quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Não teras outros deuses diante de mim - EBD

LIÇÃO 03
NÃO TERÁS OUTROS DEUSES

18 de janeiro de 2015
Professor Alberto

TEXTO ÁUREO


 “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR” (Dt 6.4).



VERDADE PRÁTICA


O primeiro mandamento do Decálogo é muito mais que uma apologia ao monoteísmo; trata-se da soberania de um Deus que libertou Israel da escravidão do Egito.

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO


“Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR” (Dt 6.4).


Nosso texto áureo está inserido no capítulo 6 do livro de Deuteronômio, cuja temática geral é: o fim da lei é a obediência. Especificamente Deuteronômio 6.4 trata-se do texto áureo do judaísmo.
Para análise do texto áureo apresento o comentário do teólogo Dr. Russell Norman Champlin:

Temos aqui a introdução ao maior de todos os mandamentos, o amor (vs. 5). Consideremos estes pontos:
               1. Dar ouvidos.
2. Israel deveria ouvir e obedecer. O mandamento fora dado ao povo de Deus, àqueles que tinham sido libertados do Egito, aos quais fora entregue a Terra Prometida, que fazia parte do Pacto Abraâmico.
3. Monoteísmo, não somente para ser crido, mas também para ser aplicado. O único Deus verdadeiro requer obediência. A idolatria é terminantemente proibida.
4. Os direitos do Criador, o qual é Yahweh/Elohim. O monoteísmo forma a base do pronunciamento original da lei (ver Êxo. 20.3,4). Mas não devemos entender isso como mera crença na existência de um único Deus, ou que a divindade existe sob a forma de uma única unidade. Pois também envolve a obediência estrita à lei que foi dada pelo Deus único.
O original hebraico, que tem sido sujeitado a várias traduções, é: Yahweh, nosso Deus, Yahweh, um.
Eis algumas das traduções:
O Senhor nosso Deus é um Senhor.
O Senhor nosso Deus, o Senhor é um só.
O Senhor é nosso Deus, o Senhor é um.
O Senhor é nosso Deus, somente o Senhor.
O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.
Fica em dúvida qual a melhor maneira de traduzir o original hebraico. Mas o intuito do original hebraico é perfeitamente claro. Só existe um Deus; e Ele é nosso Senhor e dono; Ele nos deu a Sua lei; e ela deve ser obedecida. Isso rejeita peremptoriamente a idolatria. O Deus único requer o cumprimento da lei do amor, que sumaria a lei toda em uma única declaração, precisamente o quinto versículo deste capítulo.
“O objeto da atenção exclusiva, do afeto e da adoração de Israel não é difuso, mas compacto e único. Está em foco algum panteão de divindades, cada uma das quais possuidora de uma personalidade dotada da desconcertante capacidade de ser dividida por devotos e santuários rivais, impedindo que a atenção do adorador se concentre sobre um único objeto. A atenção de Israel, porém, não podia ser dividida; antes, confinava-se ao Ser único e bem definido, cujo nome é Yahweh" (G. Ernest Wright, in loc.).
O único Senhor. Não muitos deuses; mas essa expressão também enfatiza as ideias de exclusividade e de soberania. Esse único Deus precisa ser obedecido; Ele é o doador e senhor de toda vida.
O Shema. Este versículo, que na íntegra lê: “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor”, tem sido assim chamado. Esse vocábulo hebraico é o verbo no imperativo: “Ouve”. O versículo contém a confissão fundamental e simplificada do judaísmo, da qual tudo mais depende. Os deuses do Oriente Próximo e Médio eram muitos, imorais, brutais, imprevisíveis, jamais agindo em harmonia com outras divindades, Todas essas noções eram repelidas por Israel. No judaísmo bíblico, pois, a fé religiosa avançara, devido ao seu monoteísmo aplicado, não sendo apenas um monoteísmo teórico. . CHAMPLIN, Vol. 2, 1995, p. 784).

            A respeito dos Dez Mandamentos é importante saber ainda que a Igreja Católica Apostólica Romana também criou os seus Dez Mandamentos, que declaram:

1 - Amar a Deus sobre todas as coisas.

2 - Não tomar seu santo nome em vão.

3 - Guardar domingos e festas de guarda

4 - Honrar Pai e Mãe

5 - Não matar

6 - Não pecar contra a castidade

7 - Não roubar

8 - Não levantar falso testemunho

9 - Não desejar a mulher do próximo

10 - Não cobiçar as coisas alheias

Veja que o catolicismo eliminou os dois primeiros mandamentos originais. Substituiu o primeiro e o segundo mandamentos: “Não terás outros desuses diante de mim” e “Não farás para ti imagem de escultura”, para: 1.- amar a Deus sobre todas as coisas e  6.- não pecar contra a castidade, além de alterar o sábado para o domingo. No caso dos dois primeiros, é bem provável que isso se deva a prática e tradição católica romana de fazer imagens de santos e cultuá-los. Embora o clero católico faça diferença entre culto a Deus e veneração a imagens, na prática e no cotidiano do povo em geral, trata-se de idolatria.
Portanto, os Dez Mandamentos prescritos pela Igreja Católica Apostólica Romana não são os mesmos dados por Deus no Monte Sinai (Dt 20), mas apenas parte deles, retirando aqueles contrários a suas práticas.
No entanto, quando lemos o primeiro e grande mandamento do Decálogo, qual sentido ele nos traz? Será que se refere à questão meramente racional e religiosa, como a quantidade exata das divindades no céu? Ou apenas se refere a se podemos ou não ter estátuas em casa, fotografias, artes plásticas de alguma pessoa? Ou se trata apenas de um texto apologético contra as imagens de esculturas refletidas hoje nos “santos da igreja romana”?
O primeiro mandamento está interligado ao segundo, e pode-se dizer que ambos estão divididos em três partes: (1) “Não terás outros deuses diante de mim”. (2) “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra”. (3) “Não te encurvarás a elas nem as servirás”.
Essa é uma informação importante para nos esclarecer a respeito do porquê desse mandamento ser tão especial ao povo judeu. Não por acaso, Deus constituiu o Shemá Israel, isto é, o “Ouve ó Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR”; a profissão de fé do monoteísmo judeu.
O medo de cair na idolatria faz com que as pessoas preocupem-se em jogar fora as esculturas de artes de casa, fotografias de familiares ou simplesmente passar longe de alguém que professa outra tradição religiosa. Mas não é bem isso que o primeiro mandamento nos ensina. Deus abomina que as pessoas atribuam a uma imagem, que tenta ser uma representação dEle, a adoração que é devida só a Ele; e também que usem a sua imagem para fins equivocados, como ganhar dinheiro ou fazer, em nome dEle, o mal, a perversidade.
A nação de Israel não poderia também reproduzir outras divindades, como a de Faraó, seus pressupostos religiosos e culturais, pois a nação havia sido libertada para sempre. Por isso Jesus repete o mesmo mandamento: “Nenhum servo pode servir a dois senhores” e “Não podeis servir a Deus e a Mamom” (Lc 16.13).
O dinheiro e o poder estão entre os “deuses” deste século. Mamom foi o único “deus” que o nosso Senhor chamou pelo nome. Muitos são os elementos produzidos por Mamom: o “deus” dinheiro, a competição, o “deus” televisão, o “deus” internet, o consumismo etc.
O problema hoje quanto à idolatria não se dá no campo do politeísmo, pois a maioria da população, ao menos no Brasil, não acredita nos deuses antigos. Mas se a questão for analisada do ponto de vista dos “deuses” que disputam a atenção da nossa mente e coração, então a coisa muda de figura. Portanto, o convite de Deus para o seu povo é o de amá-lO de todo coração, com toda a força do pensamento e de toda a alma. Ele é o único e eterno Deus das nossas vidas!

A aula deste domingo (18.01.2015) traz um assunto da mais suprema importância: Deus é um Ser único, invisível, mas real. Deus é Espírito!
Numa cultura marcada pelo imediatismo, superficialismo e o consumismo, a imagem de Deus, revelada na Bíblia Sagrada, expõe o caminho tortuoso que a humanidade continua a trilhar no mundo contemporâneo: a “idolatria do supérfluo”.
Jesus Cristo revelou a plenitude da divindade através do evento humilde do seu nascimento. Deus quis ser reconhecido por meio da humildade, da mansidão e do amor manifestado por seu Filho, apesar de Criador dos céus e da terra, o Todo-Poderoso. O primeiro mandamento ensina que o Deus de Israel, o Deus revelado por Jesus Cristo, deve ser o único assentado em nosso coração, isto é, na sede dos nossos pensamentos, desejos e vontades. Os seres humanos precisam ouvir o chamado de Deus quanto à verdadeira adoração: “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR” (Dt 6.4).

“Então, falou Deus todas estas palavras: Eu sou o YHWH, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20.1-3)
INTRODUÇÃO
1. Deus não começa ordenando, Ele começa se revelando!
•    Nossa obediência a Deus deve brotar da consciência de quem Ele é (Conhecer a Deus – YHWH).
•    Se não entendermos quem Ele é, não entenderemos o que Ele quer.
•    Quando conhecemos alguém, sabemos o que lhe agrada ou não. Quando amamos esse alguém, o nosso desejo é agradar-lhe.
2. Deus revela ao Seu povo quem Ele é através das coisas que Ele faz (“que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão”).
Tt 3.3-7: “Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros. Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna”.
3. Amar a Deus é o centro da nossa obediência a Ele.
A REVELAÇÃO DE DEUS NO PRIMEIRO MANDAMENTO
O primeiro mandamento é o testemunho da exclusividade e singularidade de Deus, ou seja, revela o Senhor em Seu caráter, Seu ser e Sua ação.
Seis verdades, seis atributos de Deus são revelados através desta autodeclaração divina:
1. É um Deus e Senhor exclusivo – o Alpha e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Início, o Absoluto, a Suprema Autoridade, que tudo ordena, exige e completa.
2. É um Deus pessoal (“teu Deus”) – “Teu” é pronome possessivo. Deus está pronto a se entregar totalmente, com toda abnegação divina, e faz isso através de seu único filho, Jesus Cristo, que se entregou por nós. Por isso, podemos dizer hoje: “Ele é meu Deus”.
3. É um Deus de relacionamento – Ele se relaciona com aquilo que criou. Deseja comunicar-se conosco e nos revelar a Sua vontade.
4. É um Deus presente e constante – “Eu sou” significa que Ele é no presente, e mais, Ele é “onipresente”. Deus é o mesmo hoje e sempre (Hb 13.8); Ele não muda. Não é um Deus do passado, é um Deus presente nas aflições do dia-a-dia (Sl 46).
•    De todos os seres do universo, somente Deus tem dignidade “intrínseca”. “Intrínseco” significa “que pertence à essência do ser” ou lhe é “inerente”. Em outras palavras, somente Deus tem valor totalmente em Si e de Si. Todas as outras coisas recebem seu valor da associação com Ele.
5. Ele é um Deus de ação libertadora e salvadora – um Deus que não dorme, mas que atua, age e liberta o povo.
6. É um Deus fiel – Ele não muda de opinião ou de propósito eterno, é fiel a Si mesmo e ao Seu plano eterno para com os homens. “Sou quem sou”. Os homens podem mudar de idéias, convicções ou propósitos; Deus não muda (Ml 3.6), Ele reina soberanamente sobre todos de maneira absoluta e irrevogável.
UM MUNDO COM MUITOS DEUSES
1. Deus anuncia Sua exclusividade num mundo em que existiam muitos deuses (egípcios, cananeus, jebuseus).
a. Hoje, ao invés de Baal e Astarte, os deuses se chamam sucesso, prestígio, o próprio “eu”, fama etc.
b. Os Ídolos modernos trazem insegurança, necessidade de aceitação… escravidão!!
2. Se pertencemos só a Deus, estamos livres de pertencer aos tiranos que querem nos aprisionar.
•    O objetivo do primeiro mandamento é proteger a nossa liberdade.
3. Quando amamos a Deus “tridimenssionalmente” (Mt 22.37), não nos apaixonamos pelas futilidades desse mundo:
Salmos 31:6: “Aborreces os que adoram ídolos vãos; eu, porém, confio no SENHOR”.
•    Amar a Deus de todo o coração não significa odiar o mundo e as pessoas. Jesus entende o amor de Deus manifestado no amor ao próximo. Por isso, acrescentou ao primeiro mandamento um segundo: “Mas o segundo é semelhante a este: amarás o próximo como a ti mesmo” (Mt 22.39).
4. O primeiro mandamento contém a condenação explícita de qualquer forma de idolatria, seja visível, ou invisível.
a. A revelação do Sinai é totalmente contrária à idolatria, na forma de imagens ou apegos insensatos. “Não terás outros deuses DIANTE de mim”.
5. A idolatria é uma loucura condenada nas Escrituras: Jr 2.26-28; 10.1-16; Is 40.18-20; 41.4-7; 44.9-20; Sl115.
a. “Sacrificar” a outros deuses leva a destruição (Êx 22.20). “Sacrificar” é dedicar-se.
b. Não lembrar e nem usar o nome de outros deuses (Êx 23.13). Usar o nome de alguém é identificar-se com tal pessoa.
c. Três espécies mais comuns de idolatria praticada em Israel: Altares, colunas e postes-ídolos (Êx 34.13,14). Deus não tolerará desde a idolatria mais extravagante, explícita, visível a mais íntima, implícita, invisível.
d. A idolatria é vista como prostituição espiritual, adultério (Êx 34.16). Podemos parafrasear 1Co 6.17 e 1Co 6.16: “Quem adora a um ídolo se torna um só com ele”.
6. Dt 11.16 refere-se a quatro quedas consecutivas no caminho da idolatria:
•    O engano do coração
•    O desviar-se
•    O servir a outros deuses
•    O prostrar-se diante deles
POR QUE “NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM”?
1. Porque Deus é Todo-Suficiente
Não temos motivos para querer outros deuses ou precisar deles, porque Deus é suficiente.
Quando o povo de Israel estava “coxeando entre dois pensamentos”, diante do poder de Deus, entendeu que não necessitava de outro deus:
1 Reis 18:39: “O que vendo todo o povo, caiu de rosto em terra e disse: O SENHOR é Deus! O SENHOR é Deus!”
2. Porque só podemos provar fidelidade quando O adoramos e O servimos diante da idolatria e pressão que nos cerca Daniel adorava a Deus três vezes por dia (de janela aberta voltado para o templo de Jerusalém) na Babilônia, cercado de hostilidade e de paganismo.
Daniel 6:10: “Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa e, em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas (não era segredo) do lado de Jerusalém (sabia para onde olhar), três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer”.
Salmos 138:1: “Render-te-ei graças, SENHOR, de todo o meu coração; na presença dos poderosos te cantarei louvores.
3. Porque só assim manteremos o nosso foco na vontade dEle e seguiremos em retidão
Quando não temos nenhum outro deus, mas servimos e adoramos somente o verdadeiro Deus, nos guardamos do mal, da queda e da desobediência.
4. Porque isso nos ajudará a nos posicionarmos diante dos apelos do mundo
Só assim manteremos o nosso coração focado na vontade perfeita de Deus
Josué 24:23: “Agora, pois, deitai fora os deuses estranhos que há no meio de vós e inclinai o coração ao SENHOR, Deus de Israel”.
Quais são as coisas que me prendem (pensamentos e decisões) no dia-a-dia? Com o que eu gasto meu tempo e recursos?
5. Porque assim venceremos as tentações
Mateus 4.8-11: “Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram”.
Quando o nosso foco está unicamente no Deus Verdadeiro, não haverá espaço para as tentações prevalecerem.
CONCLUSÃO
Reserve este momento para sondar o seu coração e ver a sua vida à luz do primeiro mandamento. O que ocupa seus pensamentos na maior parte do dia? Suas tomadas de decisões são tomadas em cima de que valor principal? Há algo que você percebe um apego fora do normal? Você tem buscado conhecer a Deus como prioridade em sua vida?
Ensino dos 10 mandamentos: O que nos ensina o 1º mandamento?
O que Deus quer nos ensinar no primeiro dos dez mandamentos?
O primeiro mandamento está em Êxodo 20. 3 e diz:“Não terás outros deuses diante de mim.”.Ele faz parte da primeira divisão que trata do relacionamento do homem para com Deus. É bastante interessante notar que logo no primeiro mandamento Deus ordena que o Seu povo O tenha como um Deus exclusivo, único. Essa ordenança de Deus mostra o zelo especial que Ele tem com o relacionamento que devemos ter com Ele.
Vou analisar esse mandamento destacando três expressões da frase:
1- “Não”
Apenas para deixar claro, a frase se inicia com um sonoro “não”. Isso significa que se trata de um mandado, uma ordem, e não um simples desejo ou aspiração de Deus para o seu povo. Esse “não” iniciando a frase, serve para que fiquemos atentos, pois aquilo que Deus vai falar é ordem!
2- “Não terás outros deuses”
Esse termo usado por Deus é amplíssimo, pois nos faz refletir a respeito de tudo aquilo que é “outro deus” em nossa vida. A idolatria está em foco aqui, mas não somente ela, já que existem muitas outras formas de termos outro deus no lugar de Deus: A idolatria já tão conhecida; o egoísmo e a soberba que nos faz sermos nosso próprio deus; o ateísmo que promove o desprezo por Deus; a troca que fazemos quando confiamos em coisas ou pessoas e não em Deus… Além dessas, certamente podemos enumeras outras milhares de formas que o ser humano inventou para colocar seu Criador em segundo plano, descumprindo a Sua vontade.

Assim, qualquer coisa que assuma o lugar de Deus em nossa vida, seja em termos de prioridade, em termos de adoração, em termos de confiança, em termos de amor, em termos de fé… é ter outro deus e, portanto, fere o primeiro mandamento. Interessante notar que uma das tentações que o diabo oferece a Jesus, requeria justamente que Jesus se prostrasse e o adorasse, fazendo-o quebrar o primeiro mandamento: “Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.” (Mt 4. 8).
3- “Não terás outros deuses diante de mim.”
A frase “diante de mim”, em minha opinião, mostra claramente que Deus é um Deus zeloso e presente naquilo que acontece nesse mundo. Assim, aqueles que o substituírem por outro deus, o farão diante de sua vista, O rejeitarão face a face, pois Ele está vendo e acompanhando todas as coisas, todas as vidas, por mais escondida que possa ser essa troca de prioridade. Não há como enganá-Lo nessa questão.
Conclusão
Assim, concluo que no primeiro mandamento Deus ensina uma exclusividade de adoração e dedicação a Ele. Além disso, mostra que não aceita ser o segundo e nem dividir a Sua glória com nada nem ninguém. E também fica evidente que a quebra desse mandamento é bastante prejudicial ao ser humano, pois desordena aquilo que Deus colocou em ordem: nossa adoração exclusiva a Ele.

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Por: João Calvino
Lançada e firmada solidamente a autoridade de sua lei, Deus enuncia o primeiro mandamento, a saber: que não tenhamos deuses estranhos diante de sua face [Êx 20.3]. O fim deste mandamento é que Deus quer ser o único a ter a preeminência em seu povo e nele exercer seu direito em plena medida. Para que isso aconteça, ordena que estejam longe de nós a impiedade e toda e qualquer superstição, em virtude da qual ou se diminui ou se obscurece a glória de sua divindade. E, pela mesma razão, prescreve que o cultuemos e o adoremos com o verdadeiro zelo da piedade. E a própria simplicidade das palavras soa quase que isto, porquanto não podemos ter Deus sem que, ao mesmo tempo, abracemos as coisas que lhe são próprias. Portanto, o fato de proibir que tenhamos deuses estranhos, com isto significa que não devemos transferir para outrem o que lhe é exclusivo.
Mas, ainda que sejam inúmeras as coisas que devemos a Deus, contudo a quatro tópicos se podem muito bem mencionar: Adoração, a que se anexa como um apêndice a obediência espiritual da consciência, confiança, invocação e ação de graças. Chamo adoração a veneração e o culto que qualquer um de nós lhe rende, quando se lhe submete à grandeza. Por isso, não improcedentemente, incluo à adoração a submissão de nossa consciência à sua lei. Confiança é a segurança de nele descansar, em virtude do reconhecimento de seus predicados, quando, atribuindo-lhe toda sabedoria, justiça, poder, verdade, bondade, reconhecemos que somos bem-aventurados somente em sua comunhão. Invocação é o recurso de nossa mente à sua fidelidade e assistência, como ao sustentáculo único, sempre que alguma necessidade insiste. Ação de graças é a gratidão com que se lhe atribui o louvor de todo bem.
Como o Senhor não pode consentir que nenhuma destas coisas seja atribuída a alguém além dele,171 assim ordena que tudo seja aplicado inteiramente a ele. Ora, nem será suficiente abster-te de um deus estranho, a não ser que te refreies exatamente do que certos desprezadores nefários costumam fazer, a quem o máximo proveito é ter em zombaria todas as religiões. Com efeito, importa que se anteponha a verdadeira piedade, em virtude da qual as mentes se volvam para o Deus vivo, imbuídas de cujo conhecimento, aspirem a contemplar, a temer, a adorar-lhe a majestade, a abraçar a comunicação de suas bênçãos, a buscar-lhe em tudo a assistência, a reconhecer e celebrar com a confissão do louvor a magnificência de suas obras, como o escopo único em todas as ações da vida. Então, precavenha-se a superstição da impiedade pela qual as mentes alienadas do Deus verdadeiro são arrastadas, para cá e para lá, em busca de deuses vários. Daí, se estamos contentes com o Deus único, recordemos o que foi dito antes: que devem ser alijados para bem longe todos os deuses fictícios, nem se deve cindir o culto que ele reivindica para si com exclusividade, pois que nem é seguro detrair-lhe da glória, mesmo que seja uma mínima porção, quando nele devem permanecer todas e quaisquer coisas que lhe são exclusivas.
A frase que segue, diante de minha face, intensifica a indignidade, pela qual Deus é provocado ao ciúme sempre que em seu lugar pomos nossas invenções, tal como se uma esposa despudorada, trazido escancaradamente o amante diante dos olhos do marido, mais lhe incendesse o ânimo. Portanto, quando, por seu manifesto poder e graça, dava Deus prova de que ele atentava para o povo que havia escolhido, para que mais o arredasse do crime de defecção, adverte-o de que não se podem admitir novas deidades sem que seja ele testemunha e observador de seu sacrilégio. Mas, a esta petulância acrescenta-se o máximo de impiedade, a saber, que, em seus desvios, o homem julga poder burlar os olhos de Deus. Em contrapartida, proclama o Senhor que tudo quanto cogitamos, tudo quanto empreendemos, tudo quanto executamos, é posto diante de seus olhos.
Portanto, se queremos que ao Senhor agrade aprovar nossa religião, seja nossa consciência isenta até das cogitações mais recônditas de apostasia. Pois ele requer que permaneça íntegra e incorrupta a glória de sua divindade, não só na confissão externa, como também a seus olhos, os quais contemplam até os mais recônditos recessos dos corações.
_________________________
Fonte: Institutas da Religião Cristã, João Calvino, Edição clássica, I, ii, 8.
Extraído do site: [ Eleitos de Deus ] 



RESUMO DA LIÇÃO 03


NÃO TERÁS OUTROS DEUSES

I. A AUTORIDADE DA LEI
1. A fórmula introdutória do Decálogo.
2. As partes do concerto.
3. O Senhor do universo.
4. A libertação do Egito.

II. O PRIMEIRO MANDAMENTO
1. Um código monoteísta.
2. Idolatria do Egito.
3. Como Israel preservou o monoteísmo de Abraão?

III. EXEGESE DO PRIMEIRO MANDAMENTO
1. Outros deuses.
2. O ponto de discussão.
3. O politeísmo.

IV. O MONOTEÍSMO
1. Os mandamentos, os estatutos e os juízos.
2. O maior de todos os mandamentos.
3. A Trindade na unidade.



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Deuteronômio 5.6,7; 6.1-6

5.6 Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.
7 – Não terás outros deuses diante de mim.
6.1 – Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o SENHOR, vosso Deus, para se vos ensinar, para que os fizésseis na terra a que passais a possuir;
2 – para que temas ao SENHOR, teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida; e que teus dias sejam prolongados.
3 – Ouve, pois, ó Israel, e atenta que os guardes, para que bem te suceda, e muito te multipliques, como te disse o SENHOR, Deus de teus pais, na terra que mana leite e mel.
4 – Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR.
5 – Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder.
6 – E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração.

OBJETIVO GERAL
Amar a Deus, temê-lo e adorá-lo de todo o coração e sinceridade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Explicar a autoridade da Lei.
2. Informar que o primeiro mandamento explicitava o anúncio de que havia um único Deus.
3. Mostrar a exegese do primeiro mandamento.
4. Apresentar a relação entre monoteísmo e Trindade.


COMENTÁRIO
PONTO CENTRAL
Deus é um Ser singular. Por isso, a nossa adoração e devoção devem ser exclusivas.


 INTRODUÇÃO
O primeiro mandamento vai além da proibição à idolatria; é contra o politeísmo, seja em pensamento, seja em palavras.
O propósito é levar Israel a amar e a temer a Deus, e a adorar somente a Ele com sinceridade.
Deus libertou os israelitas da escravidão do Egito e por essa razão tem o direito ao senhorio sobre eles, da mesma maneira que Cristo nos redimiu e se tornou Senhor absoluto da nossa vida.


I. AUTORIDADE DA LEI
Este primeiro tópico deseja mostrar a autoridade da Lei, como advinda de Deus, por meio da fórmula apresentada no primeiro versículo de Êxodo 20: “Então, falou Deus todas estas palavras, dizendo [...]” (v.1).
Tal característica no texto antigo é única e absoluta.
Não é Moisés falando por si mesmo, mas o texto revelando que foi o próprio Deus quem descreveu, por intermédio de Moisés, a introdução ao Decálogo.
Posteriormente, o versículo 2 acrescenta: “Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão”.
O Deus de Israel identifica-se como o Libertador do cativeiro que assolava a nação.

1. A fórmula introdutória do Decálogo.
Os Dez Mandamentos estão registrados em dois lugares na Bíblia (Êx 20.1-17; Dt 5.6-21).
A fórmula introdutória: "Então, falou Deus todas estas palavras, dizendo [...]" (Êx 20.1), é característica única, como disse o rabino e erudito bíblico Benno Jacob: "Nós não temos um segundo exemplo de tal sentença introdutória".
Nem mesmo na passagem paralela em Deuteronômio é repetida, mas aparece de maneira reduzida ao mínimo absoluto.

2. As partes do concerto.
O prólogo dos Dez Mandamentos identifica as partes do concerto do Sinai: "Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão" (Dt 5.6; Êx 20.2).
Estas palavras são a fonte da autoridade divina da lei e o prefácio de todo o Decálogo.
É o termo legal de um pacto. De um lado, o próprio Deus, o autor do concerto, e de outro, Israel, o povo a quem Deus escolheu dentre todas as nações (Dt 4-37; 10.15).
0 nome de Israel não aparece aqui, pois não é necessário.
Deus se dirige ao seu povo na segunda pessoa do singular porque a responsabilidade de servi-lo é pessoal, é para cada israelita, mas está claro que o texto se refere a Israel-nação.

3. O Senhor do universo.
Alguns críticos liberais, com base numa premissa falsa sobre a composição dos diversos códigos do sistema mosaico, querem sustentar a ideia de um Deus tribal ou nacional na presente declaração.
São teorias subjetivas que eles procuram submeter a métodos sistemáticos para dar forma acadêmica ao seu pressuposto.
Mas o relato da criação em Gênesis e do dilúvio, por exemplo, fala por si só da soberania de Jeová em todo o universo como Senhor do céu e da terra, reduzindo as ideias liberais a cinzas.

4. A libertação do Egito.
A segunda cláusula - "que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão" - é uma explicação de como se estabeleceu o concerto. Estava cumprida a promessa de redenção feita a Abraão (Gn 15.13,14).
A libertação de Israel do Egito prefigura a nossa redenção, pois éramos prisioneiros do pecado e Cristo nos libertou (Jo 8.32, 36; Cl 1.13,14).
É legítimo o senhorio de Deus sobre Israel da mesma maneira que o Senhor Jesus Cristo tem o direito de reinar em nossa vida (Gl 2.20).


SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A autoridade da lei está manifesta na fórmula: “Então, falou Deus todas estas palavras, dizendo (...)”.


II. O PRIMEIRO MANDAMENTO

1. Um código monoteísta.
O pensamento principal do primeiro mandamento abrange a singularidade e a exclusividade de Deus.
Esse mandamento é o fundamento da vida em Israel, a base de toda a lei e de toda a Bíblia. Jeová é o único e verdadeiro Deus e somente Ele deve ser adorado (Mt 4.10).
É a primeira vez que um código de lei apresenta a existência de um só Deus: "Não terás outros deuses" (Dt 5.7; Êx 20.3).
Os povos da antiguidade eram politeístas, pois adoravam a vários deuses.

2. Idolatria do Egito.
Os antigos egípcios empregavam o termo TaNeteru, "terra dos deuses" para o seu país.
Havia no Egito uma proliferação de deuses como as tríades Osíris, ísis e Hórus, divindades padroeiras da cidade de Ábidos; Ptah, Sekhmet e Nefertum, de Mênfis; Amon-Rá, Mut e Khonsu, de Tebas.
O deus egípcio Amon-Rá é um dos principais símbolos da cultura paganizada egípcia. Um deus adorado e venerado na cidade de Tebas. Talvez, a divindade mais popular do Egito. De uma aparência pouco religiosa como outros deuses do panteão egípcio, foi honrado como uma divindade política.
Os israelitas viviam em meio a essa cultura pagã.

3. Como Israel preservou o monoteísmo de Abraão?
Os egípcios abominavam os pastores de ovelhas, principal atividade dos filhos de Israel.
Por essa razão os hebreus foram viver em Gósen, separados da idolatria (Gn 46.34).
Agora, o próprio Deus comunicava por meio de Moisés sua singularidade e exclusividade.
Era a revelação da doutrina monoteísta.


SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A ideia principal do primeiro mandamento exprime a singularidade e a exclusividade de Deus.


III. EXEGESE DO PRIMEIRO MANDAMENTO
1. Outros deuses.
As palavras hebraicas aherim e elohim, "outros deuses", referem-se aos falsos deuses.
O substantivo elohim se aplica tanto ao Deus verdadeiro como aos deuses das nações.
No primeiro caso, é usado para expressar o conceito universal da deidade, como encontramos no capítulo inteiro de Gênesis 1, pois expressa a plenitude das excelências divinas.

2. O ponto de discussão.
A expressão "diante de mim" (Dt 5.7b), em hebraico, al-panay, é termo de significado amplo: "além de mim, acima de mim, ao meu lado, oposto a mim, etc."
Essa variedade de sentido pode levar alguém a pensar que o primeiro mandamento não proíbe o culto dos deuses, mas a adoração aos deuses diante de Deus.
Há quem defenda tal interpretação, mas é engano, pois o propósito de al-panay aqui é mostrar que só Jeová é Deus.
Não existe nenhum deus além do Deus de Israel (Is 45.6,14,21; Jo 17.3; 1 Co 8.6).
Os deuses só existem na mente dos gentios (1 Co 8.5) e não sãos reais (Gl 4.8).
Os ídolos que os pagãos adoram são os próprios demônios (1 Co 10.19-21).

3. O politeísmo.
É a prática de adoração a mais de uma divindade.
Esta era a prática dos cananeus e de todos os povos da antiguidade, e continua ainda hoje em muitas culturas.
O termo vem da língua grega, reunindo polys, "muito", e theos, "deus".
Isso significa que o politeísta serve e adora a vários deuses, e não o simples fato de reconhecer a existência deles.
Trata-se de um sistema oposto ao monoteísmo (monos, "único"), a crença em um só Deus, revelado nas Escrituras Sagradas (Dt6.4).


SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O politeísmo é a prática da adoração amais de uma divindade. Esta fazia parte da cultura dos cananeus e dos povos da antiguidade.


IV. O MONOTEÍSMO

1. Os mandamentos, os estatutos e os juízos.
Essas palavras denotam toda a lei do concerto (Dt 6.1, 2).
A pedido do próprio povo, Moisés passa a relatar, a partir daqui, as palavras que Deus lhe disse no monte (Dt 5.27-31).
A ordem aqui tem por objetivo estreitar a relação de Deus com os filhos de Israel quando entrarem na Terra Prometida.
O povo precisava ser instruído para viver em obediência e no temor de Jeová, e assim possuir a terra dos cananeus por herança (Dt 4.1).

2. O maior de todos os mandamentos.
Note que a frase "o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR" (Dt 6.4) é citada por Jesus Cristo como parte do primeiro e grande mandamento da lei (Mc 12.29,30).
Essa é a confissão de fé do judaísmo e, ainda hoje, os judeus religiosos recitam-na três vezes ao dia.

3. A Trindade na unidade.
A palavra hebraica usada aqui indica uma unidade composta, por isso o monoteísmo judaico-cristão não contradiz a doutrina da Trindade.
A mesma palavra é usada para afirmar que marido e mulher são "uma só carne" (Gn 2.24).
A expressão "o único SENHOR" se traduz também por "o SENHOR é um" (Zc 14-9).
A Bíblia Hebraica, tradução judaica do Antigo Testamento para o português, traduz o termo como "o Eterno é um só".
Além disso, vemos a Trindade indiretamente em todo o Antigo Testamento.
O Novo Testamento tornou explícito o que dantes estava implícito com a manifestação do Filho de Deus.
“Nossa maneira de compreender a Deus não deve basear-se em pressuposições a respeito dEle, ou em como gostaríamos que Ele fosse.
Pelo contrário: devemos crer no Deus que existe, e que optou por se revelar a nós através das Escrituras.
O ser humano tende a criar falsos deuses, nos quais é fácil crer; deuses que se conformam com o modo de viver e com a natureza pecaminosa do homem (Rm 1.21-25).
Essa é uma das características das falsas religiões.
Alguns cristãos até mesmo caem na armadilha de desconsiderar a autorrevelação divina para desenvolver um conceito de Deus que está mais de acordo com as suas fantasias pessoais do que com a Bíblia, que é a nossa fonte única de pesquisa, que nos permite saber que Deus existe e como Ele é” (HORTON, 1996, p.125).
 

SÍNTESE DO TÓPICO (IV)
O monoteísmo é explicitado na frase: “O Senhor nosso Deus, é o único Senhor”. Mais tarde foi citada por Jesus como parte do primeiro grande mandamento (Mc 12.30,31).


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Aprendemos na presente lição que Deus revela a si mesmo no seu grande nome e que a nossa adoração deve ser exclusiva, pois Ele é singular.
O Espírito Santo mostra que o primeiro mandamento é muito mais que uma simples apologia ao monoteísmo, mas diz essencialmente o que Jesus nos ensinou: ninguém pode servir a dois senhores (Mt 6.24).


BIBLIOGRAFIA
SOARES, Esequias. Os Dez Mandamentos – Valores Divinos Para Uma Sociedade Em Constante Mudança. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2014.
ZUCK, Roy (Ed.). Teologia do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008.
FONSECA, Alberto Alves da. O Povo de Israel – Uma Perspectiva Bíblica e Histórica. SP: Clarim – Gráfica e Carimbos, 2008.
HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996.


PARA REFLETIR
Sobre o primeiro mandamento:

O que implica para a vida o mandamento “Não terás outros deuses”?
Exclusividade e entrega inteira para Deus. Não permitir que nenhuma outra coisa tome o lugar de Deus no coração.

Que mal a idolatria pode trazer para a vida de uma pessoa?
Um comprometimento com princípios pagãos de vida, que nada têm a ver com a vontade de Deus.

Qual é a importância do maior de todos os mandamentos?
Este mandamento era o fundamento da vida em Israel. Os israelitas deviam anunciar Jeová como o único e verdadeiro Deus em meio a uma cultura politeísta.

Por que a nossa adoração deve ser exclusiva a Deus?

Porque Deus é o fundamento da nossa vida.