segunda-feira, 29 de abril de 2013
CONFLITOS DE FAMILIA - AULA 5
Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos
2º Trimestre de 2013
Título: A Família Cristã no século XXI — Protegendo seu lar dos ataques do inimigo
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 5: Conflitos na família
TEXTO ÁUREO
“Eu, porém, esperarei no SENHOR; esperei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá” (Mq 7.7).
VERDADE PRÁTICA
Se buscarmos a graça de Deus e exercermos o amor que Ele nos concedeu, poderemos resolver todos os conflitos que surgirem em nossa família.
HINOS SUGERIDOS
235, 254, 318.
LEITURA DIÁRIA
Pv 31.10 - O valor da esposa virtuosa
Pv 31.11 - A confiança do esposo
Ef 6.4 - Criando os filhos sabiamente
Ef 6.1 - Respeito aos pais
Ef 6.2 - Filhos honrando os pais
Sl 119.11 - A família observando a Palavra
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Efésios 5.22-30.
22 - Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor;
23 - Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja: sendo ele próprio o salvador do corpo.
24 - De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos.
25 - Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela,
26 - Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,
27 - Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.
28 - Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.
29 - Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja;
30 - Porque somos membros do seu corpo.
INTERAÇÃO
Foi no Éden que a família vivenciou seu primeiro e maior conflito. A consequência desta desordem é sentida até hoje em todos os lares. Porém, Deus não foi pego de surpresa com o pecado do homem e já no Éden providenciou a solução para as famílias e para a iniquidade: Jesus Cristo. O Filho de Deus veio ao mundo como um bebê e experimentou a vida familiar. Atualmente, em Jesus, as famílias podem resolver seus conflitos. Com o amor verdadeiro no coração, que é resultado da graça divina, poderemos não somente vencer, mas evitar as confusões. Para isto precisamos convidar Jesus a fazer do nosso lar sua morada permanente. Que o Filho de Deus tenha a primazia em nossos lares.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Elencar alguns fatores que podem gerar conflitos entre os cônjuges.
- Analisar os resultados das atividades profissionais dos pais.
- Compreender a importância da fidelidade conjugal no casamento.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza, conforme as suas possibilidades, o quadro abaixo. Inicie a aula com a seguinte indagação: “Quais são os principais conflitos vivenciados pelas famílias na atualidade?”. Ouça os alunos com atenção. À medida que forem falando, vá preenchendo a primeira coluna do quadro. Depois faça a segunda pergunta: “Como podemos vencer esses conflitos?”. Ouça as respostas e preencha a segunda coluna do quadro. Conclua a atividade orando com os alunos e pedindo que Deus dê sabedoria para que os conflitos que tentam assolar as famílias sejam sanados com discernimento e prudência.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Conflito: Embate, discussão acompanhada de injúrias e ameaças; desavença.
Os conflitos familiares vêm de tempos imemoriais. No Éden, antes da Queda, havia um ambiente perfeito: harmônico e amoroso. Mas o casal, ouvindo o tentador, perdeu a doce comunhão com Deus, e a consequência não podia ser outra: o início de sérios conflitos familiares. A boa nova para os nossos dias é saber da possibilidade, em Cristo, de equacionarmos os problemas que, às vezes, afetam a família cristã.
I. DESENTENDIMENTO ENTRE OS CÔNJUGES
1. Temperamentos diferentes. Dentre os vários motivos existentes para justificar os desentendimentos entre os cônjuges, o que mais se destaca é o temperamento. Segundo os psicólogos, temperamento “é a combinação de características inatas que herdamos dos nossos pais que, de forma inconsciente, afetam o nosso comportamento”. De acordo com o conceito popular, podemos dizer que o temperamento é a maneira própria pela qual reagimos aos diversos estímulos e situações que se nos apresentam cotidianamente (Gn 25.27). Mas, pelo amor, podemos (e devemos) vencer todas as nossas diferenças, a fim de que tenhamos um casamento feliz (1Pe 4.8).
2. Fatores que trazem conflitos. Diversos são os fatores que desencadeiam conflitos no lar. Eis alguns deles:
a) Falta de confiança. O casamento só tem sentido quando é estabelecido na plena confiança do amor verdadeiro, pois o amor folga com a verdade (1Co 13.6). Quando há amor entre o casal não há motivos para desconfianças ou ciúmes (1Co 13.5b). Há quem pense que o ciúme desenfreado é prova de amor. Grande engano! É loucura que pode, inclusive, colocar em risco a estabilidade conjugal.
b) Tratamento grosseiro. Onde o Espírito Santo se faz presente há perfeito amor, paz, alegria e longanimidade, que é a paciência para se suportar as falhas alheias (Gl 5.22). Uma das formas de demonstrarmos o fruto do Espírito é vista na maneira como usamos nossas palavras, pois a palavra branda joga para longe o furor. Mas os conflitos entre os cônjuges suscitam ira, ódio e destruição (Pv 15.1). E a forma com que tratamos uns aos outros é vista por Deus como uma referência para designar quem é sábio ou não, pois a sabedoria é manifesta em obras de mansidão (Tg 3.13).
c) Dívidas. As dívidas ocasionam muitos conflitos familiares, chegando até mesmo a terminar um relacionamento conjugal. Quando uma pessoa se endivida não pensa em mais nada a não ser nas dívidas. Algumas pessoas até adoecem. Assim, precisamos ouvir a Palavra de Deus e nada dever a ninguém (Rm 13.8). Através de um planejamento eficiente, bom senso e autocontrole podemos fugir das dívidas. Faça isso para o bem-estar da sua família (Pv 11.15; 22.7,26)!
d) Infidelidade. Quando o cônjuge encobre a sua conduta pecaminosa o pecado vem a público inesperadamente (Lc 12.2). O casamento sofre um duro golpe, os filhos ficam sem direção e a família transtorna-se. É imperativo que os cônjuges evitem, a todo o custo, o envolvimento extraconjugal. Além de ser um grave pecado contra Deus, é uma ofensa contra o cônjuge, filhos e filhas (ler Pv 5.3-6). A infidelidade contra o cônjuge é infidelidade contra Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Falta de confiança, tratamento grosseiro, dívidas e infidelidade podem causar conflitos familiares.
II. ATIVIDADES PROFISSIONAIS DOS PAIS
1. A mulher no mercado de trabalho. Devido às modernas demandas sociais, a mulher deixou de se dedicar exclusivamente às funções domésticas, e passou também a exercer funções em empresas e organizações diversas, ocupando a maior parte do seu tempo em atividades profissionais. Mas essa mudança tem trazido sérias consequências. Há mais de uma década, para cada dez homens que morria de infarto, apenas uma mulher sofria desse mal. Hoje, o número de mulheres que morre desse mal subiu para quatro.
2. A ausência dos pais prejudica a criação dos filhos. Sem a presença dos pais, as crianças ficam desorientadas. Muitas vezes elas convivem com pessoas que não têm a menor capacitação para educá-las. Por outro lado, algumas crianças ficam o dia todo em frente da “babá eletrônica”, a televisão, ou com a “mestra eletrônica”, a internet. Ali, são “educadas” pelos heróis artificiais. As figuras do pai e da mãe presentes estão cada vez mais escassas. Tal ausência é sentida quando os nossos filhos entram na adolescência, uma fase de novidades e mudanças bruscas.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Os pais podem trabalhar fora, todavia, não podem descuidar da educação de seus filhos. A educação dos filhos deve ser prioridade.
III. MÁ EDUCAÇÃO DOS FILHOS
1. Educação prejudicada. A melhor escola ainda é o lar. Precisamos ensinar a Palavra de Deus aos nossos filhos na admoestação do Senhor (Ef 6.4; Pv 22.6). Infelizmente, o excesso de ocupação dos pais relegou a educação dos filhos às instituições educacionais. Esperando que tais entidades construam o caráter dos seus filhos, os pais ignoram a família como instituição responsável pela formação espiritual e moral da criança. Muitos não acompanham a rotina escolar dos filhos e sequer a filosofia pedagógica adotada pela instituição de ensino.
2. Quem são os professores? Infelizmente, são graves os prejuízos à nação na área educacional. Os “mestres” das crianças, hoje, são os artistas e as empresas de telecomunicação. É comum ver as nossas crianças e adolescentes prostrados diante da TV, consumindo todo tipo de má educação. Mas é raro vê-los nos cultos de oração e ensino da Palavra. Que a igreja local invista nos professores de Escola Dominical. Que os professores da Escola Dominical se preparem eficazmente para o grande desafio de ensinar a Palavra de Deus num mundo que jaz no maligno (Rm 12.7).
3. Falta de estrutura espiritual e moral. A ausência de Deus é o inimigo número um do lar. É essencial que aqueles que constituem família convidem Jesus, o maior educador de todos os tempos, a estar presente em seu lar. É indispensável que os pais, com a assistência da Igreja, optem por servirem a Deus, contrariando as propostas do mundo (Js 24.15). Realizemos o culto doméstico e, juntamente com os nossos filhos, estudemos a Bíblia. Não nos esqueçamos: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam” (Sl 127.1).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A ausência de Deus é o inimigo número um do lar. Jesus, o maior educador de todos os tempos, precisa estar presente em nossos lares.
CONCLUSÃO
Sempre haverá conflitos nas relações familiares, mas a família cristã precisa saber como contornar tais conflitos à luz da Palavra de Deus. Com o amor verdadeiro no coração, poderemos não somente vencer, mas igualmente evitar os conflitos. Basta ter a Jesus como o hóspede de nosso lar.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ADEI, S. Seja o líder que sua família precisa. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.
GANGEl, K. O. & GANGEl, J. S. Aprenda a ser Pai com o Pai. Tornando-se o pai que Deus quer que você seja. 1 ed., RJ: CPAD, 2004.
GANGEl, K. O. & GANGEl, J. S. Aprenda a ser Pai com o Pai. Tornando-se o pai que Deus quer que você seja. 1 ed., RJ: CPAD, 2004.
EXERCÍCIOS
1. Dentre os motivos dos conflitos familiares, qual se destaca?
R. O temperamento.
2. Cite pelo menos três fatores que trazem conflitos.
R. Falta de confiança, tratamento grosseiro e dívidas.
3. O que acontece às crianças quando ficam sem a presença dos pais?
R. Sem a presença dos pais, as crianças ficam desorientadas.
4. Quem é a principal responsável pela formação espiritual e moral da criança?
R. A família.
5. Que forma de auxílio diferenciado o servo de Deus conta?
R. Com o amor verdadeiro no coração, poderemos não somente vencer, mas evitar os conflitos.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Devocional
“Zelo Bíblico como Relacionamento
Nós acreditamos que o companheirismo permanece sendo o propósito primário do casamento. Apesar de todas as coisas maravilhosas que Deus criou no jardim do Éden, elas eram inadequadas para suprir as necessidades de Adão. Nenhum dos animais, esplêndidos como devem ter sido antes da queda, podiam oferecer uma companhia adequada para ele. Naquele momento o Senhor criou a primeira família. Em Gênesis 2.18, Deus disse: ‘Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja diante dele.’ Aqui está de novo — paternidade segue a parceria. Paternidade depende de fidelidade. O papel estratégico do relacionamento marido/esposa no casamento estabelece um ponto central no alvo familiar. Tudo mais é secundário. Tudo o mais é inferior, porque quando o companheirismo não funciona, a família não pode funcionar.
Nós, pais, permanecemos no pináculo estabelecido por Deus, em nossa unidade familiar, por isso somos ao mesmo tempo gratos, temerosos e esperançosos no que se refere a nossa tarefa de liderança e ao nosso zelo divino (cuidado estabelecido pela aliança) por nossos relacionamentos no casamento” (GANGEL, K. O. & GANGEL, J. S. Aprenda a ser pai com o Pai: Tornando-se o pai que Deus quer que você seja. 1 ed., RJ: CPAD, 2004, pp.72-3).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliológico
“Esta passagem [Ef 5.19-21] tem sido deturpada e fica quase irreconhecível em algumas interpretações. Muitas vezes ouço pessoas fazendo malabarismos com essa passagem em favor daquele versículo que diz que as esposas têm que se submeter aos seus maridos — que os homens são o cabeça da casa. Mas pegar esse versículo isolado da passagem anterior destrói o significado da Escritura. Nós podemos ser tentados a controlar os outros, para transformá-los em alguma espécie de imagem que nós formamos. Mas este tipo de intolerância não é o que Paulo está falando. A ideia de Paulo era que maridos e esposas devem submeter-se mutuamente. Eles devem ser sensíveis às necessidades um do outro e fazer o possível para alcançá-las. Eles precisam ver seus cônjuges como distintos, como independentes deles, com necessidades peculiares, e não devem controlar ou dominar o esposo, ou a esposa, ou dizer a eles como devem viver. também não devem viver inteiramente separados do seu parceiro. Paulo idealizou uma interação íntima e santa entre marido e mulher: ‘Assim também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido’ (Ef 5.33)” (HAWKINS, D. 9 erros críticos que todo casal comete: Identifique as armadilhas e descubra a ajuda de Deus. 3 ed., RJ: CPAD, 2010, p.93).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Conflitos na Família
A vida em sociedade nunca foi livre de conflitos, e o mesmo se dá no lar. Nenhuma família está isenta de passar por situações em que seus membros não apenas possuem opiniões diferentes, mas apresentam muitas vezes reações emocionais extremas quando contrariados. Independente da existência de conflitos, eles devem ser tratados de forma coerente, bíblica e, acima de tudo, de forma que Deus seja honrado e a unidade da família seja preservada. Dentre as diversas formas de conflitos na família, destacamos:
Brigas na família — Cada pessoa na família possui um temperamento diferente. Temperamento e, em síntese, a forma com que reagimos diante de situações e estímulos. Ainda que tenham temperamentos diferentes, somos desafiados a agir não de acordo com nossos temperamentos, mas sim de acordo com a presença de Deus em nossas vidas.
Atividades dos pais — Em nossos dias, temos visto que pais e mães de família têm se dedicado muito ao trabalho, devido aos muitos desafios financeiros e o custo de vida cada vez mais alto. Isso pode prejudicar a família, se os pais não tiverem um tempo adequado para ficar com seus filhos, participar da educação deles, passar-lhes as tradições da família e acima de tudo, repassar-lhes a fé em Deus e no evangelho.
Questões financeiras — Conflitos familiares podem advir de questões financeiras. Um cônjuge que não possui controle de gastos e tem propensões consumistas pode atrapalhar seu casamento, pois coloca em risco a economia de toda a família. Os cônjuges precisam ter um controle correto de seus gastos, aprender a gerir corretamente seus recursos financeiros e evitar desconfortos que atrapalhem a convivência. É preciso aprender a poupar, tentar comprar a vista os bens necessários e abster-se de adquirir coisas que não são necessárias naquele momento. Todo cuidado nessa esfera é importante, a fim de que a família não passe necessidade por culpa de um de seus membros que não possui domínio próprio.
quinta-feira, 11 de abril de 2013
O CASAMENTO BIBLICO - EBD 2013/2
Lição 02
O CASAMENTO BÍBLICO
Alberto Araújo
TEXTO ÁUREO
“Portanto, deixará o varão o seu pai e
a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.24).
VERDADE PRÁTICA
O casamento é uma instituição divina,
sendo constituído pela união indissolúvel de um homem e de uma mulher:
monogâmico e heterossexual.
COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO
“Portanto,
deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos
uma carne”
(Gn 2.24).
O texto áureo deste domingo é
uma declaração divina sobre o casamento, as mesmas palavras o Senhor Jesus
repetiu em Mateus 19.4-5 em forma de pergunta: “Ele,
porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez no
princípio macho e fêmea os fez, E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e
se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne?”.
Podemos através desta
declaração do Senhor Jesus verificar que a criação do homem e da mulher é um
acontecimento histórico e aceito por Ele como verdade, Deus é o criador dos
céus e da terá, Ele é o criador do homem e da mulher, essa criação não foi algo
arbitrário, mas há um propósito, viver um para outro, através do casamento.
O Senhor Jesus cita o
versículo 24 de Gênesis 2, apresentando as palavras proferidas por Adão, mas o
Senhor Jesus usa essa citação como se fossem palavras proferidas por Deus.
Assim a aplicação feita pelo Senhor Jesus a essas palavras lhes atribui um
valor profético, porque se aplicam a todas as gerações dos homens e também um
valor espiritual, porquanto representam um princípio do código divino.
O primeiro casal feito por
Deus é formado de um homem (macho) e uma mulher (fêmea), sendo, assim, os
representantes do princípio da união matrimonial.
O Senhor Jesus mostrou que o
casamento deve ser mais do que uma necessidade biológica ou uma prática social,
ou ainda uma exigência psicológica, deve ter base em finalidades espirituais,
teístas e metafísicas.
A própria natureza requer uma
união indissolúvel.
Com essa citação o Senhor
Jesus quis ensinar a indissolubilidade do matrimônio, devido à sua própria
natureza. A vida física de qualquer
indivíduo impede a dissolução de seu organismo. Por semelhante modo, a
continuação da vida física do esposo e de sua esposa impede a dissolução de seu
casamento. Somente a dissolução da “carne”, por meio da morte, pode causar a
dissolução do casamento.
A expressão “unir-se-á” literalmente
do grego é colará, termo que ilustra e enfatiza a idéia de coesão permanente.
A expressão “uma só carne” indica a união total de duas
personalidades à vista de Deus, mas talvez implique também numa verdade
metafísica, isto é, que a personalidade humana não se completa enquanto não
houver macho e fêmea, como na eletricidade, pólo positivo e pólo negativo.
O Senhor Jesus declara em
Mateus 19.6, “o que Deus ajuntou”. Portanto
Deus é o criador e preservador do casamento. Assim como o nosso texto áureo
fala de “unir-se-á” como cola, a palavra de Mateus 19.6 é “ajuntou”, ou seja, do grego jungir, termo
esse comumente usado no grego clássico para expressar os laços matrimoniais,
jungir significa ter alvos comuns,
propósitos ou trabalhos que ambas as pessoas tomam a responsabilidade de
cumprir como um casal, tal como dois animais “jungidos” cumprem juntamente o
serviço que deles é exigido.
Portanto, nosso texto áureo,
aponta para o casamento. Os termos “casamento” e “matrimônio” são equivalentes
e ambos usados para traduzir o grego gamos.
O termo grego gamos, indica
também “bodas” (Jo 2.1-2) e “leito”
conjugal (Hb 13.4).
Trata-se de uma instituição
estabelecida pelo Criador desde a criação, na qual um homem e uma mulher se
unem em relação legal, social, espiritual e de caráter indissolúvel (Gn
2.20-24; Mt 19.5-6).
O matrimônio recebe o nome
hebraico de kidushin (consagração, santificação ou dedicação), pois o
casamento é uma ocasião sagrada no judaísmo. É um mandamento divino, a criação
de um laço sagrado.
É no casamento que acontece o
processo legítimo de procriação, o casamento bíblico de um homem e uma mulher
está o potencial da perpetuação da
espécie humana (Gn 1.27-28), gerando a oportunidade para a felicidade humana e
o companheirismo.
A intimidade, o amor, a
beleza, a alegria e a reciprocidade que o casamento proporciona fazem dele o
símbolo da união e do relacionamento entre Cristo e a sua igreja (2 Co 11.2; Ef
5.31-33; Ap 19.7). Essa figura é notada desde o Antigo Testamento.
“Da
indissolubilidade
A natureza indissolúvel do
casamento vem desde a sua origem: ‘Portanto, deixará o
varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só
carne’ (Gn 2.24).
O Senhor Jesus Cristo disse
que essa passagem bíblica significa a indissolubilidade do casamento: ‘Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que
Deus ajuntou não separe o homem’ (Mt 19.5,6).
É uma união íntima entre duas
pessoas de sexos opostos que assumem publicamente o compromisso de viverem
juntas; é uma aliança solene, um pacto sagrado, legal e social. Não existe no
universo, entre os seres vivos inteligentes, uma intimidade maior do que entre
marido e mulher, exceto apenas entre as três pessoas da Trindade.
O voto solene de fidelidade
um ao outro ‘até que a morte os separe’, que
se ouve dos nubentes numa cerimônia de casamento, não é mera formalidade.
Isso tem implicações profundas diante de Deus:
‘Porque o SENHOR, foi testemunha entre ti e a mulher da tua
mocidade’ (Ml 2.14).
O compromisso que os noivos
assumem é diante de Deus, independentemente de o casal ser ou não crente em
Jesus. Isso diz respeito ao casamento per si, vinculado de maneira intrínseca à
sua natureza, pois assim Deus estabeleceu essa aliança ‘até que a morte os
separe’” (SOARES, E. Casamento, Divórcio & Sexo à Luz da
Bíblia. 1 ed., RJ: CPAD, 2011, pp.16-7).
LEITURA DIÁRIA
1
Co 7.1,2 – Uma mulher, um marido
Ef
5.25-27 – Ao marido: o amor faz sacrifícios
Ef
5.22-24 – A mulher: participante da mesma missão
1
Tm 3.2 – O bispo: marido de uma mulher
Gn
2.24 – A monogamia é o modelo divino para o casamento
Gn
29.21-23,28-31; 30.1-10 – A poligamia e as suas tragédias.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis
1.27,31; 2.18,20-24.
Gênesis 1
27 - E criou Deus o homem à sua
imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.
31 - E viu Deus tudo quanto tinha
feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã: o dia sexto.
Gênesis 2
18- E disse o SENHOR Deus: Não é bom
que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.
20 - E Adão pôs os nomes a todo o
gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para o homem não se
achava adjutora que estivesse como diante dele.
21 - Então, o SENHOR Deus fez cair um
sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e
cerrou a carne em seu lugar.
22 - E da costela que o SENHOR Deus
tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.
23 - E disse Adão: Esta é agora osso
dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do
varão foi tomada.
24 - Portanto, deixará o varão o seu
pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.
RESUMO DA LIÇÃO 02
O
CASAMENTO BÍBLICO
I. O PRINCÍPIO DA MONOGAMIA
1.
Monogamia X Bigamia.
2.
A poligamia torna-se comum
3.
Em o Novo Testamento a poligamia é condenada por Jesus e pelo apóstolo Paulo.
II. O PRINCÍPIO DA
HETEROSSEXUALIDADE
1.
“Macho e fêmea os criou”.
2.
“E se unirá à sua mulher”.
III. A INDISSOLUBILIDADE DO
CASAMENTO
1.
Uma só carne.
2.
A porta de entrada para o divórcio.
INTERAÇÃO
Professor, nesta
lição você ensinará a respeito do casamento.
Leia o texto
bíblico com atenção e medite na bênção que é o matrimônio.
A união entre um
homem e uma mulher não é somente para a perpetuação da raça humana, mas para a
formação da família, a instituição mais importante de uma sociedade.
O casamento tem
sido atacado violentamente pelo Diabo.
O número de
divórcios, até mesmo entre os crentes, vem aumentando. O matrimônio é uma
aliança divina, um sacramento indissolúvel.
A igreja do
Senhor Jesus, como “coluna e firmeza da verdade” deve trabalhar em favor da família, defendendo o
casamento monogâmico, heterossexual e indissolúvel.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Analisar os
princípios da monogamia.
Explicar os
princípios da heterossexualidade.
Conscientizar-se da
indissolubilidade do casamento.
COMENTÁRIO
introdução
PALAVRA
CHAVE
CASAMENTO:
É a união legítima entre um homem e uma mulher.
O QUE A
BÍBLIA DIZ SOBRE O CASAMENTO
Gênesis
2.18-24 — O casamento é uma ideia de Deus.
Gênesis
24.58-60 — O compromisso é essencial para um casamento bem-sucedido.
Gênesis
29.10,11 — O romance é importante.
Jeremias
7.34 — O casamento proporciona momentos de imensa felicidade.
Malaquias
2.14,15 — O casamento cria o melhor ambiente para a educação dos filhos.
Mateus
5.32 — A infidelidade quebra o vínculo da confiança, que é a base de todos os
relacionamentos.
Mateus
19.6 — O casamento é permanente.
Romanos
7.2,3 — O correto é que apenas a morte dissolva um casamento.
Efésios
5.21-33 — O casamento está baseado nos princípios práticos do amor, não em
sentimentos.
Efésios
5.23-32 — O casamento é um símbolo vivo
de Cristo e a Igreja.
Hebreus 13.4
— O casamento é bom e honroso.
As
Escrituras ensinam que homem e mulher foram feitos “à imagem
de Deus” (Gn 1.27).
Após Deus
formar o homem (Gn 2.7), formou também a mulher (v.22).
Essa foi a
segunda grande decisão divina no tocante à existência da humanidade. Deus uniu
o homem à mulher, instituindo assim o casamento, não apenas para a perpetuação
da raça humana, mas para a formação do casal e, consequentemente, de toda a
família.
I.
O PRINCÍPIO DA MONOGAMIA
1. Monogamia X Bigamia.
A palavra monogamia vem de dois vocábulos gregos: monos (único) e
gamós (casamento), significando um único homem para uma única mulher.
Desde o Gênesis, vemos a monogamia como o modelo de união arquitetado
por Deus para o casamento e a formação da família (Gn 2.24).
Porém, o primeiro registro da bigamia também está no livro dos começos
— Lameque, filho de Metusalém (Gn 4.18; 5.25), por razões não explicadas, teve
mais de uma esposa (Gn 4.19).
Tempos depois, Esaú, filho de Isaque, desobedeceu a Deus e casou-se
com duas mulheres heteias (Gn 26.34,35).
No primeiro livro de Samuel, temos o caso de Elcana que tinha duas
mulheres.
O resultado não poderia ser outro: invejas, intrigas e brigas (1 Sm
1.4-8).
2. A poligamia torna-se comum.
Abraão incorreu nesse grave erro.
Por sugestão de sua mulher, Sara, que era estéril, o pai da fé uniu-se
a Agar, serva de sua esposa.
Era o concubinato acontecendo na família de Abraão (Gn 16), vindo
Ismael a nascer como fruto daquela relação.
Transtornos familiares, históricos e espirituais foram inevitáveis
naquele clã.
Isaque, considerado filho da promessa, casou-se aos 40 anos, com uma
esposa escolhida por seu pai, e preferiu viver um casamento monogâmico,
honrando Rebeca, sua esposa, e principalmente, honrando ao Senhor.
O Antigo Testamento descreve a poligamia e as suas tragédias na vida
de Jacó (Gn 29.21-23,28-31; 30.1-10) e na dos reis de Israel (1 Rs 11.4,7-9).
3. Em o Novo Testamento, a poligamia é
condenada por Jesus e pelo apóstolo Paulo.
Certa feita, os fariseus aproximaram-se de Jesus e interrogaram-no se
era lícito ao homem repudiar a “sua mulher” por qualquer motivo (Mt 19.3).
Note que eles não perguntaram “deixar suas
mulheres”.
A resposta do Senhor remonta às origens do casamento e da própria
criação (Mt 19.5,6 cf. Gn 2.24).
Jesus refere-se apenas a “uma”
esposa, e as epístolas fundamentam-se nos evangelhos ao tratar desse tema.
a) Uma esposa e um marido. Não há nada
tão claro quanto à monogamia nos ensinos do apóstolo Paulo.
Aos coríntios, por exemplo, ele ensinou que cada um deve ter a sua
própria mulher e esta o seu próprio marido (1 Co 7.1,2), numa prevenção clara
contra a prostituição.
b) A harmonia conjugal. Na epístola
aos Efésios, Paulo ensina a submissão da esposa ao marido. Ao marido, ele
exorta a amar a sua esposa, como Cristo amou a Igreja, sacrificando-se por ela
(Ef 5.25; Cl 3.19).
Aqui, a harmonia conjugal é um dos fatores que reforçam a monogamia, e
ambas são valorizadas conforme o plano original de Deus para o casamento entre
um homem e uma mulher.
c)
A monogamia na liderança cristã. Para os líderes da igreja, Paulo exorta: “Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma
mulher” (1 Tm 3.2 — sem grifos no
original).
O diácono também deve ser “marido de uma mulher” (1 Tm 3.12).
A liderança deve ser o exemplo dos fiéis em tudo, e esse exemplo
inclui o casamento (1 Tm 4.12).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A monogamia é o modelo de união arquitetado por Deus para a
humanidade.
II.
O PRINCÍPIO DA HETEROSSEXUALIDADE
1. “Macho e fêmea ou criou”.
Deus criou “o homem”, um ser masculino (Gn 1.26),
e também fez a mulher, um ser feminino (Gn 1.27).
Em outras palavras, Deus não uniu dois machos ou duas fêmeas. Não! Ele
uniu um homem com uma mulher, demonstrando a natureza e o padrão divino da
heterossexualidade.
As Santas Escrituras são claras ao condenarem — assim como o
adultério, a prostituição, a perversidade, a idolatria, a mentira, o falso
testemunho etc. — a prática do homossexualismo, quer masculino, quer feminino
(Lv 18.22; Rm 1.26).
2. “E se unirá à sua mulher”.
Após realizar o primeiro casamento, o Criador disse: “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e
apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.24).
Veja que o Senhor é taxativo ao falar ao homem a respeito da sua
vocação heterossexual: “apegar-se-á à sua
mulher”.
Por isso, olhemos para as Escrituras e olhemos para o ciclo da vida
humana e, inequivocamente, concordaremos: se não fosse a união heterossexual,
promovida por Deus, desde o princípio, a raça humana não teria subsistido.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Deus uniu o homem e a mulher para
demonstrar o padrão divino da heterossexualidade.
III.
A INDISSOLUBIDADE DO CASAMENTO
1. Uma só carne.
A fim de proporcionar uma vida conjugal abundante, o Criador planejou
uma união histórica, indissolúvel e permanente (Gn 2.24).
O matrimônio entre homem e mulher seria para sempre!
Tristemente, o pecado ruiu o princípio divino da continuidade do
casamento, trazendo o divórcio e separando famílias.
O plano de Deus, entretanto, ainda pode ser encontrado nas palavras de
Jesus: “o que Deus ajuntou não separe o homem” (Mt
19.6).
2. A porta de entrada para o divórcio.
Há situações em que a falta de união e de amor no casamento, talvez
motivados pela desobediência a Deus, pelo orgulho e pela falta de perdão, fazem
a convivência do casal tornar-se uma grande fachada.
Por conveniência, o casal apresenta-se à sociedade ou à igreja local
numa aparente alegria matrimonial, mas na intimidade, a união tornou-se insuportável.
É necessário que a Igreja esteja pronta para auxiliar os casais que
passam por crises conjugais, e motivá-los sempre a permanecerem unidos em um
amor não fingido, mas solidificado e resistente às contrariedades que possam
existir no dia a dia.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Foi o Criador quem planejou o matrimônio, uma união
indissolúvel e permanente (Gn 2.24).
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
O casamento heterossexual nunca foi tão atacado como no presente
tempo.
Em nossa sociedade, leis e normas que atentam contra a Lei de Deus são
elaboradas sob o argumento de que o Estado é laico.
E deve ser mesmo! Mas entre ser laico e desrespeitar princípios
ordenados por Deus desde a criação há uma grande distância.
Neste aspecto, a Igreja do Senhor Jesus deve ser a “coluna e firmeza da verdade” e guardiã dos princípios morais e cristãos,
denunciando o pecado e acalentando os corações feridos.
Assim, defendemos que o casamento monogâmico, heterossexual e
indissolúvel deva ser incentivado, apoiado e honrado nas esferas públicas de
relacionamento.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
GILHAM, A.;
Bill. Conversas francas sobre o casamento. 7 ed., RJ: CPAD, 2012.
SOUZA, E. Â.
...e
fez Deus a família: O padrão divino para um lar feliz. 1 ed., RJ: CPAD,
1999.
EXERCÍCIOS
1. Qual a origem da palavra monogamia?
R. A palavra monogamia vem de dois vocábulos gregos: monos (único) e
gamós (casamento), significando um único homem para uma única mulher.
2. Quem deu início à bigamia?
R. Lameque, filho de Metusalém.
3. O que Pauto ensinou aos casados da igreja de Corinto?
R. Aos coríntios, o apóstolo Paulo ensinou que cada um deve ter a sua
própria mulher e esta o seu próprio marido (1 Co 7.1,2), numa prevenção clara
contra a prostituição.
4. De acordo com a lição, quem Deus uniu para embasar a
heterossexualidade?
R. Homem e mulher.
5. O que pode fazer a convivência no casamento tornar-se uma grande
fachada?
R. A falta de união e de amor.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O CASAMENTO BÍBLICO
O padrão
para o matrimônio bíblico é que seja realizado entre um homem e uma mulher. E
dentro dessa única e correta perspectiva, há mandamentos diretos para ambos os
cônjuges.
Para o
homem, Deus ordena que seja amoroso para com sua esposa, da mesma forma que
Cristo o foi com a Igreja: Ele se entregou à morte por ela. Ele morreu para que
ela pudesse viver, e Ele cuida de tal forma dela que a apresentará “gloriosa,
sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef
5.27). Isso nos mostra que Jesus não utiliza de seu poder para subjugar a
Igreja ou para dizer que ela precisa ser submissa (como alguns homens fazem,
anulando a opinião de suas esposas, como se elas fossem incapazes de serem
ajudadoras), mas mostra que há comunhão entre Jesus e a Igreja, a ponto de o amor
fazer a diferença. Paulo diz que “Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo” (Ef
5.28). Para Deus, a forma com que o esposo trata a esposa é tão importante que
pode impedir as orações dele, se ele dera sua esposa um tratamento injusto ou
desonrá-la.
Para a
mulher, Deus espera que seja uma ajudadora e uma pessoa submissa. Ajudadora no
sentido de cooperar com seu esposo, de ajudá-lo a tomar decisões à luz da
Palavra de Deus, de cuidar do lar (até da economia doméstica, como a mulher
virtuosa de Provérbios 31), de cuidar dos filhos e acompanhar sua educação e
crescimento. É evidente que, em nossos dias, o papel da mulher tem ido além
dessa descrição bíblica, pois o público feminino tem entrado no mercado de
trabalho com força e capacidade generosas. Há mulheres que foram abandonadas
por seus esposos, e que tiveram de ir atrás de recursos para suster suas
famílias. Há outras que ficaram viúvas, e outras ainda que não chegaram a
constituir uma família formalmente, pois, após a gravidez, o pai da criança
negou-se a assumir sua parte como pai e provedor. Há ainda mulheres que desejam
ser independentes financeiramente, e vão em busca de seus objetivos. Há,
portanto, diversos motivos que empurram as mulheres para o mercado de trabalho.
Deus não
aprova a bigamia, nem qualquer tentativa de conciliar a convivência conjugal de
um homem e duas mulheres ou de uma mulher e dois homens. Essas coisas ofendem o
padrão estabelecido por Deus para o casamento. Mesmo os homens de Deus
descritos na Bíblia como tendo mais de uma esposa, como Abraão, Jacó, Davi ou
Salomão, nunca foram felizes em seus casamentos por desrespeitarem o princípio
divino da monogamia.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
“Da indissolubilidade
A
natureza indissolúvel do casamento vem desde a sua origem: ‘Portanto, deixará o
varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só
carne’ (Gn 2.24). O Senhor Jesus Cristo disse que essa passagem bíblica
significa a indissolubilidade do casamento: ‘Assim não são mais dois, mas uma
só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem’ (Mt 19.5,6). É uma
união íntima entre duas pessoas de sexos opostos que assumem publicamente o
compromisso de viverem juntas; é uma aliança solene, um pacto sagrado, legal e
social. Não existe no universo, entre os seres vivos inteligentes, uma
intimidade maior do que entre marido e mulher, exceto apenas entre as três
pessoas da Trindade.
O
voto solene de fidelidade um ao outro ‘até que a morte os separe’, que se ouve
dos nubentes numa cerimônia de casamento, não é mera formalidade. Isso tem
implicações profundas diante de Deus: ‘Porque o SENHOR, foi testemunha entre ti
e a mulher da tua mocidade’ (Ml 2.14). O compromisso que os noivos assumem é
diante de Deus, independentemente de o casal ser ou não crente em Jesus. Isso
diz respeito ao casamento per si, vinculado de maneira intrínseca à sua
natureza, pois assim Deus estabeleceu essa aliança ‘até que a morte os separe’”
(SOARES, E. Casamento, Divórcio & Sexo à Luz da Bíblia. 1 ed., RJ:
CPAD, 2011, pp.16-7).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O Casamento Bíblico
O
padrão para o matrimônio bíblico é que seja realizado entre um homem e uma
mulher. E dentro dessa única e correta perspectiva, há mandamentos diretos para
ambos os cônjuges.
Para
o homem, Deus ordena que seja amoroso para com sua esposa, da mesma forma que
Cristo o foi com a Igreja: Ele se entregou à morte por ela. Ele morreu para que
ela pudesse viver, e Ele cuida de tal forma dela que a apresentará “gloriosa,
sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef
5.27). Isso nos mostra que Jesus não utiliza de seu poder para subjugar a
Igreja ou para dizer que ela precisa ser submissa (como alguns homens fazem,
anulando a opinião de suas esposas, como se elas fossem incapazes de serem
ajudadoras), mas mostra que há comunhão entre Jesus e a Igreja, a ponto de o
amor fazer a diferença. Paulo diz que “Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo”
(Ef 5.28). Para Deus, a forma com que o esposo trata a esposa é tão importante
que pode impedir as orações dele, se ele dera sua esposa um tratamento injusto
ou desonrá-la.
Para
a mulher, Deus espera que seja uma ajudadora e uma pessoa submissa. Ajudadora
no sentido de cooperar com seu esposo, de ajudá-lo a tomar decisões à luz da
Palavra de Deus, de cuidar do lar (até da economia doméstica, como a mulher
virtuosa de Provérbios 31), de cuidar dos filhos e acompanhar sua educação e
crescimento. É evidente que, em nossos dias, o papel da mulher tem ido além
dessa descrição bíblica, pois o público feminino tem entrado no mercado de
trabalho com força e capacidade generosas. Há mulheres que foram abandonadas
por seus esposos, e que tiveram de ir atrás de recursos para suster suas
famílias. Há outras que ficaram viúvas, e outras ainda que não chegaram a constituir
uma família formalmente, pois, após a gravidez, o pai da criança negou-se a
assumir sua parte como pai e provedor. Há ainda mulheres que desejam ser
independentes financeiramente, e vão em busca de seus objetivos. Há, portanto,
diversos motivos que empurram as mulheres para o mercado de trabalho.
Deus
não aprova a bigamia, nem qualquer tentativa de conciliar a convivência
conjugal de um homem e duas mulheres ou de uma mulher e dois homens. Essas
coisas ofendem o padrão estabelecido por Deus para o casamento. Mesmo os homens
de Deus descritos na Bíblia como tendo mais de uma esposa, como Abraão, Jacó,
Davi ou Salomão, nunca foram felizes em seus casamentos por desrespeitarem o
princípio divino da monogamia.
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