz, a fim de termos
comunhão uns com os outros. Se este verso se referisse à nossa natureza
pecaminosa, como teríamos o pecado em nós a ser purificado pelo sangue do
Senhor Jesus, visto que já podemos andar na luz como Deus está na luz? A
verdade é esta: à medida em que andarmos na luz do evangelho como Deus está
na luz da revelação, começamos a reconhecer que o sangue do Senhor Jesus
resolveu todo o nosso problema do pecado. O versículo nove usa a palavra
pecado no plural mostrando que nós ainda temos pecados. Por isso, chegamos a
esta conclusão: o pecado no singular refere-se ao pecado como senhor em nós,
e o pecado no plural refere-se às várias expressões da nossa conduta
exterior. O pecado no singular aponta para o problema total do pecado,
enquanto que o pecado no plural aponta para o pecado como atos individuais.
“Àquele
que não conheceu pecado, o fez pecado por nós” (II Co 5:21). A palavra pecado aqui está no singular. O Senhor foi
feito pecado por nós, não pecados (plural) por nós. Por que o pecado é usado
no singular aqui? Porque Deus fez Jesus, o qual não conheceu pecado (isto é,
nunca conheceu o que era o pecado, nunca o serviu, nem conheceu o seu poder),
ser feito pecado por nós; isto é, ser feito todo o problema do pecado para
que Deus, julgando-O, pudesse julgar o pecado. Ser Ele feito pecado significa
simplesmente que Deus tratou com Ele como trataria com o nosso próprio
problema do pecado. Se o Senhor tivesse sido feito pecados, Ele teria
conhecido a conduta pecaminosa e, assim, teria sido alguém que também
cometera pecados e teria conhecido pecados tais como: orgulho, inveja, impureza
e assim por diante. Graças a Deus, Ele não fez Jesus pecados; Ele apenas
tratou com o Senhor Jesus como trataria com o problema do pecado. Por isso,
quando o Senhor Jesus morreu, o problema do pecado do mundo inteiro foi
resolvido.
Finalmente, vamos concluir a discussão desta pergunta consultando o livro dos Romanos. Seus primeiros oito capítulos tratam especificamente com a questão do pecado. A primeira divisão é de 1:1 a 5:11, e trata com o problema do pecado no plural e não no singular. De 5:12 a 8:39, temos a segunda divisão que trata com o problema do pecado no singular (por favor, observe que na segunda divisão, à parte do único exemplo no capítulo 7:5 onde o pecado é mencionado no plural, todo resto da divisão fala do pecado no singular). A primeira trata do pecado como atos individuais, isto é, as expressões exteriores da conduta pecaminosa. Estes casos pecaminosos e suas penalidades devem ser tirados e eliminados. Por isso, o Senhor Jesus veio para levar nossos pecados e tirá-los. A segunda mostra como Deus nos livra do pecado que reina sobre nós, exatamente como Ele tem perdoado todos os nossos muitos pecados. Ele não só perdoa nossos pecados e remove sua condenação, mas também nos livra do poder do pecado para que não pequemos. A primeira divisão trata com o sangue precioso, enquanto que a segunda trata com a cruz. A ressurreição na primeira parte aponta para o Senhor sendo ressuscitado por nós; a ressurreição na segunda parte, é a nossa ressurreição com Ele. A primeira enfoca o Senhor Jesus sendo crucificado e derramando Seu sangue por nós; a segunda enfoca a nossa crucificação com o Senhor. A primeira parte trata com o perdão; a segunda, com o livramento. A primeira trata com a justificação, e a segunda com a santificação. A primeira resolve a penalidade do pecado e a segunda dissolve o poder do pecado. Precisamos examinar estas duas seções.
No inicio,
quando crê no Senhor, você se preocupa com os muitos pecados que cometeu. Um
pecado após outro é colocado diante de você e você reconhece que não existe
bem algum dentro e fora de você. Você começa a imaginar por que um Deus tão
justo poderia perdoar seus pecados. Mas quando vem a saber que o Senhor Jesus
carregou seus pecados, que Seu sangue purificou você de todos os seus pecados
e que ele perdoou todos os pecados cometidos, você se regozija nEle. Por seus
pecados terem sido perdoados, você agora permanece na graça de Deus,
esperando alegremente a glória de Deus. Você está plenamente persuadido de
que agora pode fazer o bem.
Porém, dia
após dia descobre que, por exemplo, ainda pode mentir como antes. O que
deveria ser feito? Você vai ao Senhor e pede perdão. O Senhor ainda está
desejoso de perdoar e o Seu sangue é sempre eficaz. Você toma a decisão de
nunca mais mentir. Posteriormente, você parece fazer tudo bem durante os
primeiros dias, mas, depois, começa a se relaxar, vindo a mentir novamente.
Você pede ao Senhor outra vez para perdoar seu pecado e diz que não pecará de
novo. Após pouco tempo, você mente de novo e cai. Uma e outra vez, você pede
ao Senhor para lhe perdoar e continua a pecar repetidas vezes. Antes, você
sentia a pecaminosidade dos pecados exteriores, mas, agora, após ter se
tornado um cristão, você tem consciência de que o pecado reina em seu
interior, como também dos pecados cometidos exteriormente. Para ilustrar
melhor, consideremos alguém que gosta de jogar. Antes, ele considerava isto
um defeito de conduta, mas, depois de crer no Senhor, ele começa a sentir que
existe um senhor severo nele, que possui o poder de forçá-lo a fazer o que
não deseja e que não consegue deixar de obedecê-lo.
Cada um de
nós tem seu pecado peculiar que o embaraça. Você pode se lembrar da ocasião
em que foi salvo, da sua felicidade, mas agora você se sente mais miserável
do que antes de ser salvo. Como vencer estes pecados? Você pergunta a Deus se
Ele tem uma maior salvação. O que temos descrito em Romanos 5:12 a 8:31 é
esta maior salvação. Se o sangue é tudo o que Deus requer, então Ele poderia
ter levado o Senhor Jesus a derramar Seu sangue de forma diferente. Por que
Cristo deve morrer na cruz? É porque Deus quer te mostrar que, como pessoa,
você foi levado à cruz para ser crucificado com Cristo, assim como a
penalidade dos seus atos pecaminosos de conduta foram perdoados por meio de
Jesus, o Salvador. O Senhor Jesus Cristo foi crucificado por seus pecados,
mas ao mesmo tempo Ele levou você à cruz com Ele. Não apenas os pecados do
pecador, mas o próprio pecador; não apenas os nossos pecados, mas também
todos nós em Cristo, estávamos na cruz. Assim como o Senhor Jesus Cristo
derramou Seu sangue para purificar seus pecados, assim Deus reconhece a morte
de Cristo há mais de 1900 anos como sendo a sua morte.
No inicio,
você creu que o Senhor morreu por você; hoje você reconhece a morte dEle como
sendo sua. Visto que o Senhor morreu, você também morreu. Como você crê na
morte dEle, assim também você crê na morte dEle como sendo a sua. Embora o
pecado ainda esteja vivo, ele não pode tentar uma pessoa morta, pois o que
está morto, está libertado do pecado. Estando morto, o pecado não pode mais
frustrá-lo. Deus pode perdoar os atos pecaminosos da nossa conduta exterior,
mas Ele não pode perdoar nossa natureza pecaminosa interior. Ao invés disso,
Ele crucificou o velho homem a fim de que o pecado não mais tenha poder para
nos arrastar. Devemos crer, portanto, que morremos. Creia que já morremos e
não vamos morrer. Creia que morremos e não devemos morrer. Tendo consciência
de sua fraqueza e impureza, você deve saber que a cruz tratou com estas
coisas. Se você olhar para Cristo com os olhos da fé e crer que foi
crucificado com Ele, você verá o poder de Cristo salvando-o e o libertando do
poder do pecado.
O primeiro
passo na salvação dá-nos paz e satisfação e nos leva a experimentar muita
alegria. O segundo passo na salvação dá-nos poder para vencer o pecado e
andar em seu caminho. Você sente o poder do pecado oprimindo-o por dentro? É
apropriado que você experimente a vitória sobre ele. Vencer o poder do pecado
em você é livramento e emancipação e não perdão. Visto que o senhor dentro
mudou, você não está mais sob o governo do antigo senhor. Todos devemos
seguir este caminho.
Autor:
Watchman Nee
|
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
PECADO E PECADOS
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário