terça-feira, 28 de abril de 2015

EXEGESE versus EISEGESE

EXEGESE versus EISEGESE

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1. Etimologia de “exegese”. O vocábulo “exegese” significa “exposição, explicação”. O sentido de exegese é extrair, conduzir para fora como um comentário crítico que analisa o texto no contexto original e o seu significado na atualidade (Ne 8.8); não é simplesmente uma exposição textual. Os princípios da exegese são conhecidos como hermenêutica, a ciência da interpretação. A interpretação correta, por conseguinte, vem de dentro da Bíblia.
       
2. A falsificação chamada eisegese. A interpretação peculiar e tendenciosa de um texto bíblico vem de fora para dentro. As seitas são especialistas nisso. A eisegese, portanto, é o inverso da exegese. A preposição grega eis, “para dentro”, indica movimento de “fora para dentro”. Trata-se de uma maneira de contrabandear para o texto das Escrituras Sagradas as crenças e práticas particulares do intérprete. A serpente, no Éden, argumentou com Eva algo que Deus não havia falado (Gn 2.16,17; 3.1). Satanás citou fora do contexto o salmo 91.11 (Mt 4.5,6). Isso é o que se denomina de eisegese. Da mesma forma, são os artifícios atuais dos triunfalistas.

Eisegese: Método que consiste em injetar no texto um significado estranho ao sentido do autor.

Exegese: Comentário ou dissertação técnica do texto.

Formas pela quais o Intérprete pratica a Eisegese.


1) Quando força o texto a dizer o que não diz. O intérprete está cônscio de que a interpretação por ele asseverada não está condizente com o texto, ou então está inconsciente quanto aos objetivos do autor ou do propósito da obra. Entretanto, voluntária ou involuntariamente, manipula o texto a fim de que sua loquacidade possa ser aceita como princípio escriturístico.
2) Quando ignora o contexto, sob pretexto ideológico. Ignorar o contexto é rejeitar deliberadamente o processo histórico e lingüístico que deu margem ao texto. O intérprete, neste caso, não examina com a devida atenção os parágrafos pré e pós-texto, e não vincula um versículo ou passagem a um contexto remoto ou imediato. Uma interpretação que ignora e contraria o contexto não deve ser admitida como exegese confiável.
3) Quando não esclarece um texto a luz de outro. Os textos obscuros devem ser entendidos à luz de outros e segundo o propósito e a mensagem do livro. Recorrer a outros textos é reconhecer a unidade das Escrituras na correlação de idéias. Por vezes, pratica-se eisegese por ignorar a capacidade que as Escrituras têm de interpretar a si mesma.
4) Quando põe a ‘revelação’ acima da mensagem revelada. Muitos intérpretes colocam a pseudo-revelação acima da mensagem revelada. Quando assim asseveram, procuram afirmar infalibilidade à sua interpretação, pois Deus, que ‘revelou’, autor principal das Escrituras, não pode errar. Devemos ter o cuidado de não associar o nome de Deus a mentira.
5) Quando está comprometido com um sistema ou ideologia. Não são poucos os obstáculos que o exegeta encontra quando a interpretação das Escrituras afeta os cânones doutrinários e as tradições de sua denominação. Por outro lado, até as ímpias religiões e seitas encontram falsas justificativas bíblicas para ratificar as suas heresias. Kardec citava a Bíblia para defender a reencarnação! Muitos movimentos sectários torcem as Escrituras. Utilizar as Escrituras para apologizar um sistema ou ideologia pode passar de uma eisegese para uma heresia aplicada”(BENTHO, E. C. Hermenêutica fácil e descomplicada. 3.ed., RJ: CPAD, 2005, pp.69-72).


 Fonte: Lição CPAD - O Triunfalismo junho/2006 - Esequias Soares

sábado, 25 de abril de 2015

As tentações de Jesus

Como Jesus Venceu a Tentação

Na luta do cristão contra o diabo, o principal campo de batalha é a tentação. O discípulo precisa vencer o inimigo superando as tentações. Não estamos sós, contudo. Jesus tornou-se um homem, foi tentado como somos, obteve a vitória, assim mostrando como nós podemos triunfar sobre Satanás (note Hebreus 2:17-18; 4:15). É essencial, portanto, que analisemos cuidadosamente de que forma Jesus venceu.
Por essa razão era necessário que ele se tornasse semelhante a seus irmãos em todos os aspectos, para se tornar sumo sacerdote misericordioso e fiel com relação a Deus e fazer propiciação pelos pecados do povo.
Porque, tendo em vista o que ele mesmo sofreu quando tentado, ele é capaz de socorrer aqueles que também estão sendo tentados.
Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos, 15. pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado.


1ª – A primeira tentação foi de ordem física (Mt 4.2-4) 
2ª – A segunda tentação é de ordem espiritual e psicológica (Orgulho) (Mt 4.5-7)
3ª – A terceira tentação é de ordem religiosa – apostasia (Mt 4.8-10).
1) Tentação no plano físico:
Jesus prepara-se para missão salvadora. O Espírito O conduz ao deserto, para jejum, abstinência e comunhão com o Pai. Pelo jejum, a fome foi despertada, quando vem o seu arquiinimigo satanás tentá-lo, sugerindo-lhe transformar pedras em pão. 
a) Tentação do pão: (v.3) - Esta tentação marca a humana preocupação com o que comer. Por isso os homens cometem injustiças, matam e morrem. É a guerra pela sobrevivência e supremacia, por espaço e pão. Devemos resistir a esse grande mal. (Tg 4:1-10; Lc 10:38-42; Mt 6:25-34). 
b) Como Jesus venceu a primeira tentação: venceu com a Palavra de Deus (v.4). A Palavra de Deus é o grande meio de resistir e vencer as investidas do tentador (1Pe 5:6-9). 

2) Tentação no plano emocional da vaidade:
Satanás citando a Palavra de Deus sugere que Jesus faça um grande sinal, para aparecer (v.5,6).
a) Tentação dos milagres e emocionalismo. Muitos vão por este caminho irreal e caem (Jo 4:45-48; Mt 12:38-42).
b) Como Jesus venceu a segunda tentação: venceu com a Palavra de Deus (v.7). A Palavra de Deus usada sob jejum, oração e comunhão com o Pai e o Espírito. 

3) Tentação no plano das mentiras e aquisições:
Mentindo satanás oferece o que não é seu (Sl 24:1, Sl 115:15-16). 
a) Tentação de posses e glórias do mundo: Muitos caem por esse caminho (Lc 12:13-21).
b) Como Jesus venceu a terceira tentação: Venceu com a Palavra e o Poder de Deus (v.9-11).
Conclusão: Jesus Cristo é o modelo de vitória nas tentações. Aprendamos com Ele a vencer, vivendo na Palavra e no poder de Deus.

* No alto, transformação de pães em pedras.
* No meio, pináculo do templo.
* Embaixo, a montanha e os reinos do mundo.
Nos relatos de Lucas e de Mateus, as ordens das três tentações diferem. Os três evangelistas deixam claro que o "o Espírito" guiou Jesus até o deserto, porém Marcos não provê mais detalhe algum, enquanto que, segundo Mateus e Lucas, o diabo tenta Jesus a:
·         Transformar pedras em pão para aliviar a sua fome.
·         Estando no pináculo do templo, que saltar para que os anjos o salvassem. O diabo cita Salmos 91:11-12 para mostrar que Deus havia prometido auxílio, embora ele implique que o trecho possa ser utilizado para justificar atos presunçosos, enquanto que o salmo apenas promete que Deus irá libertar os que confiarem n'Ele e O seguirem.
·         Idolatrar o diabo em troca de todos os reinos do mundo. Lucas explicitamente alega que esta autoridade havia sido anteriormente dada ao próprio diabo.
Cada tentação ocorreu num lugar diferente:

Pedras em pães
O desafio para que Jesus transformasse pedras em pães ocorre no mesmo deserto onde Jesus estava jejuando. Alexander Jones1 afirma que, desde o século V, acredita-se que o deserto mencionado aqui seja a área rochosa e desabitada entre Jerusalém e Jericó, com um ponto no monte Quarantania tradicionalmente sendo considerado o local exato. O deserto era, na época, considerado como fora dos limites da sociedade e como o lar de demônios como Azazel (Levítico 16:10). Alguns autores interpretam esta referência ao deserto como uma comparação com Adão no Jardim do Éden, implicando que Jesus seria um novo Adão (veja Romanos 5). Porém, acadêmicos - como Gundry - rejeitam essa ideia, afirmando que em lugar algum do texto de Mateus aparece esta comparação e que, ao invés disso, o deserto seria mais uma alusão ao deserto pelo qual vagou o povo hebreu durante o Êxodo e, mais especificamente, a Moisés.

Pináculo do templo
Após a primeira tentação ter sido rejeitada, o diabo leva Jesus para um alto pináculo, num templo que Mateus localiza numa "cidade sagrada". A maior parte dos cristãos consideram que a cidade é, inquestionavelmente, Jerusalém e o "templo" seria o Templo de Jerusalém. A versão de Lucas da história claramente identifica a cidade como sendo Jerusalém, talvez por que o destinatário de seu evangelho (identificado em Lucas 1:3 como sendo Teófilo) não fosse tão familiarizado com o judaísmo e precisasse da identificação da cidade para saber de qual templo se estava falando .
O que quer dizer a palavra tradicionalmente traduzida como "pináculo" não é totalmente clara, uma vez que a forma diminutiva grega pterugion ("asinha") não aparece em nenhum outro texto em um contexto arquitetural4 . Porém, a forma pterux ("grande asa") foi utilizada para descrever a extremidade pontiaguda de um edifício por Pollianus e Schweizer acredita que "pequena torre" ou "parapeito" seja uma escolha mais acurada. A Nova Bíblia de Jerusalém traduz o trecho como "parapeito". O único paralelo judaico sobrevivente da tentação utiliza a palavra šbyt ("teto" e não "asa"): "Nossos rabis relataram que na hora em que o Messias for revelado, ele virá e permanecerá no teto (šbyt) do templo" (Peshiqta Rabbati 62 c-d) .
Gaundry lista três lugares no Templo de Jerusalém que se encaixam nesta descrição :
·         No topo da torre principal do templo, sobre o próprio santuário, a uns 60 metros de altura. Os artistas geralmente representam este como sendo o local tradicional do evento.
·         Sobre um lintel no portão principal de entrada no templo, a posição mais proeminente de onde a dupla poderia ser vista pelo povo.
·         Uma torre no canto sudeste da muralha externa com vista para o vale do Cédron, de onde Tiago, o Justo, seria futuramente atirado para a morte.

Montanha e os reinos do mundo
Para a tentação final, o diabo leva Jesus para um lugar "muito alto", que Mateus explicitamente identifica como sendo um "monte muito alto", de onde "todos os reinos do mundo" podiam ser vistos. Interpretações sobre este trecho são:
·         João Calvino apoia o ponto de vista de que o diabo de fato "levou" Jesus para uma "visão" de um lugar alto de onde ele poderia ver o mundo todo. A Bíblia de Genebra traduz a passagem desta forma.
·         "Reinos" pode ser uma referência ao poder ao invés da geografia.
·         O diabo teria levado Jesus para o topo de uma montanha e, de lá, voado com ele por todo o mundo.
·         A montanha não seria literal se a interpretação de que as tentações forem consideradas alusões ao que ocorria na mente de Jesus apenas.


Embora Jesus foi tentado várias vezes, ele enfrentou um teste especialmente severo logo depois que foi batizado. Lucas recorda este evento (Lucas 4:1-13), mas seguiremos a história conforme Mateus a conta: "A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome" (Mateus 4:1-2). Pelo fato que foi o Espírito que levou Jesus para o deserto mostra que Deus pretendia que Jesus fosse totalmente humano e sofresse tentação. Note estas três tentativas de Satanás para seduzir Jesus.

Lucas 4
1 E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto;
2 E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e naqueles dias não comeu coisa alguma; e, terminados eles, teve fome.
3 E disse-lhe o diabo: Se tu és o Filho de Deus, dize a esta pedra que se transforme em pão.
4 E Jesus lhe respondeu, dizendo: Está escrito que nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra de Deus.
5 E o diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo.
6 E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória; porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero.
7 Portanto, se tu me adorares, tudo será teu.
8 E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te para trás de mim, Satanás; porque está escrito: Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás.
9 Levou-o também a Jerusalém, e pô-lo sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo;
10 Porque está escrito: Mandará aos seus anjos, acerca de ti, que te guardem,
11 E que te sustenham nas mãos, Para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra.
12 E Jesus, respondendo, disse-lhe: Dito está: Não tentarás ao Senhor teu Deus.
13 E, acabando o diabo toda a tentação, ausentou-se dele por algum tempo.
14 Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galiléia, e a sua fama correu por todas as terras em derredor.

I – A REALIDADE DA TENTAÇÃO.

1.1. Uma realidade humana.
Nada pode nos demover do pensamento bíblico em reconhecer a humanidade de Jesus, no mesmo tamanho que todos os demais mortais.
Os mortais se diferenciam pelas ideias, planos de vida, inteligência e sensibilidade. Quando temos a certeza de que algo nos aproxima de Deus e que temos uma missão a cumprir, isso nos torna diferente e idealista.
Jesus foi um grande idealista como homem e o Espírito de Deus completou a boa obra. Fil. 1:6.
Jesus era 100% humano, física e intelectualmente com todas as necessidades que qualquer de nós.

A Bíblia declara que não lhe foi dado o Espírito por medida e aqui reside a diferença entre ele e os demais.

1.2. Vencendo a tentação.
Jesus foi conduzido pelo Espírito Santo ao deserto para ser tentado pelo Diabo. Essa forma de condução não é a trasladação, mas, o convencimento no homem interior.
O trabalho do Espírito de Deus é o de comunicar a vontade dele próprio – pois o Espírito é Deus – de nos preparar para os embates do mundo espiritual nos fortalecendo no homem interior.
O fortalecimento no homem interior é o “algo” que os homens naturais não possuem. Ef. 6:10. Finalmente, fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder. Efésios 6:10
Vencer a tentação exige do homem. Ceder é pecar.

A concupicência é uma das coisas do mundo. A Bíblia diz em 1 João 2:16-17 "Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo. Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus, permanece para sempre."
A concupiscência é pecado e conduz a outros pecados. A Bíblia diz em Mateus 5:28 "Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela." 
O homem concupiscente pagará as consequências. A Bíblia diz em Provérbios 6:25-29 "Não cobices no teu coração a sua formosura, nem te deixes prender pelos seus olhares. Porque o preço da prostituta é apenas um bocado de pão, mas a adúltera anda à caça da própria vida do homem. Pode alguém tomar fogo no seu seio, sem que os seus vestidos se queimem? Ou andará sobre as brasas sem que se queimem os seus pés? Assim será o que entrar à mulher do seu proximo; não ficará inocente quem a tocar." 
A graça de Deus dá-nos poder para dizer não à concupiscência. A Bíblia diz em Tito 2:11-12 "Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos, para que, renunciando à impiedade e às paixões mundanas, vivamos no presente mundo sóbria, e justa, e piamente."

Gênesis 3:6 
“E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.”
Esta passagem traz a mente 1 João 2, versos 15-16 onde lemos:
I João 2:15-16 
“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.”
“A concupiscência da carne”... “a mulher viu que a árvore era boa para se comer”.
“A concupiscência dos olhos” …….. “que era agradável aos olhos
“A soberba da vida” …….. “árvore desejável para dar entendimento
Concupiscência da carne, Concupiscência dos olhos, Soberba da vida... agradável à carne, agradável aos olhos, ter ciência....Isto é o que os primeiros seres humanos, sendo enganados seguiram. E é exatamente isto que não devemos fazer. Conforme Gálatas 6:7-8 diz:
Gálatas 6:7-8 
Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque quem semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas quem semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.”
A Epístola foi escrita “às Igrejas de Galácia” (Gálatas 1:2). O chamado de “não serem enganados” é para os Cristãos. Sim, Cristãos podem ser enganados! Nós Cristãos, como o texto alerta, se semeamos na carne, ceifaremos corrupção! O mesmo diabo que enganou Eva está ativo hoje tem o mesmo propósito: enganar-nos. 2 Coríntios 11:3 nos diz:
2 Corinthians 11:3 
“Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.”
“Assim como a serpente enganou Eva….”. Assim como o diabo fez com Eva, assim também ele tenta fazer conosco. Eva seguiu seus impulsos. Ela viu, ela pensou, ela deixou de lado o que Deus lhe tinha falado e ela agiu. O que nós fazemos hoje? Nós seguimos aquilo que parece agradável aos olhos ou o que é bom? Seguimos tudo que o mundo, a maioria, faz? O que parece sábio de acordo com o padrão do mundo? Ou seguimos a sabedoria que vem de Deus, que vem de cima o qual aos olhos do mundo parece tolice? 1 Coríntios 3-18-20 nos diz:
1 Coríntios 3:18-20 
Ninguém se engane a si mesmo. Se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para ser sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia. E outra vez: O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são vãos.”
Existe apenas uma sabedoria verdadeira: a sabedoria que vem de Deus. Eva conhecia a palavra de Deus, mas ela foi rendida pelo que viu e pensou. Não o exemplo dela que devemos seguir, mas o exemplo de outro alguém, que veio milhares de anos depois de Eva e foi tentado pelo mesmo inimigo. Jesus Cristo, nosso exemplo, conforme Hebreus 4:15 diz “como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado”. Este é o exemplo que devemos seguir.
Filipenses 2:5-11 
De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.”




Primeira Tentação: Pão

A afirmação do diabo: "Se és o Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães" (4:3). O diabo é um mestre das coisas aparentemente lógicas. Jesus estava faminto; ele tinha poder para transformar as pedras em pão. O diabo simplesmente sugeriu que ele tirasse vantagem de seu privilégio especial para prover sua necessidade imediata.

As questões: Era verdade que Jesus necessitava de alimento para sobreviver. Mas a questão era como ele o obteria. Lembre-se de que foi Deus quem o conduziu a um deserto sem alimento. O diabo aconselhou Jesus a agir independentemente e encontrar seus próprios meios para suprir sua necessidade. Confiará ele em Deus ou se alimentará a seu próprio modo? Há aqui, também, uma questão mais básica: Como Jesus usará suas aptidões? O grande poder que Jesus tinha seria usado como uma lâmpada de Aladim, para gratificar seus desejos pessoais? A tentação era ressaltar demais os privilégios de sua divindade e minimizar as responsabilidades de sua humanidade. E isto era crucial, porque o plano de Deus era que Jesus enfrentasse a tentação na área de sua humanidade, usando somente os recursos que todos nós temos a nossa disposição.

A resposta de Jesus: "Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus" (4:4). Em cada teste, Jesus se voltava para as Escrituras, usando um meio que nós também podemos empregar para superar a tentação. A passagem que ele citou foi a mais adequada naquela situação. No contexto, os israelitas tinham aprendido durante seus 40 anos no deserto que eles deveriam esperar e confiar no Senhor para conseguir alimento, e não tentar conceber seus próprios esquemas para se sustentarem.

Lições: 1. O diabo ataca as nossas fraquezas. Ele não se acanha em provar nossas áreas mais vulneráveis. Depois de jejuar 40 dias, Jesus estava faminto. Daí a tentação de fazer alimento de uma maneira não autorizada. Satanás escolhe justamente aquela tentação à qual somos mais vulneráveis, no momento. De fato, as tentações são frequentemente ligadas a sofrimento ou desejos físicos. 
2. A tentação parece razoável. O errado frequentemente parece certo. Um homem "tem que comer" . Muitas pessoas sentem que necessidades pessoais as isentam da responsabilidade de obedecer às leis de Deus.
3. Precisamos confiar em Deus. Jesus precisava de alimento, sim. Porém, mais do que isso, precisava fazer a vontade do Pai. É sempre certo fazer o certo e sempre errado fazer o errado. Deus proverá o que ele achar melhor; meu dever é obedecer-lhe. É melhor morrer de fome do que desagradar ao Senhor.


II A TENTAÇÃO DE SER SACIADO.

2.1 A sutileza da tentação.
A tentação não vem carimbada; “sou a tentação”.
As sutilezas ocorrem no sentido em que o inimigo age “quase” dentro dos nossos ideais de vida: É preciso tomar cuidado para que não sejamos empurrados dentro do nosso próprio terreno;  naquilo que mais queremos para nossas vidas; dinheiro, prosperidade, amizades, apetites sob as mais variadas formas.
Há dois termos que apontam para os grandes perigos da vida disponibilizando-nos à tentação:  O SER e o TER.
Não deixar que o “ser” e o “ter” desperte grandes paixões.

2.2 Gratificação pessoal.

Na abordagem do autor, gratificação pessoal é tudo aquilo que realizamos ou fazemos, nos dê maior prazer e estas, tem afastado muitos crentes dos pés do Senhor.
A satisfação pessoal é o elemento de combustão que desencadeia o fogo da paixão; paixão por tudo o que é confortável levando-nos ao ócio espiritual. Precisamos tomar cuidado, segundo o autor, para não converter o natural desejo em pecado pela excessiva demanda.


Segunda Tentação: Jerusalém

A afirmação do diabo: "Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te sustentarão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra" (4:5-6). Jesus tinha replicado à tentação anterior dizendo que confiava em cada palavra do Senhor. Aqui Satanás está dizendo: "Bem, se confia tanto em Deus, então experimenta-o. Verifica o sistema e vê se ele realmente cuidará de ti." E ele confirmou a tentação com um trecho das Escrituras.

As questões: A questão é: Jesus confiará sem experimentar? Desde que Deus prometeu preservá-lo do perigo, é certo criar um perigo, só para ver se Deus realmente fará como disse?

A resposta de Jesus: "Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus" (4:7). A confiança verdadeira aceita a palavra de Deus e não necessita testá-la.

Lições: 1. O diabo cita a Escritura; ele põe como isca no seu anzol os versículos da Bíblia. Pessoas frequentemente aceitam qualquer ensinamento, se está acompanhado por um bocado de versículos. Mas cuidado! O mesmo diabo que pode disfarçar-se como um anjo celestial (2 Coríntios 11:13-15: Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo.
E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz.
Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras.
2 Coríntios 11:13-15) pode, certamente, deturpar as Escrituras para seus próprios propósitos. O diabo fez três enganos: Primeiro, não tomou todas as Escrituras. Jesus replicou com: "Também está escrito". A verdade é a soma de tudo o que Deus diz; por isso precisamos estudar todos os ensinamentos das Escrituras a respeito de um determinado assunto para conhecer verdadeiramente a vontade de Deus. Segundo, ele tomou a passagem fora do contexto. O Salmo 91, no contexto, conforta o homem que confia e depende do Senhor; ao homem que sente necessidade de testar o Senhor nada é prometido aqui. Terceiro, Satanás usou uma passagem figurada literalmente. No contexto, o ponto não era uma proteção física, mas uma espiritual. 
2. Satanás é versátil. Jesus venceu em uma área, então o diabo se mudou para outra. Temos que estar sempre em guarda (1 Pedro 5:8:  Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo. 1 Pedro 5:8-9). 
3. A confiança não experimenta, não continua pondo condições ao nosso serviço a Deus, e não continua exigindo mais prova. Em vista da abundante evidência que Deus apresentou, é perverso pedir a Deus para fazer algo mais para dar prova de si.


III – A TENTAÇÃO DE SER CELEBRADO.

3.1 O príncipe deste mundo.
É possível comparar o sistema mundano do qual ele é príncipe com o “globo da morte”. Todos fomos crianças, alguns foram a circos e conhecem o globo da morte; um tombo ali dentro e pode ser fatal.
A salvação é um plano; estamos dentro ou fora dele?
O sistema mundano é um plano; estamos dentro ou fora dele?
O sistema mundano tem algo de interessante em relação ao prazer pessoal; ele oferece mais atrativos nessa área que os elementos que nos mantém sentados nos bancos das diversas igrejas. Somente o prazer em adorar o Senhor suplanta toda e qualquer dificuldade e faz com que o mundo perca a atração sob nossos olhos.

3.2 A busca pelo poder terreno.
Ao longo de cinquenta anos convivendo em comum nas igrejas a que pertenci como membro depois como pastor cansei de ver pessoas e ministros preocupados com o pecado da carne; a fornicação e fracassarem vergonhosamente em outras áreas.
Áreas que levam ao fracasso:
Amor ao dinheiro.
Apego às coisas desta vida.
A fome de acumular bens e a riqueza.
Desprezar os pequenos para saciar-se com os grandes e “poderosos” da igreja pelo que representam com seus dízimos.
Fracassar diante das mulheres.

Terceira Tentação: Um alto monte

A afirmação do diabo: "Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares" (4:8-9). Que tentação! O diabo deslumbrava com a torturante possibilidade de reinar sobre todos os reinos do mundo.

As questões: A questão aqui não era tanto a de Jesus tornar-se um rei (Deus já lhe tinha prometido isso Salmo 2:7-9: ¶ Proclamarei o decreto: o Senhor me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei. Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua possessão. Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro. Salmos 2:7-9; Gênesis 49:10: O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos.
Gênesis 49:10), mas de como e quando. O Senhor prometeu o reinado ao Filho depois de seu sofrimento (Hebreus 2:9: Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos.
Hebreus 2:9). O diabo ofereceu um atalho: a coroa sem a cruz. Era um compromisso. Ele poderia governar todos os reinos do mundo e entregá-los ao Pai. Mas, no processo, o reino se tornaria impuro. Então as questões são: Como Jesus se tornaria rei? Você pode usar um meio errado e, no fim, conseguir fazer o bem?

A resposta de Jesus: "Retira-te Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele darás culto"(4:10). Nada é bom se é errado, se viola as Escrituras.

Lições: 1. Satanás paga o que for necessário. O diabo ofereceu tudo para "comprar" Jesus. Se houver um preço pelo qual você desobedecerá a Deus, pode esperar que o diabo virá pagá-lo. (Leia Mateus 16:26: Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma? Mateus 16:26). 
2. O diabo oferece atalhos. Ele oferece o mais fácil, o mais decisivo caminho ao poder e à vitória. Jesus recusou o atalho; Ele ganharia os reinos pelo modo que o Pai tinha determinado. Hoje Satanás tenta as igrejas a usar atalhos para ganhar poder e converter pessoas. O caminho de Deus é converter ensinando o evangelho (Romanos 1:16: ¶ Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.
Romanos 1:16). Exatamente como ele tentou Jesus para corromper sua missão e ganhar poder através de meios carnais, assim ele tenta nestes dias. 
3. O diabo oferece compromissos por bons propósitos. Ele testa a profundeza de nossa pureza. Ele nos tenta a usar erradamente as Escrituras para apoiar um bom ponto ou dizer uma mentira de modo a atingir um bom resultado. Nunca é certo fazer o que é errado.

IV – A TENTAÇÃO DE SER NOTADO.

4.1 A artimanha do inimigo.
O autor caminha pela preocupação do “ser” mostrando como o Diabo tentou Jesus, provocando-o: “Se tu és...”.
Você sabe quem sou eu? Amigo do presidente do Ministério, tenho liberdade e até tomo café na casa dele.
Esse sou eu.
Vá as filas de almoço nas escolas bíblicas e verás as carteiradas que muitos dão, sentindo-se o maior e se tiver um anel de “dotô” no dedo, fica maior ainda e o Diabo aplaude em forma de gente.

4.2 A busca pelo prestígio.
Fico envergonhado só em ver obreiros bajulando seus líderes somente para manter-se em evidência. São capazes de difamar só para afastar quem lhes pareça ser um obstáculo.
Amar o pastor é algo que todos nós devemos ter como dívida, mas, gastar todo nosso charme (rss), só com Jesus.


Conclusão

Nesta batalha entre os dois leões (1 Pedro 5:8: Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; Ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo.1 Pedro 5:8-10; Apocalipse 5:5: E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos. Apocalipse 5:5), Jesus ganhou uma vitória decisiva. E ele fez isso do mesmo modo que nós temos que fazer. Confiou em Deus (1 João 5:4: Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé. 1 João 5:4; Efésios 6:16: Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Efésios 6:16 ). Usou as Escrituras (1 João 2:14: Eu vos escrevi, pais, porque já conhecestes aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno. 1 João 2:14; Colossenses 3:16: A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração. Colossenses 3:16). Resistiu ao diabo (Tiago 4:7: Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Tiago 4:7; 1 Pedro 5:9: Ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo. 1 Pedro 5:9). O ponto crucial é este: Jesus nunca fez o que ele sabia que não era certo. Que Deus nos ajude a seguir seus passos (1 Pedro 2:21: Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas. 1 Pedro 2:21).