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A
diferença entre pecado e pecados é aquela entre o pecado no singular e o
pecado no plural. No Antigo Testamento não existe distinção entre o pecado no
singular e o pecado no plural. Somente o Novo Testamento expressa esta
diferença e é uma diferença muito significativa.
Façamos
uma lista de todos os lugares no Novo Testamento, onde o termo pecado ( Grego:
hamartia ) é usado, tanto no singular como no plural.
“Pecado”
no singular : Mt 12:31; Jo 1:29; 8:34 (2 vezes), 46; 9:41 (2
vezes); 15:22 (2 vezes), 24; 16:8, 9 19:11; At 7:60; Rm 3:9, 20; 4:8; 5:12 (2
vezes), 13 (2 vezes), 20,21; 6:1, 2, 6 (2 vezes), 7, 10 , 11, 12, 13, 14, 16,
17, 18, 20, 22, 23; 7:7 (2 vezes), 8 (2 vezes), 9, 11, 13 (2 vezes) 14, 17,
20, 23, 25; 8:2, 3 (margem, 3 vezes), 10; 14:23; I Co 15:56 (2 vezes); II Co
5:21 (2 vezes); 11:7; Gl 2:17; 3:22; II Ts 2:3; Hb 3:13; 4:15; 9:26, 28 (o
segundo “pecado”); 10:6, 8, 18; 11:25; 12:1, 4; 13:11; Tg 1:15 (2vezes); 2:9;
4:17; I Pd 2:22; 4:1; II Pd 2:14; I Jo 1:7, 8; 3:4 (2 vezes), (o segundo “pecado”);
8, 9; 5:16 (2 vezes), 17 (2 vezes).
“Pecados”
no plural : Mt 1:21; 3:6; 9:2, 5, 6; 26:28; Mc 1:4,5; 2:5,
7, 9, 10; Lc 1:77; 3:3; 5:20, 21, 23, 24; 7:47, 48, 49; 11:4; 24:47; Jo 8:21,
24 (2 vezes); 9:34; 20:23; At 2:38; 3:19; 5:31; 10:43; 13:38; 22:16; 26:18;
Rm 4:7; 7:5; 11:27; I Co 15:3,17; Gl 1:4; Ef 2:1; Cl 1:14; I Ts 2:16; I Tm
5:22, 24; II Tm 3:6; Hb 1:3; 2:17; 5:1, 3 7:27; 8:12; 9:28 (o primeiro
“pecados”); 10:2, 3, 4, 11, 12, 17, 26; Tg 5:15, 20; I Pd 2:24 (2 vezes);
3:18; 4:8; II Pd 1:9; I Jo 1:9 (2 vezes); 2:2, 12; 3:5 (o primeiro
“pecados”); 4:10; Ap 1:5; 18:4, 5.
Após ler
estes muitos versos da Escritura, podemos ver quão sábio Deus é em escrever a
Bíblia. Devemos verdadeiramente dizer a Ele: “Ó Deus, nós Te adoramos!”
Os usos
distintos de “pecado” e “pecados” são estes: sempre que a Bíblia se refere à
conduta exterior pecaminosa do homem, tal como orgulho, inveja, mentira e
assim por diante, a palavra “pecado” no plural é usada. “O termo pecado” no
singular nunca é usado na Bíblia para se referir ao pecado exterior; pelo
contrário, ele é empregado de duas maneiras diferentes:
(1) Indicando
o pecado que reina interiormente, seu poder ou domínio . Isto é comumente
conhecido também pelos termos: raiz do pecado ou denominador do pecado. Na
verdade estes termos não são biblicamente precisos; eles são simplesmente
adotados por causa da conveniência. A Bíblia nunca usa nenhum deles, mas, ao
invés disso, fala pecado reinando como um rei ou tendo domínio como um
senhor. O termo “pecado” no singular geralmente é empregado para especificar
o poder que reina sobre nós e que nos leva a cometer pecados.
(2) Como
um termo coletivo, algumas vezes ele se refere ao problema total do pecado
(conforme encontrado em Jo 1:29 e I Jo 1:7, que vamos discutir depois).
Sempre que a Bíblia fala de Deus perdoando pecado, ela sempre usa o plural
“pecados”; o perdão que precisamos receber é dos pecados que cometemos na
conduta exterior. Com respeito à natureza pecaminosa dentro de nós, esta não
pode ser solucionada pelo perdão. Seria um erro dizer que Deus perdoa
“pecado” e usar o singular.
Porque
Deus só perdoa “pecados”. Visto que o “pecado” no singular é um senhor, um
poder, ele é algo pelo qual não somos diretamente responsáveis e não deve ser
resolvido por meio de perdão. Mas os “pecados” no plural precisão de perdão,
porque estes são nossa conduta, pela qual somos responsáveis, e provocarão
penalidade a ser cobrada contra nós se não formos perdoados. Por esta razão,
sempre que a Bíblia menciona a questão de confessar nossos pecados, tal deve
ser expresso como “confessar nossos pecados” (I Jo 1:9), usando o
plural e não o singular. O “pecado” não se refere à conduta do homem e,
portanto, não requer confissão; mas o termo “pecados” significa a conduta do
homem, exigindo confissão a ser feita. A morte de Cristo é para salvar-nos
dos “pecados” no plural. “E chamarás o seu nome Jesus; porque ele salvará
o seu povo dos seus pecados” (Mt 1:21). Isto quer dizer que o Senhor
Jesus nos salva de todos os pecados em nossa conduta.
O Senhor
Jesus declarou aos judeus: “Morrereis em vossos pecados” (Jo 8:24).
Outra vez isto se refere ao pecado no plural e não no singular. Nem mesmo uma
só vez a Bíblia diz que Cristo morreu por nosso pecado no singular; ela
sempre diz que Cristo morreu por nossos pecados no plural.
“Estando vós mortos em delitos e pecados” (Ef 2:1). Observe que a palavra “pecado” aqui está no plural e não no singular. Quer dizer que passamos nossas vidas em pecados, tais como orgulho, impureza, inveja, e assim por diante. Estávamos mortos em “pecados” no plural e não em “pecado” no singular. Outros dois exemplos são estes: (1) “tire os pecados” em Hebreus 10:4 é tirar pecados no plural; (2) “não mais teriam consciência de pecado” no 10:2, é também uma expressão do pecado no plural.
Por que
não temos mais consciência dos pecados depois que o sangue do Senhor
purificou nossa consciência? Porque o pecado de que nossa consciência nos
acusa diante de Deus é o pecado no plural; isto é, um pecado após outro, tal
como mau gênio, orgulho, etc. Visto que o sangue do Senhor Jesus já obteve o
perdão para estes nossos pecados, naturalmente nossa consciência não mais
estará consciente deles. Os pecados mui certamente existem, mas o sangue tratou
com eles. Se o sangue do Senhor tivesse purificado o pecado no singular,
ninguém teria tido condições de pessoalmente experimentar tal purificação;
porque a purificação do pecado no singular, significaria que nós nunca mais
teríamos consciência do poder do pecado, aquele poder que nos leva a pecar.
Mas sabemos que de modo algum este é o caso. O sangue do Senhor Jesus nos
purificou para que nossa consciência não mais nos acuse dos nossos pecados
passados. Todavia, isto não quer dizer que nós não temos mais pecado; o que
se declara é que não há mais consciência dos pecados. Por meio da purificação
do sangue, não somos mais condenados por nossa consciência.
Como,
então, podemos ser livrados do pecado que nos domina, o pecado do qual
estivemos falando no singular? “Sabendo isto, que o nosso homem velho foi
com Ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não
sirvamos mais o pecado” (Rm 6:6). Aqui temos três pontos:
(1) o corpo do pecado;
(2) o
velho homem;
(3) o
pecado.
O corpo
serve como testa de ferro, pois o que leva o corpo pecar por meio do velho
homem é o pecado. O pecado opera no corpo, de modo que este corpo é chamado
de corpo do pecado. O velho homem fica entre o pecado e o corpo. Ele aceita a
sugestão do pecado, por um lado, e conduz o corpo a pecar, por outro. O velho
homem é nossa personalidade. O pecado tenta, o velho homem concorda e
conseqüentemente o corpo age. Algumas pessoas têm sugerido que a morte do
Senhor Jesus erradicou a raiz do pecado. Tal não é verdade. O pecado ainda
está aqui, o corpo do pecado também está aqui; só o velho homem intermediário
é que foi posto para fora. O homem como pessoa ainda permanece, porém, o
pecado agora não tem condições de impelir o novo homem, porque o pecado nunca
pode dirigir o novo homem. O pecado no singular ainda está aqui, embora não
estejamos mais em escravidão a ele. Por que não somos mais escravas do
pecado? Porque o velho homem que manda o corpo pecar já está crucificado. E
quanto ao corpo? No presente está desempregado.
“O qual (o Senhor Jesus), havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados” ( Hb 1:3). O pecado aqui é novamente colocado no plural, pois a passagem aponta para a penalidade e não para a raiz do pecado que é purificada.
Mas, e
quanto à passagem em João 1:29: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado
do mundo” ? Visto que o pecado do mundo que é tirado está no singular
aqui, não indica que a raiz do pecado foi realmente erradicada? Se for assim,
então não apenas a raiz do pecado do salvo foi erradicada, mas a do mundo
inteiro também. Obviamente, tal não pode ser o significado. O sentido aqui é
que o Cordeiro de Deus resolveu todo o problema do pecado do mundo. Isto
concorda com as palavras “por um homem entrou o pecado no mundo” de
Romanos 5:12. Assim como o pecado entrou no mundo através de um homem, assim
é tirado por outro homem. O Senhor já resolveu o problema do pecado do mundo.
Como tratamos com o pecado no singular? “Assim vós considerai-vos como mortos para o pecado” (Rm 6:11). O pecado no plural é solucionado pela morte de Cristo; o pecado no singular é resolvido junto com a morte com Cristo. Esta morte junto com Cristo é um considerar como morto. Se nos considerarmos mortos para o pecado, nós não mais estaremos sob o domínio do pecado.
“Mas, se
andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o
sangue de Jesus Cristo seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (I Jo 1:7). Mais uma vez a palavra pecado está no singular.
Entretanto, isto certamente não pode significar que o sangue do Senhor Jesus
nos purifica da raiz do pecado em nós, porque a purificação aqui referida tem
como condição o nosso andar na luz, como ele está na luz, a fim de termos
comunhão uns com os outros. Se este verso se referisse à nossa natureza
pecaminosa, como teríamos o pecado em nós a ser purificado pelo sangue do
Senhor Jesus, visto que já podemos andar na luz como Deus está na luz? A
verdade é esta: à medida em que andarmos na luz do evangelho como Deus está
na luz da revelação, começamos a reconhecer que o sangue do Senhor Jesus
resolveu todo o nosso problema do pecado. O versículo nove usa a palavra
pecado no plural mostrando que nós ainda temos pecados. Por isso, chegamos a
esta conclusão: o pecado no singular refere-se ao pecado como senhor em nós,
e o pecado no plural refere-se às várias expressões da nossa conduta
exterior. O pecado no singular aponta para o problema total do pecado,
enquanto que o pecado no plural aponta para o pecado como atos individuais.
“Àquele
que não conheceu pecado, o fez pecado por nós” (II Co 5:21). A palavra pecado aqui está no singular. O Senhor foi
feito pecado por nós, não pecados (plural) por nós. Por que o pecado é usado
no singular aqui? Porque Deus fez Jesus, o qual não conheceu pecado (isto é,
nunca conheceu o que era o pecado, nunca o serviu, nem conheceu o seu poder),
ser feito pecado por nós; isto é, ser feito todo o problema do pecado para
que Deus, julgando-O, pudesse julgar o pecado. Ser Ele feito pecado significa
simplesmente que Deus tratou com Ele como trataria com o nosso próprio
problema do pecado. Se o Senhor tivesse sido feito pecados, Ele teria
conhecido a conduta pecaminosa e, assim, teria sido alguém que também
cometera pecados e teria conhecido pecados tais como: orgulho, inveja, impureza
e assim por diante. Graças a Deus, Ele não fez Jesus pecados; Ele apenas
tratou com o Senhor Jesus como trataria com o problema do pecado. Por isso,
quando o Senhor Jesus morreu, o problema do pecado do mundo inteiro foi
resolvido.
Finalmente, vamos concluir a discussão desta pergunta consultando o livro dos Romanos. Seus primeiros oito capítulos tratam especificamente com a questão do pecado. A primeira divisão é de 1:1 a 5:11, e trata com o problema do pecado no plural e não no singular. De 5:12 a 8:39, temos a segunda divisão que trata com o problema do pecado no singular (por favor, observe que na segunda divisão, à parte do único exemplo no capítulo 7:5 onde o pecado é mencionado no plural, todo resto da divisão fala do pecado no singular). A primeira trata do pecado como atos individuais, isto é, as expressões exteriores da conduta pecaminosa. Estes casos pecaminosos e suas penalidades devem ser tirados e eliminados. Por isso, o Senhor Jesus veio para levar nossos pecados e tirá-los. A segunda mostra como Deus nos livra do pecado que reina sobre nós, exatamente como Ele tem perdoado todos os nossos muitos pecados. Ele não só perdoa nossos pecados e remove sua condenação, mas também nos livra do poder do pecado para que não pequemos. A primeira divisão trata com o sangue precioso, enquanto que a segunda trata com a cruz. A ressurreição na primeira parte aponta para o Senhor sendo ressuscitado por nós; a ressurreição na segunda parte, é a nossa ressurreição com Ele. A primeira enfoca o Senhor Jesus sendo crucificado e derramando Seu sangue por nós; a segunda enfoca a nossa crucificação com o Senhor. A primeira parte trata com o perdão; a segunda, com o livramento. A primeira trata com a justificação, e a segunda com a santificação. A primeira resolve a penalidade do pecado e a segunda dissolve o poder do pecado. Precisamos examinar estas duas seções.
No inicio,
quando crê no Senhor, você se preocupa com os muitos pecados que cometeu. Um
pecado após outro é colocado diante de você e você reconhece que não existe
bem algum dentro e fora de você. Você começa a imaginar por que um Deus tão
justo poderia perdoar seus pecados. Mas quando vem a saber que o Senhor Jesus
carregou seus pecados, que Seu sangue purificou você de todos os seus pecados
e que ele perdoou todos os pecados cometidos, você se regozija nEle. Por seus
pecados terem sido perdoados, você agora permanece na graça de Deus,
esperando alegremente a glória de Deus. Você está plenamente persuadido de
que agora pode fazer o bem.
Porém, dia
após dia descobre que, por exemplo, ainda pode mentir como antes. O que
deveria ser feito? Você vai ao Senhor e pede perdão. O Senhor ainda está
desejoso de perdoar e o Seu sangue é sempre eficaz. Você toma a decisão de
nunca mais mentir. Posteriormente, você parece fazer tudo bem durante os
primeiros dias, mas, depois, começa a se relaxar, vindo a mentir novamente.
Você pede ao Senhor outra vez para perdoar seu pecado e diz que não pecará de
novo. Após pouco tempo, você mente de novo e cai. Uma e outra vez, você pede
ao Senhor para lhe perdoar e continua a pecar repetidas vezes. Antes, você
sentia a pecaminosidade dos pecados exteriores, mas, agora, após ter se
tornado um cristão, você tem consciência de que o pecado reina em seu
interior, como também dos pecados cometidos exteriormente. Para ilustrar
melhor, consideremos alguém que gosta de jogar. Antes, ele considerava isto
um defeito de conduta, mas, depois de crer no Senhor, ele começa a sentir que
existe um senhor severo nele, que possui o poder de forçá-lo a fazer o que
não deseja e que não consegue deixar de obedecê-lo.
Cada um de
nós tem seu pecado peculiar que o embaraça. Você pode se lembrar da ocasião
em que foi salvo, da sua felicidade, mas agora você se sente mais miserável
do que antes de ser salvo. Como vencer estes pecados? Você pergunta a Deus se
Ele tem uma maior salvação. O que temos descrito em Romanos 5:12 a 8:31 é
esta maior salvação. Se o sangue é tudo o que Deus requer, então Ele poderia
ter levado o Senhor Jesus a derramar Seu sangue de forma diferente. Por que
Cristo deve morrer na cruz? É porque Deus quer te mostrar que, como pessoa,
você foi levado à cruz para ser crucificado com Cristo, assim como a
penalidade dos seus atos pecaminosos de conduta foram perdoados por meio de
Jesus, o Salvador. O Senhor Jesus Cristo foi crucificado por seus pecados,
mas ao mesmo tempo Ele levou você à cruz com Ele. Não apenas os pecados do
pecador, mas o próprio pecador; não apenas os nossos pecados, mas também
todos nós em Cristo, estávamos na cruz. Assim como o Senhor Jesus Cristo
derramou Seu sangue para purificar seus pecados, assim Deus reconhece a morte
de Cristo há mais de 1900 anos como sendo a sua morte.
No inicio,
você creu que o Senhor morreu por você; hoje você reconhece a morte dEle como
sendo sua. Visto que o Senhor morreu, você também morreu. Como você crê na
morte dEle, assim também você crê na morte dEle como sendo a sua. Embora o
pecado ainda esteja vivo, ele não pode tentar uma pessoa morta, pois o que
está morto, está libertado do pecado. Estando morto, o pecado não pode mais
frustrá-lo. Deus pode perdoar os atos pecaminosos da nossa conduta exterior,
mas Ele não pode perdoar nossa natureza pecaminosa interior. Ao invés disso,
Ele crucificou o velho homem a fim de que o pecado não mais tenha poder para
nos arrastar. Devemos crer, portanto, que morremos. Creia que já morremos e
não vamos morrer. Creia que morremos e não devemos morrer. Tendo consciência
de sua fraqueza e impureza, você deve saber que a cruz tratou com estas
coisas. Se você olhar para Cristo com os olhos da fé e crer que foi
crucificado com Ele, você verá o poder de Cristo salvando-o e o libertando do
poder do pecado.
O primeiro
passo na salvação dá-nos paz e satisfação e nos leva a experimentar muita
alegria. O segundo passo na salvação dá-nos poder para vencer o pecado e
andar em seu caminho. Você sente o poder do pecado oprimindo-o por dentro? É
apropriado que você experimente a vitória sobre ele. Vencer o poder do pecado
em você é livramento e emancipação e não perdão. Visto que o senhor dentro
mudou, você não está mais sob o governo do antigo senhor. Todos devemos
seguir este caminho.
Autor:
Watchman Nee
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quarta-feira, 28 de agosto de 2013
PECADO E PECADOS
44 TESES PARA HOJE. - REFORMA URGENTE
1) Rejeitamos a Teologia da Prosperidade, pois ela tem, antes, contribuído para uma falsa compreensão do evangelho da auto-negação de Jesus Cristo.
2) Rejeitamos os ministérios centralizados em homens que destoam do Princípio Bíblico que Cristo deve crescer e nós, diminuir.
3) Rejeitamos as novas revelações do Espírito, pois temos entendido pela Palavra de Deus que a Bíblia é tudo o que precisamos em matéria de fé e prática.
4) Rejeitamos o fundamentalismo ascético que impede o povo de Deus de usufruir com domínio próprio a liberdade cristã pela qual Cristo deu o seu próprio sangue.
5) Rejeitamos os cultos-show como se devêssemos cultuar com o fim de agradar e entreter pecadores, em lugar de faze-lo ao único que se interessa completamente pelo culto: o próprio Deus.
6) Rejeitamos o Mercado Gospel com todos os danos que ele tem causado à simplicidade do evangelho de Jesus.
7) Rejeitamos o reducionismo teológico que tem embrutecido o povo de Deus que se contenta hoje com frases e jargões sem sequer entender o que eles dizem.
8) Muitos desses jargões são tão contraproducentes quanto heréticos, pois partem de uma visão humanista da Escritura.
9) Alguns exemplos desses jargões: “Deus vai te honrar”, “Eu creio”, “Tá amarado”, “Eu recebo”, “Somos cabeça e não cauda”, “Quero tocar nas vestes do Senhor”, sendo que essa lista poderia ser muito mais exaustiva.
10) Rejeitamos toda e qualquer doutrina de homens que não tenham base na Escritura, apenas, e conclamamos o povo de Deus a voltar-se para a Palavra, não confiando cegamente em pastores, pois a Bíblia diz: “Seja Deus verdadeiro e mentiroso todo homem”.
11) Rejeitamos a teologia triunfalista que tem, antes, contribuído para um descontentamento do povo de Deus, que deveria amar a sua providência e ter por motivo de toda alegria o passar por provações, pois aprendemos com Tiago que “as provações produzem perseverança”.
12) Rejeitamos a tendência de muitos crentes em procurar Cristo por causa de curas, milagres e coisas desse gênero e não por aquilo que ele é, independentemente de recebermos qualquer coisa dele, além da salvação.
13) Rejeitamos a teologia que atribui a salvação ao homem e não totalmente a Deus, pois “quem jamais resistiu a sua vontade?”.
14) Essa tendência teológica é tão absurda que rouba a glória de Deus e a coloca no homem, mas somos lembrados que não nos cabe gloriar em nada, pois somos “salvos pela graça por meio da fé, e isso não vem de nós, é dom de Deus, não vem de obrar para que ninguém se glorie”.
15) Rejeitamos também a tendência de crer nessa verdade e com isso nos tornar preguiçosos culpando a soberania de Deus pela nossa letargia e falta de coragem de pregar o evangelho como devemos fazer, cumprindo a missão que Jesus nos deixou de “pregar o evangelho a toda criatura”.
16) Rejeitamos todos os apóstolos modernos, pois a Bíblia encerrou o ministério apostólico com aqueles homens mencionados como tais na Escritura para que a sua Palavra fosse fundamentada pela doutrina deles, que a receberam por revelação direta do Senhor Jesus.
17) Rejeitamos com eles, todos os títulos que tendem a trazer algum tipo de confusão ao povo de Deus, tais como: Patriarca, Sacerdote, Levita, Reverendo, Bispo (usado de maneira equivocada) e tantos outros que podemos nos acostumar e que dizem de nós aquilo que não somos.
18) Rejeitamos toda a pompa eclesiástica que trás de volta ao culto a Deus elementos do cerimonialismo judaico em detrimento da simplicidade do Novo Testamento, depois que o véu do templo se rasgou para nos apontar um novo e vivo caminho, em Jesus.
19) Rejeitamos o comprometimento político de muitos crentes que têm trocado o evangelho por votos, a cruz por cargos, o ministério por empregos, Jesus por salários.
20) Rejeitamos ser irmanados pelos sensos e pesquisas aos grupos e seitas pseudo-cristãs como as assim chamadas Igrejas neopentecostais, elas têm confundido não apenas o povo de Deus com suas falsidades e enganos, mas têm dificultado o avanço do verdadeiro evangelho, sendo, antes sinagogas de Satanás do que igrejas de Jesus.
21) Rejeitamos seus líderes e os conclamamos ao arrependimento, pois “de Deus não se zomba, o que o homem semear, isso também ceifará”.
22) Rejeitamos a ideia de não poder falar contra pastores e líderes religiosos em nome do culto à diferença; Jesus e os Apóstolos de verdade se deixaram questionar pois não tinham medo da verdade.
23) Paulo disse que se ele mesmo pregasse outro evangelho fosse anátema, João afirmou que deveríamos provar os espíritos para saber se eles procedem de Deus; Pedro informou que homens são ávidos por deturpar as Escrituras e deveríamos ter cuidado e que é preciso fazê-los calar; Tiago e Judas nos alertaram contra homens que se introduzem como ovelhas, mas são lobos; finalmente, Jesus mesmo disse: “acautelai-vos dos falsos profetas”.
24) Amamos a liberdade de culto e de religião e lutaremos por ela com todas as forças que possuirmos, sem jamais deixar de pregar o evangelho e mostrar a diferença, pois não podemos confundir liberdade religiosa com ecumenismo.
25) Rejeitamos as catedrais e o resgate do conceito de templos no meio do povo de Deus, pois Jesus Cristo se autodenominou o templo que foi reerguido em três dias, quando ressuscitou dentre os mortos e estabeleceu que nem em Jerusalém e nem em Samaria seria o lugar do culto a Deus, mas onde quer que ele seja adorado em Espírito e em Verdade.
26) Lutamos pelo resgate da pregação simples das Escrituras, onde Cristo é o centro de todas as coisas, e não o homem.
27) Lutamos pelo resgate da doutrina pela justificação pela fé, somente.
28) Lutamos para resgatar o papel profético da Igreja com base na Palavra de Cristo e não nos devaneios de homens que apenas gritam palavras de ordem e têm uma legião de soldadinhos nas suas guerrilhas forjadas e encenações patéticas.
29) Lutamos pela centralidade da Pregação e uso exclusivo dos conhecidos elementos de culto, tais como oração, leitura da Palavra e cânticos de louvor a Deus; rejeitando assim todas as inovações que não têm base na Palavra de Deus.
30) Lutamos pelo Princípio Regulador do Culto, tal como estabelecido por Deus pela pena de Moisés: “Tudo o que eu te ordeno observarás, nada acrescentarás ou diminuirás”.
31) Lutamos pela liberdade na vida onde podemos usufruir de todas as bênçãos de Deus com liberdade, sem, entretanto, dar ocasião à carne.
32) A chave para essa liberdade é encontrada na observância do fruto do Espírito: “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio”.
33) Lutamos pelo resgate da disciplina amorosa na igreja de Deus, pois o povo de Deus precisa voltar a ter temor em relação ao pecado; em outras palavras: pecado precisa ser chamado de pecado.
34) Ensinamos que os mandamentos de Deus devem ser observados não como meio de salvação, mas como resposta à ela, uma vez que “Deus de antemão preparou as boas obras para que andássemos nelas”.
35) Ensinamos ao povo de Deus a amar a Deus sobre todas as coisas, inclusive nas piores circunstâncias que passarem.
36) Lutamos pelo resgate do conceito perdido do Dia do Senhor.
37) Lutamos por ensinar crianças e jovens a respeitarem seus pais e os obedecerem em todas as áreas de suas vidas, inclusive naquelas áreas que a modernidade têm feito de jovens crentes cada vez mais independentes e, portanto, menos felizes e mais propensos ao erro.
38) Ensinamos que não herdarão o reino de Deus os que praticarem de forma contumaz pecados que devem ser chorados pelo povo de Deus, pois sem a santificação ninguém verá o Senhor.
39) Ensinamos que Deus julga o coração e não apenas os atos, por isso devemos cuidar do que nossos olhos veem, do que nossos ouvidos ouvem e que vem à nossa mente, passando a pensar “em tudo o que é puro, amável, respeitoso e de boa fama”.
40) Rejeitamos a tendência de relativizar pecados: pirataria é furto; pornografia é adultério; meia verdade é mentira; descontentamento é cobiça.
41) Rejeitamos o pragmatismo de pensar que tudo depende dos resultados, pois “não depende de quem quer, mas de Deus derramar a sua misericórdia”, e “o crescimento procede de Deus”.
42) Rejeitamos o culto à relevância, pois nada há mais relevante que aquilo que Paulo se recusava a fazer diferente: “nós pregamos a Cristo crucificado; escândalo para os judeus, loucura para os gentios, mas para nós, que cremos, é poder de Deus e sabedoria de Deus”.
43) Chamamos o povo evangélico para uma reflexão séria sobre essas coisas, pois não podemos esquecer que “muitos naquele dia ouvirão: apartai-vos de mim os que praticais iniquidades”, mesmo que digam: “Senhor, Senhor, em teu nome fizemos milagres, expulsamos demônios e profetizamos”.
44) Chamamos os que não conhecem a Jesus como Salvador a não se impressionarem com as loucuras evangélicas dos nossos dias, mas a abraçarem a fé simplesmente de Jesus, pois “não há outro nome em cima nos céus ou embaixo, na terra, pelo qual importa que sejamos salvos”.
Fonte: E a Bíblia com isso?
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
A FIDELIDADE DOS OBREIROS DO SENHOR
3º Trimestre de 2013
Título: Filipenses — A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja
Comentarista: Elienai Cabral
Lição 6: A fidelidade dos obreiros do Senhor
Data: 11 de Agosto de 2013
TEXTO ÁUREO
“Espero, porém, no Senhor Jesus, mandar-vos Timóteo, o mais breve possível, a fim de que eu me sinta animado também, tendo conhecimento da vossa situação” (Fp 2.19 - ARA).
VERDADE PRÁTICA
Os obreiros do Senhor devem estar conscientes quanto à sua responsabilidade no santo ministério.
HINOS SUGERIDOS
186, 224, 394.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 10.11
Jesus, o verdadeiro pastor
Terça - Jo 10.12,13
O mercenário é o falso pastor
Quarta - Jo 10.14,15
O verdadeiro pastor conhece as suas ovelhas
Quinta - Mt 20.28
O verdadeiro pastor serve à igreja
Sexta - 1Tm 3.3
O pastor não deve ser materialista
Sábado - 2Pe 2.3
Não se deve fazer comércio com o rebanho
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 2.19-29.
19 - E espero, no Senhor Jesus, que em breve vos mandarei Timóteo, para que também eu esteja de bom ânimo, sabendo dos vossos negócios.
20 - Porque a ninguém tenho de igual sentimento, que sinceramente cuide do vosso estado;
21 - porque todos buscam o que é seu e não o que é de Cristo Jesus.
22 - Mas bem sabeis qual a sua experiência, e que serviu comigo no evangelho, como filho ao pai.
23 - De sorte que espero enviá-lo a vós logo que tenha provido a meus negócios.
24 - Mas confio no Senhor que também eu mesmo, em breve, irei ter convosco.
25 - Julguei, contudo, necessário mandar-vos Epafrodito, meu irmão, e cooperador, e companheiro nos combates, e vosso enviado para prover às minhas necessidades,
26 - porquanto tinha muitas saudades de vós todos e estava muito angustiado de que tivésseis ouvido que ele estivera doente.
27 - E, de fato, esteve doente e quase à morte, mas Deus se apiedou dele e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza.
28 - Por isso, vo-lo enviei mais depressa, para que, vendo-o outra vez, vos regozijeis, e eu tenha menos tristeza.
29 - Recebei-o, pois, no Senhor, com todo o gozo, e tende-o em honra [...].
INTERAÇÃO
“Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas”. É assim que Jesus é apresentado aos seus discípulos pela narrativa do Evangelho de João. O bom Pastor doa a sua vida às ovelhas. Ele não espera receber nada em troca do seu exercício ministerial, a não ser a alegria e a grata satisfação em ver uma vida, outrora em frangalhos, mas agora em perfeito juízo com a mente e o coração imersos no Evangelho. O verdadeiro pastor sabe bem a dimensão profunda daquilo que significa “apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1Pe 5.2,3).
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Reconhecer a preocupação de Paulo com a Igreja.
- Pontuar o modelo paulino de liderança.
- Inspirar-se à prática cristã com o exemplo de Epafrodito.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Para introduzir o primeiro tópico da lição sugerimos a seguinte atividade: (1) Pergunte aos alunos o que é o ministério pastoral para eles. (2) Ouça as diversas respostas com atenção. (3) Em seguida, discorra acerca das principais características que a lição apresenta sobre a liderança de Paulo: (a) O compromisso com o pastorado; (b) mentoria de novos obreiros; (c) um líder que amava a igreja. Ao concluir o tópico I, o prezado professor deverá deixar bem claro que o modelo de liderança do apóstolo Paulo estava pautado no de Jesus, isto é, um ministério de serviço, jamais de domínio.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Fidelidade: Qualidade de fiel; lealdade.
A preocupação de Paulo com a unidade e a comunhão da igreja filipense era tão intensa que ele desejava estar presente naquela comunidade. Todavia, o apóstolo encontrava-se preso. Impedido de rever aqueles pelos quais estava disposto a “sacrificar-se” (Fp 2.17), Paulo envia dois obreiros fiéis, Timóteo e Epafrodito, para cuidar daquela igreja até sua chegada (2.19-30).
I. A PREOCUPAÇÃO DE PAULO COM A IGREJA
1. Paulo, um líder comprometido com o pastorado. O versículo do texto áureo revela o coração amoroso de Paulo que, apesar de encarcerado, ansiava por notícias dos irmãos na fé. O apóstolo temia que a igreja filipense ficasse exposta aos “lobos devoradores” que se aproveitam da vulnerabilidade e da fragilidade das “ovelhas” a fim de “devorá-las” (Mt 10.16; At 20.29). Paulo se preocupava com a segurança espiritual do rebanho de Filipos e esforçava-se ao máximo para atendê-lo.
2. Paulo, o mentor de novos obreiros. O apóstolo apresenta dois obreiros especiais para auxiliar a igreja de Filipos. Primeiramente, Paulo envia Timóteo, dando testemunho de que ele era um obreiro qualificado para ouvir e atender às necessidades espirituais da igreja. Em seguida, o apóstolo valoriza um obreiro da própria igreja filipense, Epafrodito. Este gozava de total confiança de Paulo, pois preservava a pureza do Evangelho recebido. O apóstolo Paulo ainda destaca a integridade desses dois servos de Deus contra a avareza dos falsos obreiros (v.21). Estes são líderes que não zelam pela causa de Cristo, mas se dedicam apenas aos seus próprios interesses.
3. Paulo, um líder que amava a igreja. Ao longo de toda a Carta aos Filipenses, percebemos que a relação do apóstolo Paulo para com esta igreja era estabelecida em amor. Não era uma relação comercial, pois o apóstolo não tratava a igreja como um negócio. Ele não era um gerente e muito menos um patrão. A melhor figura a que Paulo pode ser comparado em seu comportamento em relação à igreja é a de um pai que ama os seus filhos gerados na fé de Cristo. Todas as palavras do apóstolo — admoestações, exortações e deprecações — demonstram um profundo amor para com a igreja de Filipos. Precisamos de obreiros que amem a Igreja do Senhor. Esta é constituída por pessoas necessitadas, carentes, mas, sobretudo, desejosas de serem amadas pelos representantes da igreja (2Tm 2.1-26).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O compromisso pastoral do apóstolo Paulo passava pela mentoria que ele exercia sobre os novos obreiros e por seu amor pela igreja. Ele não era gerente de uma instituição, mas pastor de uma igreja.
II. O ENVIO DE TIMÓTEO À FILIPOS (2.19-24)
1. Paulo dá testemunho por Timóteo. O envio de Timóteo à Filipos tinha a finalidade de fortalecer a liderança local e, consequentemente, todo o Corpo de Cristo. Além de enviar notícias suas à igreja, Paulo também esperava consolar o seu coração com boas informações acerca daquela comunidade de fé. Assim, como Timóteo era uma pessoa de sua inteira confiança, considerado pelo apóstolo como um filho (1Tm 1.2), tratava-se da pessoa indicada para ir a Filipos, pois sua palavra à igreja seria íntegra, leal e no temor de Deus. Paulo estava seguro de que o jovem Timóteo teria a mesma atitude que ele, ou seja, além de ensinar amorosa e abnegadamente, pregaria o evangelho com total comprometimento a Cristo (v.20).
2. O modelo paulino de liderança. Timóteo, Epafrodito e Tito foram obreiros sob a liderança de Paulo. Eles aprenderam que o exercício do santo ministério é delineado pela dedicação, humildade, disposição e amor pela obra de Deus. Qualquer obreiro que queira honrar ao Senhor e sua Igreja precisa levar em conta os sofrimentos enfrentados pelo Corpo de Cristo na esperança de ser galardoado por Deus. Nessa perspectiva, o principal ensino de Paulo aos seus liderados era que o líder é o servidor da Igreja. O apóstolo aprendera com Jesus que o líder cristão deve servir à Igreja e jamais servir-se dela (Mt 20.28).
3. As qualidades de Timóteo (2.20-22). Timóteo aprendeu muito com Paulo em relação à finalidade da liderança. Ele se solidarizou com o apóstolo e dispôs-se a cuidar dos interesses dos filipenses como um autêntico líder. Paulo declarou aos filipenses que Timóteo, além de “um caráter aprovado”, estava devidamente preparado para exercer a liderança, pois tinha uma disposição de “servir” ao Senhor e à igreja. Todo líder cristão precisa desenvolver uma empatia com a igreja, tornando-se um marco referencial para toda a comunidade de fé (1Tm 4.6-16).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O apóstolo desejou enviar Timóteo a igreja de Filipos visando o fortalecimento da liderança local e, consequentemente, de todo o Corpo de Cristo.
III. EPAFRODITO, UM OBREIRO DEDICADO (2.25-30)
1. Epafrodito, um mensageiro de confiança. Epafrodito era grego, um obreiro local exemplar e de caráter ilibado. O apóstolo Paulo o elogia como um grande “cooperador e companheiro nos combates”. Sua tarefa inicial era a de ajudar o apóstolo enquanto ele estivesse preso, animando-o e fortalecendo-o com boas notícias dos crentes filipenses. Epafrodito também fora encarregado de levar a Paulo uma ajuda financeira da parte da igreja de Filipos, objetivando custear as despesas da prisão domiciliar do apóstolo.
2. Epafrodito, um verdadeiro missionário. Epafrodito não levou apenas boas notícias para o apóstolo, mas também propagou o Evangelho nas adjacências da cidade de Filipos. Em outras palavras, Epafrodito era um autêntico missionário. À semelhança de Silvano e Timóteo (1Ts 1.1-7), bem como Barnabé, Tito, Áquila e Priscila, ele entendia que, se o alvo era pregar o Evangelho, até mesmo os sofrimentos por causa do nome de Jesus faziam parte de seu galardão.
3. Paulo envia Epafrodito. Filipenses 2.20 relata o desejo de Paulo em mandar alguém para cuidar dos assuntos da igreja em Filipos. O pensamento inicial era enviar Timóteo, pois Epafrodito adoecera vindo quase a falecer. Deus, porém, teve misericórdia desse obreiro e o curou (v.27), dando ao apóstolo a oportunidade de enviá-lo à igreja em Filipos (v.28). Epafrodito possuía condições morais e emocionais para tratar dos problemas daquela igreja. Por isso, o apóstolo pede aos filipenses que o recebam em Cristo, honrando-o como obreiro fiel (vv.29,30). Que os obreiros cuidem da Igreja de Cristo com amor e zelo, e que os membros do Corpo do Senhor reconheçam a maturidade, a fidelidade e a responsabilidade dos obreiros que Deus dá à Igreja (Hb 13.17).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Epafrodito era um mensageiro de confiança do apóstolo Paulo, um verdadeiro missionário. Foi enviado a Filipos para cuidar de assuntos locais.
CONCLUSÃO
A Igreja pertence a Cristo, e nós, os obreiros, somos os servidores desta grande comunidade espalhada por Deus pela face da terra. Que ouçamos o conselho do apóstolo Pedro, e venhamos apascentar “o rebanho de Deus [...], tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1Pe 5.2,3).
VOCABULÁRIO
Empatia: Capacidade de sentir os sentimentos de outra pessoa.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
CARLSON, R.; TRASK, T. (et all.). Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3 ed., RJ: CPAD, 2005.
MACARTHUR JR, J. Ministério Pastoral: Alcançando a excelência no ministério cristão. 4 ed., RJ: CPAD, 2004.
RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2007.
MACARTHUR JR, J. Ministério Pastoral: Alcançando a excelência no ministério cristão. 4 ed., RJ: CPAD, 2004.
RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2007.
EXERCÍCIOS
1. Qual era o temor do apóstolo Paulo em relação à igreja filipense?
R. Que ela ficasse exposta aos “lobos devoradores” que se aproveitam da vulnerabilidade e da fragilidade das “ovelhas” a fim de “devorá-las” (Mt 10.16; At 20.29).
2. Cite os nomes dos obreiros apresentados por Paulo para auxiliar a igreja de Filipos.
R. Primeiramente, Paulo envia Timóteo, dando testemunho de que ele era um obreiro qualificado para ouvir e atender às necessidades espirituais da igreja. Em seguida, o apóstolo valoriza um obreiro da própria igreja filipense, Epafrodito.
3. Qual era o principal ensino de Paulo aos seus liderados?
R. O principal ensino de Paulo aos seus liderados era que o líder é o servidor da Igreja.
4. Qual era a tarefa inicial de Epafrodito?
R. Sua tarefa inicial era a de ajudar o apóstolo enquanto ele estivesse preso, animando-o e fortalecendo-o com boas notícias dos crentes filipenses.
5. Para você, quais são as características indispensáveis a um obreiro do Senhor?
R. Resposta pessoal.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Vida Cristã
“Quando a Igreja nasceu, no Dia de Pentecoste, Deus começou a chamar ‘pastores’ para apascentar os rebanhos de fiéis que se levantariam ao redor do mundo. Os pastores devem ser responsáveis pelo cuidado, direção e ensinamentos que uma congregação recebe. Eles são dons para a igreja (Ef 4.11), líderes necessários que devem ter vidas exemplares. Seu chamado ao ministério é de procedência divina (At 20.28); seu exemplo é Jesus Cristo, e o poder para fazerem esta incrível obra vem do Espírito Santo.
Julgo que os pastores têm de ser pentecostais para que apascentem igrejas também pentecostais. Essa é ordem de Deus. Visto que vivemos num dos tempos mais complicados e plenos de avanços tecnológicos que este mundo jamais viu, é crucial que os líderes da Igreja do Senhor sejam não só cheios mas também guiados pelo Espírito Santo. As pessoas são complexas; suas dificuldades e problemas, também. Somente Deus pode capacitar-nos a entendê-las e ajudá-las. À medida que os pastores empenham-se em auxiliar os que se acham nas garras do alcoolismo, das drogas, do divórcio e de outras incontáveis tragédias, precisam urgentemente de poder e discernimento do Espírito para ministrar. Os métodos para se alcançar as pessoas mudam; entretanto, nossa mensagem não pode mudar” (CARLSON, R.; TRASK, T. (et all.). Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3 ed., RJ: CPAD, 2005, p.7).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A FIDELIDADE DOS OBREIROS DO SENHOR
Certa feita escrevendo a Timóteo Paulo disse: “os homens maus e enganadores irão de mal a pior, enganando e sendo enganado” (2Tm 3.13). Mas o conselho do apóstolo a Timóteo foi bem contemporâneo: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido” (2Tm 3.14). Este era o grande desafio para os obreiros de Filipos. Por ser uma igreja nova na fé o perigo de os seus obreiros desviarem-se do alvo era iminente. Falsos ensinadores, os gnósticos e judaizantes, se multiplicavam nas cercanias da igreja filipense.
O apóstolo Paulo apesar de estar longe tinha o seu coração inclinado para comunidade de Filipos. Ele era um verdadeiro pastor. O seu coração era voltado para as ovelhas. Um líder que amava a Igreja. Aqui, salta aos olhos as características basilares de um verdadeiro pastor. É a mesma que pronunciou Jesus de Nazaré: “O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (Jo 10.11). Não há dúvidas que esta era à disposição do apóstolo. Somente dá a vida por alguém, aquele que compreende o real valor do outro. Para o apóstolo o valor de uma vida era incalculável. Por isso, mesmo preso, Paulo informa o seu plano de enviar Timóteo à Filipos e a ida de Epafrodito.
O que nos chama atenção é que estes obreiros são pessoas da maior confiança de Paulo. Eles haviam aprendido o modelo paulino de liderança. Eles sabiam que o exercício do ministério de serviço (pastorado) deve levar em conta a humildade, a disposição e o amor pelas pessoas que constituem o rebanho. O ministério pastoral nunca pode ser encarado numa perspectiva dominadora; mas servidora, espontânea e voluntária. É naquele “espírito” de Pedro: “apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente [...] nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1Pe 5.2,3).
Nesta lição cabe uma reflexão do pastorado contemporâneo à luz do contexto evangélico atual. A cada ano a igreja evangélica se torna mais forte, midiática, política e numerosa. A tentação de homens desejarem o “episcopado” pela motivação errada é enorme. Não há outro caminho a ser feito para evitar as motivações erradas que o da humilhação, voluntariedade e simplicidade. Por isso todo candidato ao Santo Ministério precisa beber muito dos Evangelhos e dos Apóstolos.
A Fidelidade dos Obreiros do Senhor - Lição 06 2013
Lição 06
A FIDELIDADE DOS
OBREIROS DO SENHOR
11
de agosto de 2013
Professor Alberto
TEXTO ÁUREO
“Espero, porém, no Senhor Jesus, mandar-vos Timóteo, o mais breve
possível, a fim de que eu me sinta animado também, tendo conhecimento da vossa
situação” (Fp 2.19 - ARA).
VERDADE PRÁTICA
Os obreiros do Senhor devem estar
conscientes quanto à sua responsabilidade no santo ministério.
COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO
“Espero, porém, no Senhor Jesus, mandar-vos Timóteo, o mais breve
possível, a fim de que eu me sinta animado também, tendo conhecimento da vossa
situação” (Fp 2.19 - ARA).
Nosso
texto áureo está inserido dentro das considerações do apóstolo Paulo em enviar
a igreja de Filipos dois dos seus fiéis cooperadores: Timóteo e Epafrodito (Fp
2.19-30).
O apóstolo
Paulo tinha esperança de visitar os irmãos filipenses (Fp 2.24), mas seu estado
prisional em Roma não o permitia naquele momento.
Paulo
então apresenta as credenciais de Timóteo (Fp 2.19-23), e envia Epafrodito por
julgar ser necessário que assim o fizesse (Fp 2.25).
No nosso
Subsídio
do Ensinador Cristão, encontramos uma matéria intitulada: A fidelidade dos Obreiros do Senhor,
que apresenta as seguintes considerações:
“Certa
feita escrevendo a Timóteo Paulo disse: “os homens maus e
enganadores irão de mal a pior, enganando e sendo enganado” (2Tm 3.13).
Mas o
conselho do apóstolo a Timóteo foi bem contemporâneo: “Tu,
porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de
quem o tens aprendido” (2Tm 3.14).
Este era
o grande desafio para os obreiros de Filipos. Por ser uma igreja nova na fé o
perigo de os seus obreiros desviarem-se do alvo era iminente. Falsos
ensinadores, os gnósticos e judaizantes, se multiplicavam nas cercanias da
igreja filipense.
O
apóstolo Paulo apesar de estar longe tinha o seu coração inclinado para
comunidade de Filipos. Ele era um verdadeiro pastor. O seu coração era voltado
para as ovelhas. Um líder que amava a Igreja. Aqui, salta aos olhos as
características basilares de um verdadeiro pastor. É a mesma que pronunciou
Jesus de Nazaré: “O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (Jo
10.11).
Não há
dúvidas que esta era à disposição do apóstolo. Somente dá a vida por alguém,
aquele que compreende o real valor do outro. Para o apóstolo o valor de uma
vida era incalculável. Por isso, mesmo preso, Paulo informa o seu plano de
enviar Timóteo à Filipos e a ida de Epafrodito.
O que
nos chama atenção é que estes obreiros são pessoas da maior confiança de Paulo.
Eles haviam aprendido o modelo paulino de liderança. Eles sabiam que o
exercício do ministério de serviço (pastorado) deve levar em conta a humildade,
a disposição e o amor pelas pessoas que constituem o rebanho.
O
ministério pastoral nunca pode ser encarado numa perspectiva dominadora; mas
servidora, espontânea e voluntária. É naquele “espírito” de Pedro: “apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo
cuidado dele, não por força, mas voluntariamente [...] nem como tendo domínio
sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1Pe 5.2,3).
Nesta
lição cabe uma reflexão do pastorado contemporâneo à luz do contexto evangélico
atual. A cada ano a igreja evangélica se torna mais forte, midiática, política
e numerosa. A tentação de homens desejarem o “episcopado” pela motivação errada
é enorme. Não há outro caminho a ser feito para evitar as motivações erradas
que o da humilhação, voluntariedade e simplicidade. Por isso todo candidato ao
Santo Ministério precisa beber muito dos Evangelhos e dos Apóstolos”.
RESUMO DA LIÇÃO
06
A FIDELIDADE DOS OBREIROS DO SENHOR
I. - A PREOCUPAÇÃO DE PAULO COM A
IGREJA
1. Paulo, um líder comprometido com o
pastorado.
2. Paulo, o mentor de novos obreiros.
3. Paulo, um líder que amava a igreja.
II. O ENVIO DE TIMÓTEO À FILIPOS
(2.19-24)
1. Paulo dá testemunho por Timóteo.
2. O modelo paulino de liderança.
3. As qualidades de Timóteo (2.20-22).
III. - EPAFRODITO, UM OBREIRO
DEDICADO (2.25-30)
1. Epafrodito, um mensageiro de
confiança.
2. Epafrodito, um verdadeiro
missionário.
3. Paulo envia Epafrodito.
INTERAÇÃO
“Eu
sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas”.
É assim que
Jesus é apresentado aos seus discípulos pela narrativa do Evangelho de João.
O bom Pastor
doa a sua vida às ovelhas.
Ele não espera
receber nada em troca do seu exercício ministerial, a não ser a alegria e a
grata satisfação em ver uma vida, outrora em frangalhos, mas agora em perfeito
juízo com a mente e o coração imersos no Evangelho.
O verdadeiro
pastor sabe bem a dimensão profunda daquilo que significa “apascentai
o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas
voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo
domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1Pe 5.2,3).
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Reconhecer a preocupação de Paulo com a Igreja.
Pontuar o modelo paulino de liderança.
Inspirar-se à
prática cristã com o exemplo de Epafrodito.
COMENTÁRIO
PALAVRA CHAVE
FIDELIDADE: Qualidade de fiel; lealdade.
I.
A PREOCUPAÇÃO DE PAULO COM A IGREJA
1. Paulo, um líder comprometido com o
pastorado.
O versículo do texto áureo revela o coração
amoroso de Paulo que, apesar de encarcerado, ansiava por notícias dos irmãos na
fé.
O apóstolo temia que a igreja filipense ficasse
exposta aos “lobos devoradores” que se aproveitam da vulnerabilidade e da
fragilidade das “ovelhas” a fim de “devorá-las” (Mt 10.16; At 20.29).
Paulo se preocupava com a segurança espiritual do
rebanho de Filipos e esforçava-se ao máximo para atendê-lo.
2. Paulo, o mentor de novos obreiros.
O apóstolo apresenta dois obreiros especiais para
auxiliar a igreja de Filipos.
Primeiramente, Paulo envia Timóteo, dando
testemunho de que ele era um obreiro qualificado para ouvir e atender às
necessidades espirituais da igreja.
Em seguida, o apóstolo valoriza um obreiro da
própria igreja filipense, Epafrodito.
Este gozava de total confiança de Paulo, pois
preservava a pureza do Evangelho recebido.
O apóstolo Paulo ainda destaca a integridade
desses dois servos de Deus contra a avareza dos falsos obreiros (v.21).
Estes são líderes que não zelam pela causa de
Cristo, mas se dedicam apenas aos seus próprios interesses.
3. Paulo, um líder que amava a igreja.
Ao longo de toda a Carta aos Filipenses, percebemos
que a relação do apóstolo Paulo para com esta igreja era estabelecida em amor.
Não era uma relação comercial, pois o apóstolo
não tratava a igreja como um negócio.
Ele não era um gerente e muito menos um patrão.
A melhor figura a que Paulo pode ser comparado em
seu comportamento em relação à igreja é a de um pai que ama os seus filhos
gerados na fé de Cristo.
Todas as palavras do apóstolo — admoestações,
exortações e deprecações — demonstram um profundo amor para com a igreja de
Filipos.
Precisamos de obreiros que amem a Igreja do
Senhor.
Esta é constituída por pessoas necessitadas,
carentes, mas, sobretudo, desejosas de serem amadas pelos representantes da
igreja (2Tm 2.1-26).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O compromisso pastoral do apóstolo
Paulo passava pela mentoria que ele exercia sobre os novos obreiros e por seu
amor pela igreja. Ele não era gerente de uma instituição, mas pastor de uma
igreja.
II.
O ENVIO DE TIMÓTEO À FILIPOS (2.19-24)
1. Paulo dá testemunho por Timóteo.
O envio de Timóteo à Filipos tinha a finalidade
de fortalecer a liderança local e, consequentemente, todo o Corpo de Cristo.
Além de enviar notícias suas à igreja, Paulo
também esperava consolar o seu coração com boas informações acerca daquela
comunidade de fé.
Assim, como Timóteo era uma pessoa de sua inteira
confiança, considerado pelo apóstolo como um filho (1Tm 1.2), tratava-se da
pessoa indicada para ir a Filipos, pois sua palavra à igreja seria íntegra,
leal e no temor de Deus.
Paulo estava seguro de que o jovem Timóteo teria
a mesma atitude que ele, ou seja, além de ensinar amorosa e abnegadamente,
pregaria o evangelho com total comprometimento a Cristo (v.20).
2. O modelo paulino de liderança.
Timóteo, Epafrodito e Tito foram obreiros sob a
liderança de Paulo.
Eles aprenderam que o exercício do santo
ministério é delineado pela dedicação, humildade, disposição e amor pela obra
de Deus.
Qualquer obreiro que queira honrar ao Senhor e
sua Igreja precisa levar em conta os sofrimentos enfrentados pelo Corpo de
Cristo na esperança de ser galardoado por Deus.
Nessa perspectiva, o principal ensino de Paulo
aos seus liderados era que o líder é o servidor da Igreja.
O apóstolo aprendera com Jesus que o líder
cristão deve servir à Igreja e jamais servir-se dela (Mt 20.28).
3. As qualidades de Timóteo (2.20-22).
Timóteo aprendeu muito com Paulo em relação à
finalidade da liderança.
Ele se solidarizou com o apóstolo e dispôs-se a
cuidar dos interesses dos filipenses como um autêntico líder.
Paulo declarou aos filipenses que Timóteo, além
de “um caráter aprovado”, estava devidamente preparado para exercer a
liderança, pois tinha uma disposição de “servir” ao Senhor e à igreja.
Todo líder cristão precisa desenvolver uma
empatia com a igreja, tornando-se um marco referencial para toda a comunidade
de fé (1Tm 4.6-16).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O apóstolo desejou enviar Timóteo a
igreja de Filipos visando o fortalecimento da liderança local e,
consequentemente, de todo o Corpo de Cristo.
III.
EPAFRODITO, UM OBREIRO DEDICADO (2.25-30)
1. Epafrodito, um mensageiro de
confiança.
Epafrodito era grego, um obreiro local exemplar e
de caráter ilibado.
O apóstolo Paulo o elogia como um grande
“cooperador e companheiro nos combates”.
Sua tarefa inicial era a de ajudar o apóstolo
enquanto ele estivesse preso, animando-o e fortalecendo-o com boas notícias dos
crentes filipenses.
Epafrodito também fora encarregado de levar a
Paulo uma ajuda financeira da parte da igreja de Filipos, objetivando custear
as despesas da prisão domiciliar do apóstolo.
2. Epafrodito, um verdadeiro
missionário.
Epafrodito não levou apenas boas notícias para o
apóstolo, mas também propagou o Evangelho nas adjacências da cidade de Filipos.
Em outras palavras, Epafrodito era um autêntico
missionário.
À semelhança de Silvano e Timóteo (1Ts 1.1-7),
bem como Barnabé, Tito, Áquila e Priscila, ele entendia que, se o alvo era
pregar o Evangelho, até mesmo os sofrimentos por causa do nome de Jesus faziam
parte de seu galardão.
3. Paulo envia Epafrodito.
Filipenses 2.20 relata o desejo de Paulo em
mandar alguém para cuidar dos assuntos da igreja em Filipos.
O pensamento inicial era enviar Timóteo, pois
Epafrodito adoecera vindo quase a falecer.
Deus, porém, teve misericórdia desse obreiro e o
curou (v.27), dando ao apóstolo a oportunidade de enviá-lo à igreja em Filipos
(v.28).
Epafrodito possuía condições morais e emocionais
para tratar dos problemas daquela igreja.
Por isso, o apóstolo pede aos filipenses que o
recebam em Cristo, honrando-o como obreiro fiel (vv.29,30).
Que os obreiros cuidem da Igreja de Cristo com
amor e zelo, e que os membros do Corpo do Senhor reconheçam a maturidade, a
fidelidade e a responsabilidade dos obreiros que Deus dá à Igreja (Hb 13.17).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Epafrodito era um mensageiro de
confiança do apóstolo Paulo, um verdadeiro missionário. Foi enviado a Filipos
para cuidar de assuntos locais.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
A Igreja pertence a Cristo, e nós, os obreiros,
somos os servidores desta grande comunidade espalhada por Deus pela face da
terra.
Que ouçamos o conselho do apóstolo Pedro, e
venhamos apascentar “o rebanho de Deus [...], tendo cuidado dele,
não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo
pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo
ao rebanho” (1Pe 5.2,3).
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
CARLSON, R.; TRASK, T.
(et all.). Manual Pastor Pentecostal:
Teologia e Práticas Pastorais. 3 ed., RJ: CPAD, 2005.
MACARTHUR JR, J. Ministério Pastoral: Alcançando
a excelência no ministério cristão. 4 ed., RJ: CPAD, 2004.
RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do
Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2007.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Vida Cristã
“Quando a Igreja nasceu, no Dia de Pentecoste,
Deus começou a chamar ‘pastores’ para apascentar os rebanhos de fiéis que se
levantariam ao redor do mundo. Os pastores devem ser responsáveis pelo cuidado,
direção e ensinamentos que uma congregação recebe. Eles são dons para a igreja
(Ef 4.11), líderes necessários que devem ter vidas exemplares. Seu chamado ao
ministério é de procedência divina (At 20.28); seu exemplo é Jesus Cristo, e o
poder para fazerem esta incrível obra vem do Espírito Santo.
Julgo que os pastores têm de ser pentecostais
para que apascentem igrejas também pentecostais. Essa é ordem de Deus. Visto
que vivemos num dos tempos mais complicados e plenos de avanços tecnológicos
que este mundo jamais viu, é crucial que os líderes da Igreja do Senhor sejam
não só cheios mas também guiados pelo Espírito Santo. As pessoas são complexas;
suas dificuldades e problemas, também. Somente Deus pode capacitar-nos a
entendê-las e ajudá-las. À medida que os pastores empenham-se em auxiliar os
que se acham nas garras do alcoolismo, das drogas, do divórcio e de outras
incontáveis tragédias, precisam urgentemente de poder e discernimento do
Espírito para ministrar. Os métodos para se alcançar as pessoas mudam;
entretanto, nossa mensagem não pode mudar” (CARLSON, R.; TRASK, T. (et all.).
Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3 ed., RJ: CPAD,
2005, p.7).
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