Comunidade Messiânica Ebenezer
“Até
aqui nos ajudou o Senhor”
ALBERTO ARAÚJO
Lições
Bíblicas CPAD
Título: Sabedoria de Deus para uma vida
vitoriosa — A atualidade de Provérbios e Eclesiastes
Lição 1: O VALOR DOS BONS CONSELHOS
TEXTO ÁUREO
“O temor do
Senhor é o princípio da ciência; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução” (Pv 1.7).
VERDADE PRÁTICA
Provérbios e
Eclesiastes são verdadeiras pérolas da sabedoria divina para o nosso bom viver.
LEITURA DIÁRIA
Pv 1.2 – A sabedoria
revela prudência
1.2 Para aprender a sabedoria
e o ensino; para entender as palavras de inteligência;
1.2 Para se conhecer a sabedoria e a instrução; para se entenderem as palavras da prudência;
1.2 Estes provérbios nos ajudam a dar valor à sabedoria e aos bons conselhos e a entender os pensamentos mais profundos.
1.2 Para se conhecer a sabedoria e a instrução; para se entenderem as palavras da prudência;
1.2 Estes provérbios nos ajudam a dar valor à sabedoria e aos bons conselhos e a entender os pensamentos mais profundos.
Pv
1.3 – A sabedoria oferece justiça, juízo e equidade
1.3 para obter o ensino do bom
proceder, a justiça, o juízo e a eqüidade;
1.3 para se receber a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a equidade;
1.3 Eles nos ensinam a vivermos de maneira inteligente e a sermos corretos, justos e honestos.
1.3 para se receber a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a equidade;
1.3 Eles nos ensinam a vivermos de maneira inteligente e a sermos corretos, justos e honestos.
Pv 1.4 – A sabedoria
traz conhecimento
1.4 para dar aos simples prudência
e aos jovens, conhecimento e bom siso.
1.4 para dar aos simples prudência, e aos jovens conhecimento e bom siso;
1.4 Podem também tornar sábia uma pessoa sem experiência e ensinar os moços a serem ajuizados.
1.4 para dar aos simples prudência, e aos jovens conhecimento e bom siso;
1.4 Podem também tornar sábia uma pessoa sem experiência e ensinar os moços a serem ajuizados.
Pv 1.5 – A sabedoria
gera sábios conselhos
1.5 Ouça o sábio e cresça em
prudência; e o instruído adquira habilidade
1.5 para o sábio ouvir e crescer em sabedoria, e o instruído adquirir sábios conselhos;
1.5 Estes provérbios aumentam a sabedoria dos sábios e orientam os instruídos,
1.5 para o sábio ouvir e crescer em sabedoria, e o instruído adquirir sábios conselhos;
1.5 Estes provérbios aumentam a sabedoria dos sábios e orientam os instruídos,
Pv 1.6 – A sabedoria
interpreta a vida
1.6 para entender provérbios e
parábolas, as palavras e enigmas dos sábios.
1.6 para entender provérbios e sua interpretação, como também as palavras dos sábios e suas adivinhações.
1.6 fazendo que entendam o significado escondido dos provérbios e dos ditados e compreendam os mistérios que os estudiosos procuram explicar.
1.6 para entender provérbios e sua interpretação, como também as palavras dos sábios e suas adivinhações.
1.6 fazendo que entendam o significado escondido dos provérbios e dos ditados e compreendam os mistérios que os estudiosos procuram explicar.
Pv 1.7 – O temor do
Senhor e a sabedoria
1.7 O temor do SENHOR é o
princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino.
1.7 O temor do SENHOR é o
princípio da ciência; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.
1.7 Para ser sábio, é preciso
primeiro temer a Deus, o SENHOR. Os tolos desprezam a sabedoria e não querem
aprender.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Provérbios
1.1-6.
1 - Provérbios
de Salomão, filho de Davi, rei de Israel.
2 - Para se
conhecer a sabedoria e a instrução; para se entenderem as palavras da
prudência;
3 - para se
receber a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a equidade;
4 - para dar
aos simples prudência, e aos jovens conhecimento e bom siso;
5 - para o
sábio ouvir e crescer em sabedoria, e o instruído adquirir sábios conselhos;
6 - para
entender provérbios e sua interpretação, como também as palavras dos sábios e
suas adivinhações.
INTERAÇÃO
Prezado professor, iniciaremos mais um trimestre, o último do
ano. Esta é uma excelente oportunidade para fazer uma autoanálise a respeito do
seu ministério de ensino. Seus objetivos foram alcançados? Seus alunos
cresceram na graça e no conhecimento de Deus? Neste trimestre estudaremos parte
da literatura sapiencial judaica, isto é, os livros de sabedoria dos judeus que
tratam dos conselhos divinos para a vida humana. Veremos o quanto eles são
atuais e relevantes em seus ensinamentos.
O comentarista deste trimestre é o pastor José Gonçalves, professor de
Teologia, filósofo, escritor e vice-presidente da Comissão de Apologética da
CGADB.
OBJETIVOS
Após esta
aula, o aluno deverá estar apto a:
- Conhecer o conceito geral dos livros de Provérbios e Eclesiastes.
- Identificar as fontes da sabedoria dos sábios antigos.
- Compreender o propósito da sabedoria ensinada em Provérbios e Eclesiastes.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Para
introduzir o primeiro tópico da lição, sugerimos que você reproduza o esquema
abaixo. É importante que todos os alunos tenham uma cópia do quadro. O objetivo
é fazer um resumo a respeito dos elementos literários presentes nos livros dos
Provérbios e do Eclesiastes. Explique aos alunos que quando estes livros foram
compilados nos tempos bíblicos, a cultura, a língua e o estilo literário eram
opostos aos da literatura moderna. Compreender o estilo literário usado pelo
compilador antigo é essencial para entendermos o sentido real do texto e
evitarmos interpretações mirabolantes.
CARACTERÍSTICAS
LITERÁRIAS DOS LIVROS DE:
PROVÉRBIOS
1. O estilo
literário do livro dos Provérbios é pelo menos dois: Provérbio e Instrução.
2. Provérbios: A expressão é de difícil definição, mas suas
características são singulares:
a) concisão;
b) sagacidade;
c) forma memorável;
d) base na experiência;
e) verdade universal;
f) objetivo prático e longo uso. Quase sempre, o provérbio é descrito
como poético ou rítmico, com metáforas sucintas, vivazes, convincentes e
admiráveis.
3. Instrução:
Quase sempre articulada como o legado de um pai ao filho, ou do mestre ao
discípulo, que incluem ordens de proibições e as motivações pelos quais eles
devem obedecer.
ECLESIASTES
1. O livro se divide em quatro partes: a primeira, a central, a segunda
e o epílogo.
2. Primeira parte [1.1 — 3.15]. Reflexões bem organizadas sobre a
vida, acompanhadas de um poema enternecedor sobre o tempo.
3. Parte central [3.16 — 11.8]. Alguns provérbios aparecem. De
vez em quando uma parábola e poesia também.
4. Segunda
parte [11.9 — 12.8]. Há uma mudança de tom. A ideia é dar esperança ao
jovem, pois a velhice chega depressa demais.
5. O
epílogo [vv.9-14]. Esta seção é a justificativa de como o pregador ensinou
ao povo provérbios e ensinos verdadeiros e com clareza.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Sabedoria: Grande instrução; ciência, erudição, saber.
Lembro-me dos
ditados populares que ouvia dos meus pais: “Águas passadas não movem moinhos”;
“Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”; “Quem espera sempre
alcança”, e muitos outros. Essas pequenas expressões contêm conselhos de uma
cultura popular impregnada de valores éticos, morais e sociais, que acabam por
dirigir as regras da vida em sociedade.
Mais do que
qualquer outra fonte, a Bíblia está recheada dessas pérolas. São bons conselhos
que revelam a sabedoria divina. Tais máximas bíblicas são expressas em
linguagem figurada, das mais variadas formas (parábolas, fábulas, enigmas e
provérbios). Por isso, neste trimestre, conheceremos o que a Bíblia revela
sobre os conselhos divinos contidos nos livros de Provérbios e Eclesiastes.
Veremos ainda como esses conselhos se revelam na vida dos que temem ao Senhor.
I. JOIAS DA
LITERATURA SAPIENCIAL
1. O livro de
Provérbios. A Bíblia diz que Salomão compôs “três mil provérbios, e foram os seus
cânticos mil e cinco” (1Rs 4.32). O texto sagra do identifica Salomão como o
principal autor do livro de Provérbios (Pv 1.1: Provérbios de
Salomão, filho de Davi, rei de Israel.), mas não o único. O próprio Salomão exorta a que
se ouça “as palavras dos sábios” (Pv 22.17), e declara fazer uso de alguns dos
provérbios desses sábios anônimos (Pv 24.23).
O livro revela
que havia alguns provérbios de Salomão que circulavam nos dias do rei Ezequias,
e que posteriormente foram compilados pelos homens deste piedoso rei (Pv 25.1).
Por último, o
livro de Provérbios revela que Agur, filho de Jaque, de Massá, é o autor do
capítulo 30. Já o capítulo 31 é atribuído ao rei Lemuel de Massá. O livro
pertence ao gênero literário hebreu conhecido como sapiencial, isto é,
literatura da sabedoria.
2. O livro de
Edesiastes. Eclesiastes, juntamente com Cantares, Jó, Salmos e Provérbios, também
faz parte do gênero literário conhecido como “Literatura Sapiencial”. Sua
autoria é atribuída a Salomão (Ec 1.1). Embora escrito pelo filho de Davi e
pertença ao mesmo gênero literário, o livro de Eclesiastes possui um estilo
diferente de Provérbios. Ele se apresenta como um discurso usado em assembleias
ou templos. Alguns intérpretes acreditam que se trata de uma coletânea
utilizada por Salomão em seus discursos.
Ao contrário
do que muitos pensam, o livro de Eclesiastes não expõe uma espécie de ceticismo
ou desencanto existencial. Salomão faz um balanço da vida do ponto de vista de
alguém que teve o privilégio de vivê-la com intensidade, mas que descobre ser
ela totalmente vazia se não vivida em Deus. A própria sabedoria, tão celebrada nos
Provérbios, quando posta a serviço de interesses pessoais e objetivos
mesquinhos é tida como tola.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Provérbios e
Eclesiastes são livros de sabedoria judaica que revelam os desígnios eternos
para a vida.
II. A SABEDORIA
DOS ANTIGOS
1. A
inteligência dos sábios. Já observamos que pelo menos duas referências do
livro de Provérbios fazem citação das “Palavras dos Sábios” (Pv 22.17; 24.23).
Mas quem são esses sábios? O texto não os identifica. Todavia, o Primeiro Livro
dos Reis fala acerca de outros sábios, igualmente famosos, e como Salomão os
sobrepujou em sabedoria (1Rs 4.29-31).
2. A sabedoria
de Salomão. O escritor americano Eugene Peterson mostra a singularidade da
sabedoria salomônica em diferentes áreas da vida. Mais especificamente nos
Provérbios, há uma amostra de como honrar os pais, criar os filhos, lidar com o
dinheiro, conduzir a sexualidade, trabalhar e exercitar liderança, usar bem as
palavras, tratar os amigos com gentileza, comer e beber saudavelmente, bem como
cultivar emoções e atitudes em relação aos outros de modo pacífico. Peterson
ainda mostra que o princípio da sabedoria salomônica destaca que o nosso modo
de pensar e corresponder-nos com Deus reflete a prática cotidiana de nossa
existência. Isto significa que nada, em nossa vida, precede a Deus. Sem Ele
nada podemos fazer.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A sabedoria
dos antigos, e particularmente a de Salomão, versava sobre diferentes áreas da
vida humana.
III. AS FONTES
DA SABEDORIA
1. A sabedoria
popular. Os livros poéticos mostram, entre outras coisas como louvores e
orações, muito da sabedoria do povo de Israel. Ciente dessa verdade, Salomão
apresenta máximas populares para compor os seus Provérbios (Pv 22.17; 24.23).
Podemos entender que Deus dá inteligência aos homens para que estes possam
analisar as situações da vida e tirar delas conclusões que servirão para si
mesmos e para outras pessoas, em forma de conselhos e advertências, como ocorre
no livro de Provérbios.
2. A sabedoria
divina. O texto bíblico destaca que Salomão “falou das árvores, desde o cedro
que está no Líbano até ao hissopo que nasce na parede; também falou dos
animais, e das aves, e dos répteis, e dos peixes. E vinham de todos os povos a
ouvir a sabedoria de Salomão e de todos os reis da terra que tinham ouvido da
sua sabedoria” (1Rs 4.33,34). De onde vinha tanta sabedoria? O texto bíblico
revela que Salomão orou pedindo a Deus sabedoria (1Rs 3.9), e que o Senhor
respondeu-lhe integralmente (1Rs 3.10-12). Esta é a fonte da sabedoria de
Salomão e explica o porquê de ninguém conseguir superá-la.
SINOPSE DO
TÓPICO (III)
A fonte de
toda sabedoria do rei Salomão era o Senhor nosso Deus.
IV. O
PROPÓSITO DA SABEDORIA
1. Valores éticos e morais. Na introdução
do livro de Provérbios, encontramos um conjunto de valores éticos e morais que
revelam o propósito desses conselhos. Ali, consta todo o objetivo proposto pelo
livro:
(1) Conhecer a sabedoria e a instrução;
(2) entender as palavras da prudência;
(3) receber a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a
equidade;
(4) dar aos simples prudência e aos jovens conhecimento e sensatez;
(5) ouvir e crescer em sabedoria;
(6) adquirir sábios conselhos;
(7) compreender provérbios e sua interpretação, bem como também as
palavras dos sábios e suas metáforas (Pv 1.1-6).
2. Valores espirituais. Além de
apontar valores éticos e morais, ao afirmar que o “temor do Senhor é o
princípio da ciência; [e que somente] os loucos desprezam a sabedoria e a instrução”
(Pv 1.7), o cronista sacro abaliza os valores espirituais que sobressaem nas
palavras de Provérbios. Da mesma forma, o livro de Eclesiastes aponta para Deus
como a razão de toda a existência humana. Fora dele não há base segura para uma
moral social. Os livros de Provérbios e Eclesiastes formam uma tessitura
milenar no contexto religioso judaico que, adaptado à nossa realidade,
apresentam conselhos práticos para a vida cotidiana de todos os homens.
SINOPSE DO
TÓPICO (IV)
O propósito da
sabedoria nos livros de Provérbios e Eclesiastes é constituir um conjunto de
valores éticos, morais e espirituais para a vida.
CONCLUSÃO
A literatura
sapiencial, representada neste trimestre pelos livros de Provérbios e
Eclesiastes, revela que o temor do Senhor é o fundamento de todo o saber.
Ninguém pode ser considerado sábio se os seus conselhos não revelarem
princípios do saber divino. Segundo a Bíblia, um sábio não se caracteriza
apenas por ter muita informação ou inteligência, mas é alguém que aprendeu o temor
do Senhor como a base de toda sua vida e, por isso, sabe viver e conviver (Tg
3.13-18).
Provérbios 1
Propósito e tema
2 Eles ajudarão a
experimentar
a sabedoria e a disciplina;
a compreender as palavras
que dão entendimento;
a sabedoria e a disciplina;
a compreender as palavras
que dão entendimento;
5 Se o sábio lhes der
ouvidos,
aumentará seu conhecimento,
e quem tem discernimento
obterá orientação
aumentará seu conhecimento,
e quem tem discernimento
obterá orientação
Exortações para abraçar a sabedoria
7 O temor do Senhor
é o princípio do conhecimento,
mas os insensatos desprezam
a sabedoria e a disciplina.
é o princípio do conhecimento,
mas os insensatos desprezam
a sabedoria e a disciplina.
11 Se disserem:
"Venha conosco,
fiquemos de tocaia para matar alguém,
vamos divertir-nos armando emboscada
contra quem de nada suspeita!
fiquemos de tocaia para matar alguém,
vamos divertir-nos armando emboscada
contra quem de nada suspeita!
12 Vamos engoli-los
vivos,
como a sepultura engole os mortos;
vamos destruí-los inteiros,
como são destruídos
os que descem à cova;
como a sepultura engole os mortos;
vamos destruí-los inteiros,
como são destruídos
os que descem à cova;
18 também esses homens
não percebem
que fazem tocaia contra a própria vida;
armam emboscadas contra eles mesmos!
que fazem tocaia contra a própria vida;
armam emboscadas contra eles mesmos!
O perigo de rejeitar a sabedoria
22 "Até quando
vocês, inexperientes,
irão contentar-se
com a sua inexperiência?
Vocês, zombadores,
até quando terão prazer na zombaria?
E vocês, tolos,
até quando desprezarão o conhecimento?
irão contentar-se
com a sua inexperiência?
Vocês, zombadores,
até quando terão prazer na zombaria?
E vocês, tolos,
até quando desprezarão o conhecimento?
23 Se acatarem a minha
repreensão,
eu darei a vocês um espírito de sabedoria
e revelarei a vocês os meus pensamentos.
eu darei a vocês um espírito de sabedoria
e revelarei a vocês os meus pensamentos.
26 eu, de minha parte,
vou rir-me da sua desgraça;
zombarei quando o que temem
se abater sobre vocês,
vou rir-me da sua desgraça;
zombarei quando o que temem
se abater sobre vocês,
27 quando aquilo que
temem
abater-se sobre vocês
como uma tempestade,
quando a desgraça os atingir
como um vendaval,
quando a angústia e a dor os dominarem.
abater-se sobre vocês
como uma tempestade,
quando a desgraça os atingir
como um vendaval,
quando a angústia e a dor os dominarem.
VOCABULÁRIO
Desencanto
Existencial: Desgosto ou decepção com a realidade vivida, isto é, com a vida.
Tessitura: Modo como
estão interligadas as partes de um todo; organização, contextura.
Sétuplo: Numeral que vale sete vezes o outro.
Sétuplo: Numeral que vale sete vezes o outro.
Epítome: A síntese, o
resumo.
EXERCÍCIOS
1. O que o livro
de Provérbios revela acerca de Salomão?
R. O livro
revela que havia alguns provérbios de Salomão que circulavam nos dias do rei
Ezequias. Posteriormente, eles foram compilados pelos homens desse rei (Pv
25.1).
2. Embora
pertença ao mesmo gênero literário de sabedoria judaica, qual a diferença entre
Eclesiastes e Provérbios?
R. Diferentemente
de Provérbios, Eclesiastes apresenta-se como um discurso usado em assembleias
ou templos.
3. Além de
louvores e orações, o que os livros poéticos mostram?
R. Muito da
sabedoria do povo de Israel.
4. Cite pelo
menos três objetivos propostos na introdução do livro de Provérbios.
R. Conhecer a
sabedoria, a instrução; entender as palavras da prudência; adquirir sábios
conselhos.
5. Os livros de
Provérbios e Eclesiastes formam uma tessitura milenar no contexto religioso
judaico. Para nós, o que eles falam hoje?
R. Adaptados
a nossa realidade, eles apresentam conselhos práticos para a vida cotidiana.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
“Livros da Sabedoria
São considerados livros da sabedoria três dos livros poéticos: Jó,
Provérbios e Eclesiastes, embora Jó seja realmente um livro de espécie única.
Essa classificação é baseada no fato de tratarem esses três livros dos
problemas que mais interessam à humanidade. Jó trata do problema do sofrimento,
Provérbios, do problema do dever moral, e Eclesiastes, do problema da
felicidade.
Os livros chamados de Sabedoria são diferentes da literatura profética
de Israel porque expressam melhor a filosofia dos pensadores do que as
determinações das mensagens de Jeová. Não se encontra neles a frase: ‘Assim diz
o Senhor’, quando falam dos problemas da vida e das conclusões dos homens.
Os sábios anunciaram as verdades como um tratado de filosofia moral,
usando palavras de profundeza mais elevada do que seus conhecimentos, de modo
que só tempos depois é que puderam ser interpretadas.
Provérbios e Eclesiastes apresentam principalmente esse fato” (MELO, J.
L. Eclesiastes versículo por versículo. RJ: CPAD, 1999, p.12).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Lexicográfico
“Sabedoria [de Cristo]
Embora no Antigo Testamento a sabedoria seja personificada no livro de
Provérbios e mostrada como tendo existido eternamente em Deus (Pv 8.22-30), ela
é centrada em uma pessoa, o Senhor Jesus Cristo (1Co 1.30; Cl 2.2,3; cf. Lc
11.49).
Cristo, em sua natureza humana, cresceu em sabedoria, e em estatura, e
em graça para com Deus e os homens (Lc 2.52), mas em sua natureza divina,
repousava sobre ele o Espírito sétuplo cujo principal atributo é a sabedoria
(Is 11.2). Como resultado os homens perguntaram, ‘Donde veio a este a
sabedoria’ (Mt 13.54; Mc 6.2), não percebendo que alguém maior que Salomão
estava ali (Mt 12.42). O apóstolo Paulo escreve que Ele é o poder e a sabedoria
de Deus, destacando que a vida e a morte de Cristo eram o sábio plano de
salvação de Deus (1Co 1.24).
Os gregos, com sua filosofia, buscavam a sabedoria (1Co 1.22) e
produziram grandes homens como Platão e Aristóteles, mas não vieram a conhecer
a Deus. Em contraste, Deus, em sua infinita sabedoria, usou a Palavra da cruz
para revelar o modo como o homem pode ser salvo. O evangelho provou ser um
tropeço para os judeus, que estavam tentando obter a salvação através das boas
obras (Rm 9.30-33); e ‘uma loucura ou insensatez’ (gr. moria, os
pensamentos de um simplório, simples demais para ser aceito como o verdadeiro
conhecimento da salvação) para os gregos cultos. Os judeus ficavam ofendidos
com o pensamento da crucificação, e por serem tão impotentes a ponto de
precisarem que alguém morresse pelos seus pecados. Os gregos consideravam a
simples fé em uma expiação substitutiva um modo fácil demais para a salvação.
Contudo, a morte expiatória do Senhor Jesus Cristo é o epítome de toda a
sabedoria (Ef 3.10), uma vez que ela resolve o maior problema do mundo e do
homem, isto é, o pecado” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD,
2009, p.1712).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O valor dos bons conselhos
Neste trimestre, teremos a oportunidade ímpar de estudar os livros de
Provérbios e Eclesiastes. São duas pérolas das Sagradas Escrituras. Provérbios
nos ensina a viver de modo sábio e Eclesiastes nos mostra o verdadeiro sentido
da vida.
O livro de Provérbios
O livro de Provérbios é um verdadeiro compêndio de sabedoria em forma de
parábolas. São sentenças curtas, porém carregadas de significados e verdades
que foram aprendidas e ensinadas no dia-a-dia dos israelitas. Ao estudar este
livro, precisamos observar algumas particularidades importantes:
1. Salomão não foi o único autor dos provérbios, embora ele tenha
escrito uma grande parte (cf. 1.1; 10.1; 25.1). O próprio Salomão declara: “...
também estes são provérbios dos sábios” (Pv 24.23). Não podemos negar que
Salomão foi um dos homens mais sábios do seu tempo e que proferiu 3 mil
provérbios (1Rs 4.32), todavia há outros autores das citações, como Agur (Pv
30.1) e o rei Lemuel (Pv 31.1). É importante também observar que seus autores
pertenceram a épocas distintas.
2. Os provérbios têm a sua origem nos ditos populares. Todavia, os
provérbios bíblicos são breves declarações que expressam os conselhos divinos
para nós. Podemos afirmar que cada provérbio é uma parábola resumida e o livro
todo é a Palavra de Deus. É Deus falando por intermédio das circunstâncias da
vida.
3. Existem várias formas literárias dentro do livro, como, por exemplo,
parábolas, poemas, antíteses e comparações.
O propósito do livro é ensinar os leitores a viverem de forma justa,
correta e ética. O objetivo é levar as pessoas a expressarem, no seu dia-a-dia,
a sabedoria de Deus. Embora o livro também trate das questões corriqueiras da
vida, ele é um convite à busca da sabedoria que vem do Alto, a sabedoria
divina.
O livro de Eclesiastes
Ao ler Eclesiastes 1.1 e o capítulo 2, não temos dúvida de que Salomão é
seu autor. Além disso, tanto a tradição judaica quanto a cristã conferem a
autoria do livro a Salomão.
Eclesiastes é um livro biográfico e durante a sua leitura percebemos que
não existe uma sequência lógica. A impressão que temos é que os textos foram
surgindo de tempos em tempos, como em um diário. É o relato triste de um homem
que, embora sábio, viveu parte da sua vida longe de Deus. O propósito é
mostrar, e em especial aos jovens, que o sentido da vida não está nos bens
materiais, no conhecimento, no prazer, na fama. O verdadeiro sentido da vida
está em Deus, o Criador.
ALBERTO ARAÚJO
Teologia Médio – Ensinai
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