Lição 06
A FIDELIDADE DOS
OBREIROS DO SENHOR
11
de agosto de 2013
Professor Alberto
TEXTO ÁUREO
“Espero, porém, no Senhor Jesus, mandar-vos Timóteo, o mais breve
possível, a fim de que eu me sinta animado também, tendo conhecimento da vossa
situação” (Fp 2.19 - ARA).
VERDADE PRÁTICA
Os obreiros do Senhor devem estar
conscientes quanto à sua responsabilidade no santo ministério.
COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO
“Espero, porém, no Senhor Jesus, mandar-vos Timóteo, o mais breve
possível, a fim de que eu me sinta animado também, tendo conhecimento da vossa
situação” (Fp 2.19 - ARA).
Nosso
texto áureo está inserido dentro das considerações do apóstolo Paulo em enviar
a igreja de Filipos dois dos seus fiéis cooperadores: Timóteo e Epafrodito (Fp
2.19-30).
O apóstolo
Paulo tinha esperança de visitar os irmãos filipenses (Fp 2.24), mas seu estado
prisional em Roma não o permitia naquele momento.
Paulo
então apresenta as credenciais de Timóteo (Fp 2.19-23), e envia Epafrodito por
julgar ser necessário que assim o fizesse (Fp 2.25).
No nosso
Subsídio
do Ensinador Cristão, encontramos uma matéria intitulada: A fidelidade dos Obreiros do Senhor,
que apresenta as seguintes considerações:
“Certa
feita escrevendo a Timóteo Paulo disse: “os homens maus e
enganadores irão de mal a pior, enganando e sendo enganado” (2Tm 3.13).
Mas o
conselho do apóstolo a Timóteo foi bem contemporâneo: “Tu,
porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de
quem o tens aprendido” (2Tm 3.14).
Este era
o grande desafio para os obreiros de Filipos. Por ser uma igreja nova na fé o
perigo de os seus obreiros desviarem-se do alvo era iminente. Falsos
ensinadores, os gnósticos e judaizantes, se multiplicavam nas cercanias da
igreja filipense.
O
apóstolo Paulo apesar de estar longe tinha o seu coração inclinado para
comunidade de Filipos. Ele era um verdadeiro pastor. O seu coração era voltado
para as ovelhas. Um líder que amava a Igreja. Aqui, salta aos olhos as
características basilares de um verdadeiro pastor. É a mesma que pronunciou
Jesus de Nazaré: “O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (Jo
10.11).
Não há
dúvidas que esta era à disposição do apóstolo. Somente dá a vida por alguém,
aquele que compreende o real valor do outro. Para o apóstolo o valor de uma
vida era incalculável. Por isso, mesmo preso, Paulo informa o seu plano de
enviar Timóteo à Filipos e a ida de Epafrodito.
O que
nos chama atenção é que estes obreiros são pessoas da maior confiança de Paulo.
Eles haviam aprendido o modelo paulino de liderança. Eles sabiam que o
exercício do ministério de serviço (pastorado) deve levar em conta a humildade,
a disposição e o amor pelas pessoas que constituem o rebanho.
O
ministério pastoral nunca pode ser encarado numa perspectiva dominadora; mas
servidora, espontânea e voluntária. É naquele “espírito” de Pedro: “apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo
cuidado dele, não por força, mas voluntariamente [...] nem como tendo domínio
sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1Pe 5.2,3).
Nesta
lição cabe uma reflexão do pastorado contemporâneo à luz do contexto evangélico
atual. A cada ano a igreja evangélica se torna mais forte, midiática, política
e numerosa. A tentação de homens desejarem o “episcopado” pela motivação errada
é enorme. Não há outro caminho a ser feito para evitar as motivações erradas
que o da humilhação, voluntariedade e simplicidade. Por isso todo candidato ao
Santo Ministério precisa beber muito dos Evangelhos e dos Apóstolos”.
RESUMO DA LIÇÃO
06
A FIDELIDADE DOS OBREIROS DO SENHOR
I. - A PREOCUPAÇÃO DE PAULO COM A
IGREJA
1. Paulo, um líder comprometido com o
pastorado.
2. Paulo, o mentor de novos obreiros.
3. Paulo, um líder que amava a igreja.
II. O ENVIO DE TIMÓTEO À FILIPOS
(2.19-24)
1. Paulo dá testemunho por Timóteo.
2. O modelo paulino de liderança.
3. As qualidades de Timóteo (2.20-22).
III. - EPAFRODITO, UM OBREIRO
DEDICADO (2.25-30)
1. Epafrodito, um mensageiro de
confiança.
2. Epafrodito, um verdadeiro
missionário.
3. Paulo envia Epafrodito.
INTERAÇÃO
“Eu
sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas”.
É assim que
Jesus é apresentado aos seus discípulos pela narrativa do Evangelho de João.
O bom Pastor
doa a sua vida às ovelhas.
Ele não espera
receber nada em troca do seu exercício ministerial, a não ser a alegria e a
grata satisfação em ver uma vida, outrora em frangalhos, mas agora em perfeito
juízo com a mente e o coração imersos no Evangelho.
O verdadeiro
pastor sabe bem a dimensão profunda daquilo que significa “apascentai
o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas
voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo
domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1Pe 5.2,3).
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Reconhecer a preocupação de Paulo com a Igreja.
Pontuar o modelo paulino de liderança.
Inspirar-se à
prática cristã com o exemplo de Epafrodito.
COMENTÁRIO
PALAVRA CHAVE
FIDELIDADE: Qualidade de fiel; lealdade.
I.
A PREOCUPAÇÃO DE PAULO COM A IGREJA
1. Paulo, um líder comprometido com o
pastorado.
O versículo do texto áureo revela o coração
amoroso de Paulo que, apesar de encarcerado, ansiava por notícias dos irmãos na
fé.
O apóstolo temia que a igreja filipense ficasse
exposta aos “lobos devoradores” que se aproveitam da vulnerabilidade e da
fragilidade das “ovelhas” a fim de “devorá-las” (Mt 10.16; At 20.29).
Paulo se preocupava com a segurança espiritual do
rebanho de Filipos e esforçava-se ao máximo para atendê-lo.
2. Paulo, o mentor de novos obreiros.
O apóstolo apresenta dois obreiros especiais para
auxiliar a igreja de Filipos.
Primeiramente, Paulo envia Timóteo, dando
testemunho de que ele era um obreiro qualificado para ouvir e atender às
necessidades espirituais da igreja.
Em seguida, o apóstolo valoriza um obreiro da
própria igreja filipense, Epafrodito.
Este gozava de total confiança de Paulo, pois
preservava a pureza do Evangelho recebido.
O apóstolo Paulo ainda destaca a integridade
desses dois servos de Deus contra a avareza dos falsos obreiros (v.21).
Estes são líderes que não zelam pela causa de
Cristo, mas se dedicam apenas aos seus próprios interesses.
3. Paulo, um líder que amava a igreja.
Ao longo de toda a Carta aos Filipenses, percebemos
que a relação do apóstolo Paulo para com esta igreja era estabelecida em amor.
Não era uma relação comercial, pois o apóstolo
não tratava a igreja como um negócio.
Ele não era um gerente e muito menos um patrão.
A melhor figura a que Paulo pode ser comparado em
seu comportamento em relação à igreja é a de um pai que ama os seus filhos
gerados na fé de Cristo.
Todas as palavras do apóstolo — admoestações,
exortações e deprecações — demonstram um profundo amor para com a igreja de
Filipos.
Precisamos de obreiros que amem a Igreja do
Senhor.
Esta é constituída por pessoas necessitadas,
carentes, mas, sobretudo, desejosas de serem amadas pelos representantes da
igreja (2Tm 2.1-26).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O compromisso pastoral do apóstolo
Paulo passava pela mentoria que ele exercia sobre os novos obreiros e por seu
amor pela igreja. Ele não era gerente de uma instituição, mas pastor de uma
igreja.
II.
O ENVIO DE TIMÓTEO À FILIPOS (2.19-24)
1. Paulo dá testemunho por Timóteo.
O envio de Timóteo à Filipos tinha a finalidade
de fortalecer a liderança local e, consequentemente, todo o Corpo de Cristo.
Além de enviar notícias suas à igreja, Paulo
também esperava consolar o seu coração com boas informações acerca daquela
comunidade de fé.
Assim, como Timóteo era uma pessoa de sua inteira
confiança, considerado pelo apóstolo como um filho (1Tm 1.2), tratava-se da
pessoa indicada para ir a Filipos, pois sua palavra à igreja seria íntegra,
leal e no temor de Deus.
Paulo estava seguro de que o jovem Timóteo teria
a mesma atitude que ele, ou seja, além de ensinar amorosa e abnegadamente,
pregaria o evangelho com total comprometimento a Cristo (v.20).
2. O modelo paulino de liderança.
Timóteo, Epafrodito e Tito foram obreiros sob a
liderança de Paulo.
Eles aprenderam que o exercício do santo
ministério é delineado pela dedicação, humildade, disposição e amor pela obra
de Deus.
Qualquer obreiro que queira honrar ao Senhor e
sua Igreja precisa levar em conta os sofrimentos enfrentados pelo Corpo de
Cristo na esperança de ser galardoado por Deus.
Nessa perspectiva, o principal ensino de Paulo
aos seus liderados era que o líder é o servidor da Igreja.
O apóstolo aprendera com Jesus que o líder
cristão deve servir à Igreja e jamais servir-se dela (Mt 20.28).
3. As qualidades de Timóteo (2.20-22).
Timóteo aprendeu muito com Paulo em relação à
finalidade da liderança.
Ele se solidarizou com o apóstolo e dispôs-se a
cuidar dos interesses dos filipenses como um autêntico líder.
Paulo declarou aos filipenses que Timóteo, além
de “um caráter aprovado”, estava devidamente preparado para exercer a
liderança, pois tinha uma disposição de “servir” ao Senhor e à igreja.
Todo líder cristão precisa desenvolver uma
empatia com a igreja, tornando-se um marco referencial para toda a comunidade
de fé (1Tm 4.6-16).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O apóstolo desejou enviar Timóteo a
igreja de Filipos visando o fortalecimento da liderança local e,
consequentemente, de todo o Corpo de Cristo.
III.
EPAFRODITO, UM OBREIRO DEDICADO (2.25-30)
1. Epafrodito, um mensageiro de
confiança.
Epafrodito era grego, um obreiro local exemplar e
de caráter ilibado.
O apóstolo Paulo o elogia como um grande
“cooperador e companheiro nos combates”.
Sua tarefa inicial era a de ajudar o apóstolo
enquanto ele estivesse preso, animando-o e fortalecendo-o com boas notícias dos
crentes filipenses.
Epafrodito também fora encarregado de levar a
Paulo uma ajuda financeira da parte da igreja de Filipos, objetivando custear
as despesas da prisão domiciliar do apóstolo.
2. Epafrodito, um verdadeiro
missionário.
Epafrodito não levou apenas boas notícias para o
apóstolo, mas também propagou o Evangelho nas adjacências da cidade de Filipos.
Em outras palavras, Epafrodito era um autêntico
missionário.
À semelhança de Silvano e Timóteo (1Ts 1.1-7),
bem como Barnabé, Tito, Áquila e Priscila, ele entendia que, se o alvo era
pregar o Evangelho, até mesmo os sofrimentos por causa do nome de Jesus faziam
parte de seu galardão.
3. Paulo envia Epafrodito.
Filipenses 2.20 relata o desejo de Paulo em
mandar alguém para cuidar dos assuntos da igreja em Filipos.
O pensamento inicial era enviar Timóteo, pois
Epafrodito adoecera vindo quase a falecer.
Deus, porém, teve misericórdia desse obreiro e o
curou (v.27), dando ao apóstolo a oportunidade de enviá-lo à igreja em Filipos
(v.28).
Epafrodito possuía condições morais e emocionais
para tratar dos problemas daquela igreja.
Por isso, o apóstolo pede aos filipenses que o
recebam em Cristo, honrando-o como obreiro fiel (vv.29,30).
Que os obreiros cuidem da Igreja de Cristo com
amor e zelo, e que os membros do Corpo do Senhor reconheçam a maturidade, a
fidelidade e a responsabilidade dos obreiros que Deus dá à Igreja (Hb 13.17).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Epafrodito era um mensageiro de
confiança do apóstolo Paulo, um verdadeiro missionário. Foi enviado a Filipos
para cuidar de assuntos locais.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
A Igreja pertence a Cristo, e nós, os obreiros,
somos os servidores desta grande comunidade espalhada por Deus pela face da
terra.
Que ouçamos o conselho do apóstolo Pedro, e
venhamos apascentar “o rebanho de Deus [...], tendo cuidado dele,
não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo
pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo
ao rebanho” (1Pe 5.2,3).
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
CARLSON, R.; TRASK, T.
(et all.). Manual Pastor Pentecostal:
Teologia e Práticas Pastorais. 3 ed., RJ: CPAD, 2005.
MACARTHUR JR, J. Ministério Pastoral: Alcançando
a excelência no ministério cristão. 4 ed., RJ: CPAD, 2004.
RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do
Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2007.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Vida Cristã
“Quando a Igreja nasceu, no Dia de Pentecoste,
Deus começou a chamar ‘pastores’ para apascentar os rebanhos de fiéis que se
levantariam ao redor do mundo. Os pastores devem ser responsáveis pelo cuidado,
direção e ensinamentos que uma congregação recebe. Eles são dons para a igreja
(Ef 4.11), líderes necessários que devem ter vidas exemplares. Seu chamado ao
ministério é de procedência divina (At 20.28); seu exemplo é Jesus Cristo, e o
poder para fazerem esta incrível obra vem do Espírito Santo.
Julgo que os pastores têm de ser pentecostais
para que apascentem igrejas também pentecostais. Essa é ordem de Deus. Visto
que vivemos num dos tempos mais complicados e plenos de avanços tecnológicos
que este mundo jamais viu, é crucial que os líderes da Igreja do Senhor sejam
não só cheios mas também guiados pelo Espírito Santo. As pessoas são complexas;
suas dificuldades e problemas, também. Somente Deus pode capacitar-nos a
entendê-las e ajudá-las. À medida que os pastores empenham-se em auxiliar os
que se acham nas garras do alcoolismo, das drogas, do divórcio e de outras
incontáveis tragédias, precisam urgentemente de poder e discernimento do
Espírito para ministrar. Os métodos para se alcançar as pessoas mudam;
entretanto, nossa mensagem não pode mudar” (CARLSON, R.; TRASK, T. (et all.).
Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3 ed., RJ: CPAD,
2005, p.7).
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